No fim de semana passado tive uma reunião de família. Daquelas à séria, em que participam mais de cem pessoas e em que não fazemos a mínima ideia de quem é mais de metade do pessoal. A coisa foi bem engraçada e fartei-me de ouvi falar com saudade do meu pai, o que é sempre bom.
Mas o que me traz aqui é outro assunto, a sacramental pergunta "e filhos?", que me permitiu chegar a uma conclusão reconfortante. É que se há alguns anos eu lia nos olhares dos interlocutores reprovação e balbuciava em resposta qualquer coisa na linha do "sabes como é, ainda não estão reunidas as condições...", à medida que o tempo passa, o que aqueles olhos me transmitem é inveja, ao estilo "filho da p..., como é? A malta aguenta com isto e tu queres andar ai no bem bom e vir depois sacar-lhes a reforma?".
3 comentários:
Sempre pensei como tu, talvez dum ponto de vista egoísta, de como a vida ia mudar, que deixaria de fazer(mos) certas coisas e lá conseguia dar a volta à minha namorada embora soubesse o desejo dela de ter um filho. Enfim, conseguiu convencer-me ( o que é que ela não consegue?), foi uma gravidez complicada, voltei a arrepender-me mas agora acho que é a coisa melhor do mundo, sou um pai babadíssimo e já dou comigo a fazer aquelas coisas que eu achava super parvas e de mulheres que é andar cheio de fotos no tlm e o pior é mostrá-las. E não acredites que eles pensam assim. Tu é que queres acreditar que sim.
Pedro, Pedro, Pedro...
Ninguem olha para ti assim. Podem olhar com pena e tu acreditas que é inveja... Mas continua a acreditar nisso, faz-te bem!!
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