Volta e meia surpreendo-me a tentar adivinhar que alinhamento cósmico terá sido necessário para que em dado momento no tempo alguém se tenha lembrado que não, isso de andar com os pés no chão dentro do carro não é bom, bom é meter os pés fora da janela. E desde então é vê-las, porque só quase elas praticam este desporto, na A1 e A2, à ida ou vinda do Algarve, alegremente recostadas, com o vidro todo aberto e um ou dois pezinhos estirados em direção ao infinito, qual bandeira hasteada, anunciando a presença de um carro do corpo diplomático.
Para além de questões estéticas, obviamente discutíveis, de saúde pública, é ver os carros que estão na peugada, a ziguezaguear, tentando evitar o rasto de chulé, ninguém está a dar o devido valor à vertente ambiental. É que os pés assim espetados acabam por ser um obstáculo incontornável e a mosquitada suicida-se em massa contra eles, numa carnificina sem quartel.
Pior mesmo, só a variante pés no tablier, que começa com um contorcionismo digno de um faquir e acaba com os ditos perto da ventilação, que se encarrega de espalhar o aroma pelo habitáculo. Minhas senhoras, se os tabliers tivessem sido pensados para os pés, as marcas de automóveis também lá tinham colocado tapetes!
1 comentário:
É uma questão de saúde pública dentro da viatura.
Ou como quem diz: não se pode com o chulé.
Enviar um comentário