Resumindo:
1. o pcp vai fazer comunicados inflamados dizendo que o povo está muito indignado, não aguenta mais e que esta greve é um cartão vermelho ao governo (enquanto sorriem entredentes com a genialidade da metáfora);
2. as centrais sindicais e os governos vão passar o dia a trocar acusações sobre os números. O governo vai fazer intervenções dizendo que a greve está abaixo dos 50%, enquanto as televisões mostram imagens de escolas e hospitais às moscas. As centrais sindicais vão dizer que os trabalhadores do privado também queriam fazer greve, mas o "patronato" não deixa. O privado assobia para o ar e faz de conta que não é nada com ele, porque já tem chatices que cheguem;
3. os palermas do costume vão ser apanhados desprevenidos pela greve do metro de lisboa e acabam a ser entrevistados em filas intermináveis para os táxis, enquanto olham pelo canto do olho e vêm a malta passar-lhes à frente.
Eu vou trabalhar porque, para já, ainda é para isso que me pagam.