terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Bom Ano Novo!

E não se esqueçam que a partir de amanhã se entra nas rotundas pela direita...

sábado, 28 de dezembro de 2013

Post politicamente incorreto

Por favor, alguém que diga aos pobrezinhos, claramente de espírito, que também existe roupa bonita e discreta, em tons neutros e sóbrios, vá lá, que não fere a vista aos cegos!

É que um tipo vai ao shopping para trocar uma prendas e de um momento para o outro dá por ele aos gritos, a pedir os óculos de sol que ficaram no carro, porque parece que está a ter alucinações e ataques de epilepsia, provocados pelos efeitos estroboscópicos de algumas das roupas com que se cruza.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Recolha do lixo em Lisboa só deve normalizar a partir de 10 de Janeiro

In Público


Eu até nem tenho nada com isto, porque a divina providência fez o que tinha a fazer e vivo no Porto, mas esta é mais uma daquelas greves que reforça a minha crença na estupidez... Estupidez se calhar é uma palavra muito forte... Não, estupidez está bem! Dizia eu, estupidez dos líderes sindicalistas. O mais delirante é que estes gajos fazem greve, deixam a cidade em pantanas e ainda queriam que no dia 31 o António Costa lhes desse tolerância de ponte. Maravilha!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Tribunal Constitucional chumba por unanimidade convergência das pensões

In Público

Deve ser porreiro um tipo não ter de responder a ninguém e poder decidir as regras do jogo conforme lhe dá na real gana, sem ter de resolver a confusão que cria à medida que vai inventando.

Mas afinal de contas, qual é a média de idades desta gente e quando é que se reformam?

sábado, 7 de dezembro de 2013

Liquidação de stock - Motivo, mudança de ramo

E é isto, passado pouco mais de um ano, mudo de ramo, mais precisamente para aqui:




Obrigado a todos os que, vá-se lá saber porquê, me foram lendo. Homessa, alguns dando-se mesmo ao trabalho de comentar.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Topa-se que o país regressou aos anos 80...

... quando se vê um tipo a olhar desconsolado para o carro novo, em cima de tijolos, sem as quatro rodas.

Em breve serão as antenas e os símbolos das marcas.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Governo dá o tudo por tudo para evitar segundo resgate

In Público

Hmmm...  Brace for impact!

Gosto particularmente da frase "governo diz estar disponível para tomar medidas adicionais". Tudo bem, mas e o país?

domingo, 10 de novembro de 2013

Maduro manda Exército ocupar cadeia de electrodomésticos

In Público

A verdade é que eu já espero tudo do nosso governo e por isso, durante breves instantes, ainda me questionei sobre o que é que o poiares maduro tem a ver com as lojas de eletrodomésticos.

Quanto à Venezuela, enfim, quando escolheram o chavez tiveram o que mereciam, mas como não é certo que tenham escolhido este gajo... Dentro de dez anos vamos começar a ver reportagens ao estilo de Cuba e estes lcd's, que agora estão a roubar nas lojas, vão ser televisores a preto e branco.

Em todo o caso, aguardo os comentários do PCP e em especial do bernardino soares.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Jardim manda executar dívidas das sete câmaras que perdeu

In Público

Ao estilo da Venezuela, mais um exemplo da democracia em ação.

Eu sempre achei que a extrema esquerda e a extrema direita, entenda-se tudo o que não seja extremamente ali ao centro, são aberrações da natureza política. Fenómenos de estupidez, suportados na necessidade das pessoas acreditarem que os seus problemas se podem resolver por trampolinices ou magia. No caso da esquerda, a magia normalmente passa por imprimir dinheiro como se não houvesse amanhã, que normalmente quando chega encontra o povo a viver na miséria. Tem a particularidade de ser democrática e, quando toca, toca a todos. Já a direita tende a ser uma coisa mais direcionada e há que encontrar um inimigo para punir. Tem também a particularidade de em vez de mágicos preferir palhaços.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Maduro decreta que o Natal na Venezuela é em Novembro

In Público

E o Ano Novo, camarada? É para comprar já as uvas passas?

