domingo, 21 de julho de 2013

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Passos censura a incerteza introduzida por eleições antecipadas em 2014

In Público

Algo me diz que este gajo ainda não percebeu que já nem o presidente da república o pode ver à frente e só não o despachou por medo das consequências.

O chato é que com a cadência alucinante de imbecilidades inacreditáveis que vão surgindo diariamente, um tipo não consegue acompanhar o ritmo e ir escrevendo uma outra linha minimamente interessante. Neste momento, a ficção já não consegue imitar a realidade, muito menos antecipá-la.

Aliás, como as coisas andam, eu já nem ficava surpreendido se nos próximos dias se soubesse que, afinal de contas, nas reuniões de negociação de acordo os gajos passam mas é o tempo em banquetes, acompanhados de putas, enquanto nos televisores passam gravações de jogos de futebol da década de oitenta. Vá, agora suplantem isto.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Cavaco dorme quinta-feira nas Selvagens a 1000 quilómetros do epicentro da crise

In Público

Passados que estão alguns dias, ainda não houve maneira de conseguir compreender a solução proposta pelo presidente da república. E quando digo solução, é porque não me ocorre outra palava para descrever a coisa, ou as que me ocorrem pelos vistos são ilegais e podem dar origem a julgamentos sumários, parece que também eles de alguma forma ilegais e improcedentes, de que nunca mais se ouve falar.

Dizia eu, passados alguns dias, os suficientes para o antónio josé seguro demonstrar que, para além da evidente incompetência para lidar seja com o que for, também é uma autêntica nulidade em estratégia política, já que contra todas as expetativas conseguiu arranjar maneira de ficar ligado a esta hecatombe nacional, o presidente continua a fazer o que pode para se distanciar desta palhaçada. 

E desta feita conseguiu levar a coisa a extremos imprevistos, ao resolver ir acampar para as Selvagens. Está bom de ver que se Goa ou Macau ainda fossem administrados por Portugal, era lá que o íamos encontrar nos próximos dias. O país está a implodir e o homem resolve que importante mesmo é visitar um arquipélago de ilhas desertas.

Podemos destituí-lo alegando abandono do posto de trabalho?

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Agências de viagens

Houve um tempo em que as agências de viagens quase não tinham computadores. Aquilo era gente que tinha de saber de cor a oferta, conhecer todos os hotéis, as diferenças entre uns e outros, ouvir o cliente e adequar a oferta. Pelos vistos esse foi o tempo dos meus pais.

No ano passado, eu e a Outra Metade decidimos que queríamos ir para as Caraíbas. Vai daí, lá visitamos duas agências de viagens e enviamos emails para mais algumas, onde na essência dizíamos: NÃO NOS QUEREMOS METER NUM AVIÃO, VOAR DURANTE OITO HORAS, PARA IR PARAR A QUARTEIRA. Trocado por miúdos, não queremos isto:
Não perceberam e a totalidade das ofertas que nos apresentaram eram, segundo as suas palavras, hotéis magníficos, cheios de atividade, discotecas e o que mais se conseguiram lembrar para obliterar a ideia de descanso. Vai daí, coube ao casal procurar a solução na internet e acabamos, algures na República Dominicana, aqui:
Sim, atrás das palmeiras está um hotel, que não recebe crianças, não tem animadores de praia, redes de voleibol, ou balizas de futebol. É verdade que havia por ali uma piscina com bar molhado, cheia de americanos e russos em alegre détente, mas onde fizemos questão de não entrar por várias razões, nomeadamente não termos a certeza da composição do líquido que compunha o meio aquático. É que aparentemente aquela gente não saia da água para coisa nenhuma.

Com a inocência que nos caracteriza, este ano lá ensaiamos nova tentativa junto das mesmas agências, que nos voltaram a apresentar propostas imbecis e disseram que já era impossível ir para o México, onde por sinal a Outra Metade quer muito ir (já eu não, porque basicamente acho os mexicanos feios e sujos, embora os possa estar a confundir com peruanos, e de qualquer forma há alguma probabilidade de estar a fazer uma generalização abusiva).

Aconteceu no entanto um milagre. O meu irmão disse-me que tinha marcado as férias no El Corte Inglês e que tinha gostado do atendimento. Já sem grande esperança, tentamos a nossa sorte e, para nossa surpresa, apareceu-nos pela frente alguém que realmente sabia do que estava a falar, que em muitos casos até conhecia os países, os hotéis, as praias. Vai daí, se tudo correr bem, daqui a quinze dias escrevo-vos daqui:
Suponho que nove horas dentro de um avião com espanhóis, que só falam espanhol, alto, é um pequeno preço a pagar.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O duplo padrão

Um tipo vai a um médico particular, com uma rececionista incompetente, que tem cinco ou seis pacientes à sua frente, a tentar tratar ao mesmo tempo da faturação, marcações de novas consultas, telefone e informações gerais, enquanto o médico, que já chegou ao consultório meia hora atrasado, vai acumulando atrasos sobre atrasos nas consultas. Tudo normal, um ou outro queixume, mas nada de espetacular.

