Uma das conquistas de abril (imaginar dedos no ar em forma
de aspas) é a obrigação do estado assegurar o ensino básico universal,
obrigatório e gratuito (imaginar gargalhada). Lamentavelmente, talvez por falta
de visão, os pais da nossa constituição não previram nada quanto à obrigação do
estado assegurar o acesso universal, obrigatório e gratuito a consolas de
jogos, uma para casa e outra portátil, sapatilhas de marca, telemóveis de
última geração, óculos de sol iguais aos do CR7, últimos modelitos da moda e
canais de televisão de desporto pagos. Vai daí, os pais das nossas crianças ficam justamente indignados por, em
cima disto tudo, ainda terem de pagar os manuais escolares dos filhos, uma
porcaria que se gasta num ano e, vejam lá, não serve para mostrar a ninguém.
5 comentários:
Tens razão, por um lado. Há muito quem possa pagar 2, 3 vezes os manuais de todos os anos curriculares duma só vez, mas também há quem nem para para comer tenha, quanto mais livros...
Compreendo, Maria. Mas para aqueles que infelizmente não têm de comer, há, como sempre houve, a ação social. Dá bem para ver que não é a esses que me refiro.
Mas sabes que há quem trabalhe, mas depois pagar as contas e comer não sobra para mais nada. Só que o vencimento, alguns números acima do salário mínimo, não abranje nem possibilidade de candidatura para apoio da acção social... antigamente chama-se classe média a este grupo de pessoas, agora não sei bem...
Vim parar aqui a este sítio e se já estava a gostar, este post convenceu-me. Vou adicionar na barra lateral do meu Amendoins.
O problema é que isto tudo já vem desde os tempos em que o Cristiano Ronaldo ainda não era mais do que um puto. As primeiras pessoas que vi com telemóvel de ecrã a cores (na altura coisas caríssimas), foram os meus colegas de escola com Escalão A, que tinham direito a livros, refeições, transporte e mais não sei quantos apoios. Agora? Agora os novos putos a precisar de "ajuda" são os filhos desses putos que também precisavam dela. O ciclo há-de parar... creio eu... a bem ou a mal!
Obrigado!
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