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Há dias assim

Em todo o caso, nos tempos que correm, um tipo tem de ter sempre algumas reservas com estas notícias e ficar na expetativa se vai aparecer a habitual segunda notícia. Aquela em que dizem que afinal se trata de uma campanha publicitária.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Presidência da República

Eu sei que a Presidência da República é cada vez mais um lugar para se falar e não fazer nada. E até compreendo que o marcelo não tenha percebido a diferença entre o cargo e do comentador político. Afinal de contas o resultado final é igual. Mas ele estará mesmo convencido que pode ser presidente da república?

Aparentemente ninguém se deu ao trabalho de lhe explicar (nem ao alegre) que isto da presidência é para ex primeiros-ministros, assim uma espécie de reforma antecipada, preferencialmente para aqueles que até têm alguns números de telefone internacionais no telemóvel. Parece que está em negação, ou então não reparou mesmo, o que para comentador político não é grande cartão de visita, que o barroso, e se calhar o guterres, qualquer dia também estão nas estatísticas do desemprego. Sim eu sei que no estrangeiro ninguém sabe quem é cavaco, mas o marcelo ninguém sabe quem é em Portugal. Que digo eu, nem em Lisboa, mesmo com aquelas palhaçada do mergulho no rio. 

domingo, 3 de novembro de 2013

Os parques de estacionamento e o desemprego

Ainda sobre isto dos parques de estacionamento como metáforas de um povo, é favor comparar a largura dos lugares nos IKEA do Porto e Lisboa, Norteshopping e Colombo, por fim, El Corte Ingles de Gaia e Lisboa. Agora vejam bem as taxas de desemprego da Suécia, Portugal e Espanha: 7,5%, 16,5% e 27%, respetivamente. Há uma clara correlação entre a dificuldade de estacionar um carro e a probabilidade de se estar empregado, claramente sustentada pelo tempo que se perde numa ou outra tarefa.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Halloween

Ora bem, este foi o quinto Halloween que passei na minha casa e, finalmente, desta vez já não fui apanhado desprevenido. É que em outubro de 2009, dois meses depois de me ter mudado, estava eu descansado a ver televisão, quando por volta das nove e meia ouvi uma algazarra tremenda, urros e guincho lancinantes vindos do hall das escadas. Entrei em pânico e o meu cérebro desligou-se. Desligou-se o cérebro, a televisão, as luzes, tudo. Fiquei ali imóvel e em silêncio, à espera que aqueles espíritos malignos se afastassem sem me fazerem mal. Por uma razão ou outra, nunca antecipada, a coisa repetiu-se nos três anos seguintes, sendo que no ano passado os sacanas dos espíritos se atreveram a deixar pedacitos de papel higiénico à nossa porta.

Este ano resolvi tomar o assunto em mãos, entenda-se nas mãos da Outra Metade e, quando ouvi a chinfrineira, empurrei-a para a porta. Quando a abriu, foi confrontada com quinze pigmeus ou anõezitos, à volta dos seis anos, mascarados de esqueletos, bruxos e bruxas, que a ameaçaram com a frase “doçura ou travessura. Enfim, acabaram por levar os meus mini mars e foram assombrar outro apartamento. Para nosso espanto, passada uma hora, lá voltamos a ouvir as mesmas vozitas do além. A Outra Metade voltou a arriscar espreitar e deparou-se com uma comitiva mais pequena da mesma tribo. Vocês outra vez? Nós somos outros, disseram eles. Naquela idade devem pensar que a máscara os torna irreconhecíveis, tipo gato escondido com rabo fora, porque realmente eram os mesmos sacanitas, satisfeitos da vida por andarem sozinhos pelo condomínio a sacar doces a toda a gente.

Porta dos Fundos

"When you are dead, you do not know you are dead. It's only painful and difficult for others. The same applies when you are stupid.", Ricky Gervais

À laia de serviço público, aqui fica o link para o único perfil do facebook que interessa.

Guião da reforma do Estado

In Público

Quanto ao guião da reforma do estado, cumpre-me dizer o seguinte. A empresa onde trabalho tem vários parques de estacionamento, um dos quais apenas para a direção, onde tenho a duvidosa honra de estacionar. Como sou gente pontual, chego sempre dez a vinte minutos antes das nove, quando o parque ainda está relativamente vazio e nunca me tinha apercebido da bandalheira que se instala perto das nove. É que hoje deparei-me com carros espalhados por todo o parque, que não tendo lugares marcados, tem marcações de lugares. Ele era carros no início meio e fim, com um ou dois lugares de permeio, numa ordem aparentemente aleatória e inexplicável. E é por estas e por outras que dei por mim a pensar que se nem a direção de uma empresa líder de mercado se consegue organizar numa tarefa tão simples como estacionar os carros no parque, certamente nãovai ser o país que se vai organizar para sair do buraco onde se meteu.

