O Porsche 911 fez cinquenta anos. O que está em primeiro plano, porque o outro, obviamente, é a última versão. A verdade é que os Porsches nem preenchem os meus sonhos, na rubrica "ai se eu tivesse dinheiro". Se por vezes considerei a hipótese de um dia ter uma coisa destas, foi sob a lógica de ser um carro com a qualidade alemã e sempre dar para usar todos os dias. De facto nem sequer é preciso gastar rios de dinheiro para comprar um. Uma entrevista do António Feio relembrou-me algo que já tinha ouvido há alguns anos no Top Gear, onde diziam que estes carros devem é comprar-se usados, porque com sorte encontram-se exemplares com cinco ou seis anos, pouquíssimos quilómetros e quase como novos. Na verdade nem tinha a intenção de discorrer sobre o carro propriamente dito, mas sim sobre a qualidade do bom design industrial. O sacana do carro tem cinquenta anos, conceptualmente está completamente atual e o modelo mais recente não consegue enganar ninguém, porque vê-se logo de onde veio. Nos bons produtos alemães isto acaba por acontecer frequentemente e é à custa disso que a Apple vem fazendo a sacanice, há quase dez anos, de explorar o design dos produtos que o Dieter Rams desenvolveu para a Braun nos anos 60 e 70.
2 comentários:
Neste momento só me lembro dos maus produtos alemães. Vou ali vomitar e já venho.Quanto ao Porsche tens toda a razão.
Porsche é uma das marcas que está em primeiro lugar na lista de empresas com melhor imagem no mundo. Eu acho que no Brasil Labyes tem uma boa calificação na imagem da empresa.
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