Então, agora que isto já dá para colocar dívida nos mercados financeiros internacionais ninguém fala? Acabaram-se as manifs, greves, esperas a
membros do governo? Nada? Hmmm... Cambada de cobardes!
Querem ver que afinal até andam contentes? Se calhar é mais aquela história do “first they
came for the…”, porque a sério, parece que só foram mesmo atrás da Função Pública (eu sei,
dá para algumas variações brejeiras) e o resto da malta já
fez umas contas, acha que se isto ficar por aqui até nem está muito mal e que se
os impostos efetivamente vierem a descer, até vai ficar melhor. Já a mim o que me
perturba é se os tipos tinham razão. Quase preferia pagar mais 100 euros de impostos por ano.
Eu efetivamente sou liberalista, mas nada
daquelas merdas neo não sei o quê. Por mim o estado só mete o bedelho naquilo
que é imprescindível. Assim sem grande detalhe, legislação adequada, segurança pública, administração
local (incluindo estradas), defesa nacional (leia-se policiamento das águas
territoriais), monopólios naturais (apenas por uma questão de igualdade de
oportunidades e porque é sempre difícil definir o preço justo para a sua
concessão), serviços de saúde primários e segurança social para os desvalidos. A destruição em si mesma do serviço nacional de
saúde tal como ele é ou da rede de educação não é coisa que me incomode. O que
me incomoda é que várias gerações tenham desenhado um plano de vida no
pressuposto da sua existência e de repente é tirado, quero dizer, arrancado, o
tapete debaixo dos pés daqueles que lá trabalham ou que com ele
contavam. Isso sim, tenho dificuldade em engolir.
1 comentário:
Isto a mim pouco me importa, vá lá, é capaz de de ter alguns frutos, mas importa sim o que me têm tirado e continuam a tirar e aquilo que tiraram e continuam a tirar aos meus pais que trabalharam mais de 40 anos, que pagaram sempre os seus impostos, não se endividaram, fizeram sacrifícios para dar um curso a 3 filhos e agora quando pensavam que poderiam ter uma velhice tranquila, sem fazer muitas contas, tiram-lhe o tapete debaixo dos pés, Isso sim, é que importa, assim como o aumento diário do desemprego, veja-se o despedimento em massa da Rádio Popular.
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