Ainda sobre isto dos parques como metáfora de um povo, aqui há uns anos contaram-me que na suécia a malta que chega mais cedo deixa os carros mais longe, para que os que vêm atrasados não se atrasem tanto. Notar que estamos a falar de um país com uma taxa de suicídio anormalmente alta, por isso estas imbecilidades não servem de exemplo para ninguém.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pichelaria

Não, não virei à esquerda! Isso era pichar, ao abrigo que istdo é tudo nosso e podemos cagar as paredes que quisermos. Gostava de ver as casas destes animais... Bem, até já vi a do francisco louça e era bem hipster.

Dizia eu, pichelaria, porque finalmente lá vieram cá a casa tentar resolver o problema com as águas e a coisa resume-se mais ou menos a isto. Os homens chegam, eu, respeitosamente, porque isto com estes gajos toda a subserviência é pouca, digo que me disseram que as válvulas de não-retorno não devem estar junto a curvas (joelhos na gíria destes bacanos), os homens dizem sim, sim, com complacência, mas vai ser preciso fazer testes. Passadas três horas, depois de se terem fartado de ligar e desligar coisas, de um telefonema para a empresa a dizer que já não vou de manhã e meto meio dia de férias, demoram um quarto de hora a porem a válvula em plástico mais longe da curva e dizem com um sorriso de genuína felicidade e dever cumprido: já está! Fffffff!!!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Assunção Cristas não quer portugueses com mais de dois cães por apartamento

In Público


Para já andarmos a perder tempo com estas merdas ou acabou mesmo a recessão ou alguns ministros andam tão distraídos, que começaram a acreditar na propaganda que o próprio governo inventa.

Sobre a delicadeza

Regra geral, vá-se lá saber porquê, não sou tido por um gajo delicado. Sim, não uso boxers com rendas, nem cremes para isto e para aquilo, mas não era bem a isso que me referia. Digamos que me falta algum filtro e, não sendo propriamente inconveniente, volta e meia lá me sai um comentário um bocadinho mais acutilante ou menos consensual. 

É mais ou menos nesse espirito, e até nem me parece que seja o pior exemplo, que quando uma conhecida já deu ou está para dar à luz, só para provocar, costumo perguntar se já rebentou. Pergunto às amigas e colegas e, obviamente, sou recebido com um coro de protestos, que normalmente começa por longos "ohhhhhh". Lá aquilo do é um momento tão bonito, único na vida de uma mulher, cria-se um laço para a vida, vocês os homens não conseguem perceber, e tretas dentro da mesma linha.

Acontece que quando falo com amigas que já, hmmmm... pariram(?) há muito tempo, sou confrontado com a realidade da história e todos os mitos vão para o galheiro, em troca de: não me apanham nessa merda outra vez; p*** que pariu as dores de costas e de parto; não tive uma noite decente desde os quatro meses;etc., etc. É mais ou menos como o mito das viagens de núpcias às Maldivas. Logo após a viagem, que sim, que é muito bonito, espetacular, o melhor sítio onde foram. Passados dois anos, que ideia estúpida, não se passa nada, só se faz praia, não há uma porra de uma laranja ou maçã em todo o país. Sendo assim, suponho que toda esta treta está na linha dos desejos de gravidez ou da TPM como pretexto para uma vez por mês nos lixarem a cabeça com tudo aquilo que normalmente não têm coragem para dizer e reprimem.

A verdade é que, para momento único, tenho bem a impressão que são os pais quem sai a ganhar, porque enquanto a mãe está meia atordoada pelo esforço e dores, a maioria das vezes ainda sobre o efeito da anestesia, os pais estão totalmente conscientes no momento em que pegam pela primeira vez nos filhos. E deixem-me dizer que sim, a expressão que lhes fica gravada na cara realmente mostra que aquele é um momento único na vida.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O carisma não se vende nas lojas

"One chord is fine. Two chords are pushing it. Three chords and you're into jazz.", Lou Reed

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

E o inferno gelou...

