quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TGV arranca com 600 milhões

In Público

E aí está, toca a abrir as garrafas de champanhe, porque é assim num repente, quase sem prévio aviso, que se acaba a austeridade. Os bacanos da Europa vão começar a despejar camiões de dinheiro cá no sitio para reanimar, ou melhor ressuscitar, a economia. Ou então não, são só para chegarmos fogo às notas, que é mais ou menos o que melhor sabemos fazer, quase ao estilo produto nacional.

Já agora, onde se lê "reanimar a economia", deve ler-se "animar o parlamento", porque se pobre não tem vícios, com 600 milhões aqui, quinhentos milhões ali, aquela malta já se vai entreter com as ideias mirabolantes do costume que, coincidência ou não, nos últimos anos passam por levar gente que não existe, para sítios que ninguém quer ir, por caminhos que não lembram ao diabo. E é assim que surgem as novas travessias do Tejo (alguém reparou que nunca mais se falou nisso?), novos aeroportos (mesmíssima coisa), os TGV desta vida ou as autoestradas em paralelo. E para as últimas, nem eles conseguiam inventar uma explicação (mesmo que alucinadas) e a coisa andava à volta do "porque é preciso honrar os contratos assinados".

No fundo a coisa é simples, não havendo dinheiro, as construtoras, consultoras e escritórios de advogados não perdem tempo a inventar projetos incobráveis e a justificar o injustificável. Agora, se ele, o dinheiro, voltar a aparecer, é estar atentos às notícias. Com jeito, não tarda nada temos também o Paulo Portas, farto de brincar com marinheiros, a falar em esquadrões de F35 para reforçar a nossa capacidade de intervenção em teatros de guerra.

2 comentários:

Lux disse...

Bom dia RCA,
Como disse no meu post hoje, é da forma que nos pomos daqui para fora mais depressinha...

Lux

Pedro disse...

Esta gente não aprende com o passado.Lux, de avião é mais rápido.