... e não há maneira de se lembrar onde os meteu...
São novecentos e vinte e três mil portugueses, 16,9% da população ativa, que procuram e não encontram emprego. A este número, há ainda que somar os desempregados desavergonhadamente retirados das estatísticas sob o pretexto que estando em formação não estão a procurar trabalho e todos os que perante a ausência de oportunidades no país se viram forçados a sair, num número que pelos vistos parece estar difícil de contabilizar.
No meio destes dados, sabe-se agora também que em dezembro apenas 43% dos desempregados recebiam subsídios e o primeiro ministro já anunciou que o desemprego está razoavelmente dentro das previsões do governo, que deve aumentar e que as previsões podem falhar. Portanto, podemos ficar todos preocupados, em particular aqueles que estão dentro do intervalo a que o tipo se refere como "razoavelmente", porque é o próprio quem diz que não sabe para onde nos leva.
Eu dou de barato ou até por certo que não havia alternativa à austeridade e que provavelmente a taxa de desemprego não mais voltará a baixar dos 10%. O país estava a viver do que não tinha e era preciso cortar radicalmente com a dependência da dívida. Agora, perante um novo problema que até se pode tornar estrutural, o que me incomoda são as meias palavras, a cobardia política, a falta de frontalidade para encarar e falar claramente para quem está do lado errado dos números. Isso e a irrazoável incompetência para implementar medidas fiscais e sociais que minorem as suas dificuldades.
No meio destes dados, sabe-se agora também que em dezembro apenas 43% dos desempregados recebiam subsídios e o primeiro ministro já anunciou que o desemprego está razoavelmente dentro das previsões do governo, que deve aumentar e que as previsões podem falhar. Portanto, podemos ficar todos preocupados, em particular aqueles que estão dentro do intervalo a que o tipo se refere como "razoavelmente", porque é o próprio quem diz que não sabe para onde nos leva.
Eu dou de barato ou até por certo que não havia alternativa à austeridade e que provavelmente a taxa de desemprego não mais voltará a baixar dos 10%. O país estava a viver do que não tinha e era preciso cortar radicalmente com a dependência da dívida. Agora, perante um novo problema que até se pode tornar estrutural, o que me incomoda são as meias palavras, a cobardia política, a falta de frontalidade para encarar e falar claramente para quem está do lado errado dos números. Isso e a irrazoável incompetência para implementar medidas fiscais e sociais que minorem as suas dificuldades.
3 comentários:
"quem está do lado errado dos números." são eles... e os erros deles, pagamos nós...
Ainda bem que está tudo dentro do previsto! Ou não, ou quase mas aqui também ninguém é bruxo e competência é critério preferível mas não eliminatório!
E já nem tenho pachorra para escrever sobre a taxa do PIB...
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