"CDU coliga-se com o PSD na câmara de Loures", In Público

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

França e Alemanha vão liderar negociações anti-espionagem com os Estados Unidos

In Público

Portanto, agora, em vez de serem só uns cabrões a meterem-se nas nossas vidas (quer dizer, não será propriamente nas nossas, porque, basicamente, ninguém quer saber o que por cá se passa), vão ser três, e dois deles até costumam comer à mesa connosco (quer dizer, não será propriamente comer, costumamos servi-los).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Que é feito do Jerónimo de Sousa?

Alguém o tem visto? Está vivo? É que de repente deixou de se ouvir falar no homem. Na verdade deixou de se ouvir o homem falar. E é que nem me estou a queixar. Isto é como as dores de barriga e normalmente só nos lembramos delas quando as temos, mas suponho que senti uma certa nostalgia, agora que já nem o Bernardino Soares vamos ter na Assembleia da República. Lá está, valha-nos a Catarina Martins.

Viroses

Hoje, um colega comentava com alguma piada, que a estratégia está para a gestão, como a virose está para a pediatria. Referia-se àquelas coisas inexplicáveis, que se diz aos colaboradores serem estratégicas, com um ar grave e profundo, a ver se a malta se cala e vai pregar para outra freguesia. Os pediatras fazem o mesmo quando os putos têm febre sem mais nenhum sintoma – é uma virose que anda por aí! Ao que os pais perguntam – mas um vírus de quê? Recebendo em resposta, com um ar grave e profundo – uma virose! E passa para cá setenta e cinco euros, que é para aprenderes a não me telefonar às duas da manhã, só porque o fedelho não quer o biberão.

Os meus problemas

Os meus problemas são relativamente simples. Na verdade quase todos têm solução e o que me chateia mesmo é o trabalho que dão a resolver. Aliás, em boa verdade nem é trabalho, mas sim transtorno. Lá aquilo de ter de telefonar ao gajo X, que nunca atende e que, quando finalmente atende, combina para a hora Y, saio mais cedo da empresa e ele não aparece. Lá se volta a tentar telefonar meia dúzia de vezes, que pede imensa desculpa mas surgiu um imprevisto, a mãe voltou a morrer, pois que já é a sétima vez esta semana e que amanhã de certeza que sim. E é isto. Este tipo de coisas repete-se num loop interminável que me desgasta, agasta e satura. 

Acontece que nas últimas semanas a dimensão da coisa se tem avolumado cá por casa, a maioria das vezes ligada a água, assunto em que não me sinto muito à vontade, a não ser que esteja dentro de um copo, piscina ou a cair de um chuveiro, pelo que tenho mesmo de me socorrer dos especialistas. Ontem parecia que estávamos a fechar um ciclo e vários dos assuntos estariam resolvidos, não fosse depois de jantar voltarmos a depararmo-nos com a coisa e deitei-me lixado da vida.

E isto tudo para partilhar uma experiência que finalmente me permitiu perceber a expressão "estou a transbordar" de problemas. É que hoje ao acordar tive um momento de inocência em que por momentos não lembrei de nada destas tretas e me sentia perfeitamente descansado. Rapidamente, uma após a outra, fui-me recordando e senti a cabeça a encher como um copo, até transbordar... O que infelizmente não aconteceu, porque estas merdas continuam todas cá dentro a irritar-me.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Eu achava que não havia nenhum político mais insuportável que o francisco louçã...

... até conhecer a catarina martins.

Afinal de contas é mais ou menos a mesma coisa, não fosse ter aquela caraterística extremamente irritante de algumas mulheres, que é quererem mostrar que são mais inteligentes do que os homens que as rodeiam. Por isso, nunca se cala e para se destacar defende qualquer imbecilidade que lhe passa pela frente, desde que seja o oposto do que o adversário está a dizer (na verdade, desde que seja o oposto que o mínimo senso comum aconselha) e consegue fazê-lo com aquele tom professoral, com que o francisco louça já me conseguia pôr a espumar no sofá. O que vale é que, com sorte, de seguida aparece o joão semedo, que está para os políticos como o valium está para os maniacos depressivos, e me consegue adormecer ao fim de um minuto.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ladrões de Picasso e Monet em Roterdão admitem roubo, mas acusam galeria de negligência

In Público

Suponho que não vale a pena dizer mais nada...

