segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A recessão portuguesa


Um gajo sabe que o país estava fora de controlo quando se lembra que a malta dava um euro, repito, um euro, aos arrumadores. 

Estamos a falar de um serviço totalmente redundante. Em teoria, qualquer pessoa habilitada para conduzir tem a capacidade de identificar um espaço de estacionamento onde enfiar o carro. Também em teoria, esta  talvez mais frágil, estará habilitada (a pessoa, não é nenhuma mensagem subliminar) para estacionar um carro. Por fim, a designação da atividade destes cabrões, arrumador, é claramente um logro, porque os sacanas efetivamente não arrumam puto. E mesmo se fossem eles a estacionar, tenho dúvidas que valesse um euro.
Um euro? Se numa hora estacionarem seis carros, ganham mais que a minha empregada de limpeza que, no mesmo espaço de tempo, já esteve de gatas, debruçada, estendida e estafada, tudo dentro da legalidade e sem qualquer troca de favores sexuais.

Pela minha parte, há muitos anos que me deixei de tretas e, quando dou, procuro não dar mais de 50 cêntimos. Só não peço troco porque tenho alguma repulsa ao contacto com objetos manipulados por estes tipos (no fundo, similar ao que sinto pelos tipos dos jambés). Em todo o caso, quando me sai um verdadeiro profissional do ramo, daqueles que efetivamente ajuda a estacionar, abre a porta, anda para ali à nossa volta cheio de mesuras (seutôr para aqui, seutôr para ali) e no final ainda para o trânsito quando é para ir embora, dou por bem empregue o dinheiro. Por 50 cêntimos um tipo sente-se o Américo Amorim, que é como quem diz, a Isabel dos Santos.

4 comentários:

Lux disse...

É pá, nem no último exemplo...
Eu tenho que diariamente por o carro no parque de estacionamento de cedofeita, para ir à faculdade à noite, e aquilo é assustador.
Chegam a vir abrir-me a porta, e cheia de nove horas, com o ar imundo e enjoada com o cheiro deles.
Curiosamente ainda não se habituaram à ideia que não lhes dou nestum. Miluvite.
E ainda pedem para não pormos moeda no parquímetro que eles "tomam conta".
É assustador.
Literalmente, em especial à noite.

Lux
ps- mas tens mesmo algum problema pessoal com os gajos dos jambés???

RCA disse...

Pessoal mesmo não. Chateia-me tudo o que é demasiada atitude - ai e tal nós amamos o mundo e a natureza e não tomamos banho que é para não libertar detergentes.

Pedro disse...

Quem te disse que quem toca jambé nas praias não toma banho? Já lhes perguntaste?

Lux disse...

Bem, ainda hoje me aprecebi aqui no escritório que há muito boa gente sem rastas e de fato que não toma banho.

Lux