Um tipo vai inscrever-se ao centro de saúde porque se esqueceu de tomar a vacina para o tétano, é atendido ordeiramente através de um sistema de senhas, a administrativa dá todas as explicações e mais alguma, os enfermeiros são impecavelmente profissionais e corre tudo bem. Porque a dada altura uma "utente" se aproximou do balcão de atendimento e ficou por ali a pairar, há logo um desabafo mental ao estilo, o povo é sempre a mesma merda, não se consegue organizar e esperar pela sua vez, tem a mania que é esperto, é por isso que isto não anda para a frente.

domingo, 7 de julho de 2013

Crise política #2

O gajo da esquerda tem-se em altíssima consideração e tem um profundo desprezo pelo gajo da direita. O gajo da direita, mesmo sendo uma nulidade, já anda nisto há alguns anos e de qualquer forma é amestrado por quem já esqueceu mais de política do que o gajo da esquerda alguma vez vai saber.

É por isso que o gajo da esquerda e o gajo da direita estão com esta cara. É que não se suportam, mas enquanto os gajos que os controlam quiserem, o que até pode não durar muito, vão ter de se aturar.

De qualquer forma, é impagável a tromba do gajo da esquerda, que agora anda por aí com uma granada na mão que lhe vai rebentar na cara a qualquer momento.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Crise política

Nos últimos dias, frequentemente dei por mim a pensar – mas estes gajos ganharão bem? É que não houve um sacana de um comentador (e quem diz um, diz uma) que acertasse no que quer que fosse e o Marques Mendes só tem programa no sábado, o que de qualquer forma não interessa, porque não deve conhecer nenhum chibo no CDS.

Se fossemos a acreditar nestes gajos, a esta hora já andava tudo em campanha eleitoral (o paulo portas não conta, porque nunca deixou de estar), a colar cartazes, a pichar paredes a torto e a direito (o coletivismo do PCP começa na liberdade de dar cabo da propriedade alheia) e a dizer mal do próximo (o bloco de esquerda não conta, porque o bloco de esquerda não conta). Em todo o caso, acaba de se me revelar a genialidade da opção do BE. Os tipos vão poder ter comícios em simultâneo, porque têm lá aquilo da liderança bissexual, se bem que dum ponto de vista lúdico, era muito mais interessante ver os dois estarolas a falarem em uníssono ou ao despique.

Bom, andando, por esta altura vale tudo. O paulo portas demitiu-se porque o país está em pior estado do que se imaginava. O vítor gaspar demitiu-se porque não é capaz de levar isto para a frente e a malta já não gosta dele. O paulo portas demitiu-se porque o passos coelho não é capaz de levar isto para a frente e quer ser primeiro ministro, ou vice primeiro ministro, ou já está a preparar caminho para uma coligação com o ps, etc., etc.

No meio disto tudo, a única coisa que tomo por certa depois do Pires de Lima ter dito “… que Portas é o líder incontestável do CDS”, é que o cds já lhe comprou uns patins novos.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Golpe militar no Egipto: Morsi deposto e Constituição suspensa

In Público

Mas afinal de contas para que é que serve o nosso exército? Suponho que mais uma vez a culpa será do paulo portas. Quem é que faz um golpe de estado com submarinos?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Os reformados

Como se já não chegasse a trapalhada em que estamos metidos para um tipo ficar preocupado, as televisões  ainda resolvem só chamar para os espaços de opinião os velhinhos da velha guarda, como quem diz - pois é, com os imbecis que por aí andam isto não vai lá, toca a levantar o cú e voltar ao ativo.

Governo de salvação nacional

Diz o José Gomes Ferreira no jornal da uma, entre os habituais histerismos e imbecilidades, que o que é preciso é um governo de salvação nacional, com o Rui Rio, o Paulo Macedo e o António Costa. E a verdade é que pela primeira vez o homem deixou-me a pensar, que não insultos ou formas mais ou menos dolorosas de o calar.

Penso que percebi. O Rui Rio para primeiro ministro, a cara política da coisa, e o Paulo Macedo, que não é dado a grandes manifestações públicas, para ministro das finanças. Suponho que ao António Costa caberá o habitual papel de entreter a malta e distribuir tachos à esquerda e à direita, literalmente.