Indecisão

Por vezes ficamos completamente bloqueados, incapazes de decidir seja o que for, presos num momento no tempo que parece não acabar. Note-se que o ideal é que esse momento não seja em cima de uma mota, em sexta a fundo, a duzentos metros do fim da reta do Mindelo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Testes de ADN confirmaram as aparências, a criança não é filha do casalAFP/POLÍCIA GREGA

Claramente era preciso um teste de ADN para confirmar que estes dois monos não eram os pais da miudita. Enfim...

Tenho fome!

Era isso que estava escrito no cartaz que um tipo carregava para a frente e para trás num semáforo sábado de manhã.

Ao longo dos últimos anos tenho desenvolvido uma perspetiva da raça humana em que basicamente nos vejo como macacos mais desenvolvidos. Simplesmente somos capazes de juntar mais paus e mais pedras. Recentemente voltei a lembrar-me disso porque, num evento cultural internacional, ao passar num corredor ouvi um autor a dizer "um livro é como uma casa onde somos convidados a entrar!", uma banalidade como outra qualquer, que já ouvi vários escritores debitarem com o ar mais profundo que conseguiram arranjar, enquanto a entrevistadora fica deslumbrada com a profundidade do interlocutor.

É por estas e por outras que, sobre as capacidades do homem, me gosto de lembrar das estratégias que algumas orcas utilizam para caçar focas. Na verdade, o mais importante até nem é como caçam, mas o facto de devolverem à praia todas as focas que capturaram e não querem comer.

domingo, 20 de outubro de 2013

Teste de carga na ponte 25 de abril

A questão que se me coloca é, para que serviu a manifestação de ontem? Tanto quanto eu sei, Portugal é um país democrático e estes tipos foram eleitos, por isso...

sábado, 19 de outubro de 2013

Só para eu saber...

... afinal de contas, quanto é que custa alugar 400 autocarros?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ainda sobre o orçamento de estado


É de mim, ou a ministra das finanças está mais sexy? Também pode ser lá por aquilo da dominação e infligir sofrimento...

Igualdade, fraternidade, liberdade

Isto da crise começa a ser claramente só para alguns e até eu, que sempre nutri algumas, enormes, desmesuradas reservas quanto ao empenho da maioria dos funcionários públicos, começo a sentir-me embaraçado. Suponho que será uma questão de pudor. Não fosse por mais nada, afinal de contas a constituição ainda tem por lá escrito, pelos vistos já ninguém sabe muito bem onde, aquilo da igualdade, mas pelo andar da carruagem,  só mesmo agarrando-se à fraternidade é que alguma desta malta vai conseguir dar de comer aos filhos. Convém é não fazer muito barulho, nem ondas, porque desde o Euro 2004 que a PSP tem imenso equipamento anti-motim, que acabou por nunca ser usado, e aquilo é gente que também anda um tudo nada nervosa.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Orçamento do Estado 2014

Sobre o orçamento do estado 2014, a única coisa que consegui registar foi que se trabalhasse na função pública era gajo para estar um bocadinho irritado e que não será de surpreender se começarem a acontecer aquelas episódios tipicamente americanos, em que um tipo que trabalha nos correios, de quem todos dizem ser just a regular guy, com cinquenta anos, ainda virgem e a viver com a mãe, que não fala com nenhum colega a não ser com uma espécie de grunhidos e sem nunca olhar para os olhos de ninguém, há trinta anos que durante a hora de almoço só lê livros sobre o juízo final e sempre que alguém se aproxima da sua secretária está a ver sites sobre guerrilha urbana, que fecha rapidamente, passando para uma proteção de ecrã com uma imagem da estação de correios a explodir e os dizeres you all must die. Dizia eu, aqueles episódios em que um dia, numa manhã como outra qualquer, um tipo entra na estação dos correios e começa a matar todos os colegas indiscriminadamente, seguindo-se o habitual suicide by cops. Obviamente, tratando-se de Portugal e não obstante os trinta corpos ensanguentados cravejados de balas e espalhados pelo caminho que o alegado homicida fez de casa até ao local do alegado crime, a polícia só chegará meia hora depois de tudo terminado, não indo a tempo de o prender, até porque o alegado homicida entretanto se fartou de esperar e dirigiu-se à esquadra mais próxima para se entregar, o que já é tipicamente português, e  está calmamente a conversar com dois transeuntes à porta, enquanto aguarda que os polícias regressem.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Quase 9000 novos toxicodependentes nos centros de tratamento em 2012

In Público


Ora aí está um enigma. Tudo bem, eu percebo lá isso da crise económica, do desemprego, do desespero e da fuga à realidade. Mas, e não levem a mal a pergunta, porque estou mesmo curioso, se não arranjam dinheiro para ultrapassar os problemas, onde o arranjam para ultrapassar a realidade? 

