O secretário de estado carlos moedas teve um lapsus linguae, que irei tentar corrigir, porque o que efetivamente pretendia dizer era: precisamos de construir um estado que não pese tanto aos cidadãos nos impostos que têm que pagar.
Parece a mesma coisa, mas efetivamente não é. A ausência do "e" ali entre "cidadãos" e "nos impostos" faz toda a diferença. Na verdade, a diferença entre serviço público e iniciativa privada, porque estes gajos consideram que qualquer euro gasto em serviços públicos, quando podia gerar lucros privados, é uma estupidez e a malta acaba por gastar o mesmo. Vai daí, despede-se cinquenta mil professores, aniquilando o ensino público, coloca-se o serviço nacional de saúde a preços próximos da saúde privada e num passe de mágica o povo esquece as funções do estado. Estou no entanto curioso para ver como é que se resolve a questão da segurança e da defesa, mas também pode acontecer, e até é bem provável, que só estejam no relatório para mais tarde caírem em jeito de cedência.
Não contesto a opção ideológica, que na verdade até está próxima do liberalismo económico que subscrevo. Incomoda-me é a forma dissimulada como as coisas são feitas e o desprezo pela condição de dezenas de milhares de portugueses durante o período de transição, no fundo gerações sacrificadas em favor de um suposto bem comum e dos que virão. Suponho que a coisa resulta bem para aqueles que acreditam na reencarnação, mas mesmo assim pode calhar-lhes na sorte um rato ou uma lombriga.
3 comentários:
Estão mesmo a querer dar cabo dum país ou melhor, de milhares de portugueses que estão a sofrer na pele, a grande maioria sem culpa nenhuma, todos os erros cometidos por sucessivos governos que fizeram tudo menos governar, que não foram culpabilizados por nada, acabando "em grande" neste governo demente que diz amén a FMI's e companhia, sem olharem para as consequências trágicas que aí vêm. Parece que desconhecem a palavra transição. Assim aconteceu na descolonização e deu o que deu e assim vai acontecer agora que estamos a ser colonizados por meia dúzia de mentecaptos, apoiados por uma dúzia de atrasados mentais que vão levar os portugueses à total falência, económica e psicológica.
"suposto bem comum"...bota suposto nisso, piqueno... é que os que virão, terão que fazer suas as palavras de Cristo na cruz, se quiserem sobreviver a este holocausto: " Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem"
Não useis a palavra holocausto em vão... ouvistes?
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