Passos não se demite, nem aceitou ainda a demissão de Portas

In Público

O problema de muitas pessoas é não saber parar, lá aquilo de se levar a brincadeira longe de mais. Eu sou assim com as cócegas. Quando começo a fazer à Outra Metade, não paro, ao ponto de a determinada altura até eu ficar farto de mim. Infelizmente, no caso, parece-me também haver uma pitada de irresponsabilidade Quem diz uma pitada, diz que o gajo não faz a mínima ideia do que anda a fazer, nem é capaz de avaliar as consequências, que no fundo para ele serão nulas, porque é certo que lhe arranjarão um canto onde pode continuar a brincar com os legos, e é por isso que levamos com estas declarações ao país.

É engraçado, se calhar engraçado não será a escolha de palavras mais feliz, mas suponho que acabamos de passar pelo nosso momento Bush Jr. Aguarda-se então que o Paulo Portas comece a libertar lenta e mortalmente o que o homem foi dizendo nos conselhos de ministros ao longo destes dois anos. Imagino o vítor gaspar a explicar economia com powerpoints cheios de rebuçados, cavalinhos de carrossel, carros de bombeiros e da polícia, alinhados para construir gráficos, enquanto diz "este mês tivemos a maior taxa de crescimento do défice", ouvindo da cabeceira da mesa "se tivemos a maior taxa de crescimento, arranjem-me uma entrevista hoje na RTP", enquanto toda a gente baixa os olhos para o regaço, onde mantém as mãos cruzadas, para não lhe enfiar uma chapada, à espera que o vítor gaspar passe as próximas duas horas a explicar a palavra défice... Outra vez. Aliás, só assim se compreende que desde o final da semana passada o governo tenha entrado num frenesim e ande a propalar aos sete ventos (porque raio são sete?) que começamos a viragem. Eu ainda me perguntei para onde raio estávamos a virar e se isto ainda podia ficar pior? Agora já sei.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Relógio biológico

No fim de semana passado tive uma reunião de família. Daquelas à séria, em que participam mais de cem pessoas e em que não fazemos a  mínima ideia de quem é mais de metade do pessoal. A coisa foi bem engraçada e fartei-me de ouvi falar com saudade do meu pai, o que é sempre bom.

Mas o que me traz aqui é outro assunto, a sacramental pergunta "e filhos?", que me permitiu chegar a uma conclusão reconfortante. É que se há alguns anos eu lia nos olhares dos interlocutores reprovação e balbuciava em resposta qualquer coisa na linha do "sabes como é, ainda não estão reunidas as condições...", à medida que o tempo passa, o que aqueles olhos me transmitem é inveja, ao estilo "filho da p..., como é? A malta aguenta com isto e tu queres andar ai no bem  bom e vir depois sacar-lhes a reforma?".

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Santos populares

Ok, eu percebo. A pirotecnia é uma arte milenar e se em 1950 na América já havia cinemas drive in, por cá, em pleno século XXI, a malta continua a ir às festas populares para ver cantar os palermas do costume, com duas gajas meias despidas aos saltos em coreografias inenarráveis, enquanto são presenteados com versos mais ou menos ordinários, que fazem a delícia dos mais velhos quando no dia seguinte são debitados pelos netos de três ou quatro anos. Tudo bem, o povo tem de ser entretido e nada melhor do que fechar a festa com um fogo de artifício.

Eu, que tenho o prazer de viver junto ao Rio Douro, a meio caminho entre a Ribeira e a Foz, sábado à noite fui brindado pelo segundo fogo de artifício em menos de uma semana. O primeiro em honra do S. João, já este, do S. Pedro. Um a zero para o S. Pedro, que é como quem diz, um a zero para a junta de freguesia da Afurada, que pelos vistos tem um orçamento maior do que a câmara do Porto, que este ano optou pela quantidade em detrimento da qualidade (o raio do fogo durou quinze minutos, ao estilo, olha parece que vai ali outro). 

Bem, o que interessa é que no sábado a coisa foi em estilo e eu, que nem sou apreciador da "arte", lá estive à janela a assistir à coisa. Acontece é que domingo resolvemos ir dar um passeio a pé ao final da tarde, mas começamos a estranhar a quantidade de gente que se acumulava nas margens do Porto e Afurada. Descartei de imediato a possibilidade de já se estarem a posicionar para novo espetáculo noturno, muito menos diurno. Suponho que foi um erro de fé, levado pela crença que ninguém seria tão estúpido para ficar a assistir durante quinze minutos a um espetáculo, desta feita de foguetes, que se resumem a estampidos ensurdecedores. Enganei-me. Ah, no fim bateram palminhas, suponho que no mesmo espírito das aterragens dos voos charters.