É que eu até gostava de não ter percebido a notícia e que afinal de contas a crise até veio por bem, porque isto é gente que agora que já não consegue financiar a coisa resolveu dar a volta por cima e lá se apresentou nos centros de tratamento. Mas não, já li duas vezes e parece que estamos mesmo a falar de gente que no meio da merda em que já estava metida, achou que bom mesmo era começar agora a drogar-se, o que ao nível da estupidez, ainda consegue estar bastantes degraus acima daquela malta que começa a fumar aos trinta anos.

Suponho que humanamente não será de grande compaixão, mas não deixa de me chatear que se esteja a cortar em apoios sociais a quem muito precisa, a mim incomoda-me sempre as crianças e velhinhos desamparados, e se gaste dinheiro com isto. Lá para os treze anos tive uma professora de ciências que tinha uma filosofia interessante. Sempre que sabia que um amigo das filhas se drogava oferecia-lhe a janela de um sétimo andar.

E o prémio para líder africano não foi entregue pela quarta vez

"Há duas condições para se ser premiado: ter sido eleito democraticamente e sair do cargo no fim do mandato."

In Público

Uma completa surpresa, vinda de um continente que tem apresentado ao mundo tantos humanistas. Enfim...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Governo proíbe manifestação na Ponte 25 de Abril, CGTP não desiste

In Público


Se há coisa que eu aprecio na esquerda portuguesa, ou de qualquer país, é o apego à tradição e aos temas inspiradores. Lá por fora temos o Che, o Fidel, o Mao, o hino da internacional, lá com aquilo da fome, aquelas belas estátuas de dedo em riste ameaçando as massas para não saírem da linha e os tanques a marcharem sobre manifestantes pacifistas, de belo efeito televisivo.

Lamentavelmente, por cá a coisa ao nível dos líderes não lhes tem corrido tão bem, porque o Cunhal nunca caiu no goto do povo e dos que vieram a seguir nem vale a pena falar. Vai daí, estão armados em cordeiros, sob a capa do direito à manifestação, a tentar reeditar a brincadeira de noventa e quatro.

Síndrome da gaveta aberta

Hmmm... por esta altura se calhar já perceberam a ideia...

O príncipe

Isto de andar uma semana a deixar que fugas de informação pinguem, gota a gota, a ideia que as pensões de sobrevivência e viuvez iam todas para o galheiro, para agora fazer um número de magia e aparecerem como responsáveis e preocupados com os mais desfavorecidos, diz muito da preparação deste governo.

Diz que ao nível da ciência política devem estar mais ou menos no grau zero e a única coisa que aprenderam foi recomendada pelo Gekko, no Wall Street, que a dada altura lá manda a malta ler a Arte da Guerra do Sun Tzu e o Príncipe do Maquiavel. Bem, pelo menos ficamos a saber que afinal de contas sabem ler. Se bem que alguém lhes possa ter lid...

Síndrome da porta aberta

Se de repente começarem a deixar a porta do frigorífico aberta, na base do já lá vão voltar para arrumar o que de lá tiraram ou porque ainda vão buscar mais qualquer coisa, não cedam, tomem medidas imediatas. É que rapidamente e sem se aperceberem, estão a deixá-la sempre entreaberta e quando a coisa se tornar mesmo galopante, vai ser mesmo qualquer porta. É pura e simplesmente insuportável.

Dou por mim a voltar a divisões onde tinha estado cinco minutos antes e nenhuma porta está fechada. Ao princípio, ainda pus a hipótese da casa estar assombrada, mas como o apartamento tem cinco anos, nunca foi habitado, nem foi construído sobre um cemitério, não me pareceu plausível. Uma análise mais cuidada e os gritos indignados da Outra Metade permitiram concluir que era eu o imbecil que não as fechava.

Em todo o caso, a coisa parece ter saído fora do meu controlo e querer não é poder, porque mesmo querendo fechar as portas, parece que os músculos se recusam a responder e, por muita força que queira fazer, o raio das portas acabam sempre por não se fechar. Evidentemente poderei estar a ser vítima de um complot para me levar à loucura e alguém, vá-se lá saber quem, colocou molas em todas as portas para não fecharem. Não sei, digo eu...

domingo, 13 de outubro de 2013

Afinal de contas a ASAE está ao serviço de quem?

