segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Eu quando quero ver animais vou ao Zoo!


Para mim os clubes de futebol são a versão moderna, hmmm..., atual dos exércitos feudais. No fundo, são seleções locais e se não me passa passa pela cabeça apoiar outro país quando Portugal joga, porque raio é que um Portuense há-de ser benfiquista?
Em todo o caso, a prudência e o bom senso aconselha a manter a metáfora do exército dentro de limites, concretamente quatro linhas, entre as quais a malta espeta com vinte e dois gajos para se baterem em nosso nome. Aquilo é gente paga para desempenharem o papel e ainda que não fossem, pelos vistos um gajo para estar vivo tem de ter o coração a bater ou a cabeça presa ao corpo, pelo que sempre estão melhor que os gladiadores romanos.

É por isso que toda aquela tanga dos confrontos de claques a modos que me parece um bocado, sei lá, fútil. Um tipo pode passar o jogo todo aos gritos e insultar meio estádio, pegar fogo às cadeiras ou andar ao estalo com quem lhe passe pela frente, mas se no marcador o número à frente do nome da nossa equipa não for maior do que o da equipa adversária, para quê tanta excitação? Em todo o caso, não descartar a hipótese daquela malta não saber contar...

4 comentários:

Sílvia disse...

Funcionamento de grupos. Num grupo as pessoas influenciam-se mutuamente, quer seja para o bem, ou para o mal.

Não justifico a atitude, a mim que não estou lá no meio também me parece fútil, mas para quem está lá, no meio do grupo, com a adrenalina no máximo... Qualquer grupo coeso funciona assim.

RCA disse...

Hmmm... e essa explicação vale para matar pessoas?

Sílvia disse...

Isso já me ultrapassa um bocadinho, tens que falar com alguém que entenda mais de sociologia. Mas penso que pode levar a tal (não que eu entenda, ou que justifique, nem sequer sei em que circunstâncias aconteceu a situação), se o grupo for muito coeso.

Vou-te contar um episódio, que penso que foi do CSI, eu sei que é ficção, mas eles explicaram, como explicam a maioria das coisas que descobrem, com base na ciência, naquele caso foi na sociologia.
Um taxista que atropela um peão, de noite, junto a um café/bar. O grupo que estava cá fora viu, reparou que ele saiu do carro e foi ver a vítima e que voltou para o carro (ia pegar no telemovel para chamar ajuda), um achou que ele ia fugir e mandou a deixa e foi a correr para lhe bater, os outros foram atrás, mataram-no de porrada.

Pelo pouco que me lembro de psicologia, os grupos funcionam assim, se pode levar a que matem alguém ou não não tenho a certeza, mas eu tenho pânico de estar em grupos com demasiada adrenalina. Garantidamente quem não verás num benfica-porto sou eu! Já um porto-benfica anda pondero!

Pulha Garcia disse...

Há muitos portuenses que são Benfiquistas. É até o caso mais provável. Abraço desportivo e saudações de glória.