O predador aproxima-se lentamente, explorando o território e avaliando as presas à procura da melhor opção. As presas mantêm-se imperturbáveis, imóveis, transmitindo a ilusão que estão inconscientes da ameaça que paira sobre elas. O predador aproxima-se um pouco mais, faz uma ou outra investida, capturando presas de menor porte. A tensão aumenta. Ambos estão vigilantes. Está a chegar o ponto de não retorno, aquele a partir do qual o caçador poderá perder definitivamente a oportunidade de capturar a presa.
E é nesta merda que se transformaram as compras de Natal, uma caçada pela sobrevivência um jogo de estratégia. Um tipo tem de decidir o momento exato em que concretiza a compra através de cálculos matemáticos impossíveis para leigos, conciliando: prenda pretendida, preço adequado, disponibilidade, para garantir que compra o que quer, mas não paga um valor inflacionado. Qualquer erro acaba na catástrofe de sábado de manhã, quando as lojas mais reputadas avançaram para promoções de 50% e as prateleiras foram varridas por um tufão consumista. E assim, nicles...
2 comentários:
Detesto saldos e complicações em dias de descontos com tudo desarrumado e às vezes até se compra sem necessitar só por ser mais barato.Há pessoas que são capazes de gastar muito mais dinheiro que na época normal só com a ilusão de preços mais baixos.
Isso posto desta maneira é um bocado assustador!! Bem faço eu que só dou o cd da leopoldina e o elefante do jumbo!!!!!!
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