Periodicamente sou obrigado a deslocar-me à Alemanha e é sempre com alguma ironia que constato que aquilo é povo que se está completamente a borrifar para as regras europeias de saúde pública alimentar. Regras essas, provavelmente inventadas por eles.

Ele é mãos que ora estão a manusear dinheiro, ora estão a preparar uma sandocha que alegremente pousam em cima do balcão, balcão esse coberto de porcarias deixadas pelos clientes anteriores. Aquilo é gente que não faz ideia do que é uma luva de plástico ou latex. Felizmente nunca tive de pôr os pés numa urgência hospítalar, porque não faço ideia se eles sabem o que são seringas descartáveis. A verdade é que isto não me chateava por aí além, não os tivesse visto a sair da casa de banho,olhando com um certo desprezo para os lavatórios. É que já nem falo de sabonete líquido, mas água, um bocadinho de água.

Enfim, dever ser lá aquilo do olha para o que eu digo e não para o que eu faço. Alguém ainda se lembra da lei que obrigava os táxis a serem pintados de côr bege? Os táxis alemães são brancos... De qualquer forma, há que admirar a coerência do povo. É que assim como não chateiam com isso da higiene alimentar, também deixam ao critério de cada um a velocidade a que circula na autoestrada. Dever ser uma questão de responsabilização pessoal. Em todo o caso, preferia que o taxista me pedisse a opinião antes de se meter na autoestrada a 210 hm/h.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O Futuro é o passado

In Público

Pegando na opinião do António Costa Pinto, no Público, atrever-me-ia a tirar todas as ilações do título. O futuro com "Passos Coelho vai continuar a ser a infelicidade de uma bela parte da sociedade portuguesa e ainda está para durar" e certamente levará Portugal até 1960.

É que se a sociedade onde vivemos até 2009 não passou de uma fantasia, um embuste impingido depois da revolução aos portugueses, que se deixaram levar por delírios de grandeza, exigindo e vivendo para lá das suas possibilidades. O empobrecimento de Portugal e a destruição do estado social, salvo as devidas distâncias, é como que um genocídio, não de um povo, mas de uma classe social, a média.

Passos anuncia novo orçamento rectificativo

E é isto...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ponto de embraiagem

Anda por aí um blog, um blog qualquer, a gozar com a minha forma de conduzir. Tudo bem, eu agradeço as críticas construtivas e não fico ressabiado.


A verdade é que não suporto as pessoas que circulam na estrada como se estivessem sozinhas e andam a vinte onde podem dar cinquenta, mudam de direção sem qualquer pré-aviso, param inesperadamente ou não dão passagem a ninguém porque seria um ato de submissão. E eu nem acho que seja por se estarem a borrifar, mas sim a total inconsciência do que estão a fazer, que sinto como um ataque pessoal.

Seja como for e já que estamos a falar de carros, não te esqueças de atestar o depósito, porque no próximo fim de semana guias tu.

Nenhuma criança fica para trás

Numa época em que a igualdade de oportunidades deu na imbecilidade do título do post, que já agora deriva da expressão em inglês no child left behind, pelo que, para minha surpresa, tudo leva a crer a ideia até nem foi nossa, temos uma escola que na essência passa a seguinte mensagem - podes ser burro como o caraças e não ter aprendido puto, mas não vai ser por isso que te vamos chumbar. Dizia eu, numa época em que a mediocridade não é penalizada, temos governante após governante a justificar-se no parlamento, ou onde calhar, com explicações mirabolantes e sem qualquer consequência.

E esta nem é a má notícia. O pior é que, na sua maioria, estes ainda estudaram durante a ditadura, agora os que vêm aí...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

E que tal retirar as câmaras ao PSD?

Ao nível da legitimidade política e constitucional, parece-me que deve estar mais ou menos ao mesmo nível que isto das pensões de sobrevivência. De qualquer forma, seria até a reposição da verdade política, porque tivesse o PSD anunciado estas medidas há duas semanas atrás e não tinha nem um junta de freguesia, quanto mais câmaras...

O estado e as pessoas de bem

Reparem que não disse o estado é uma pessoa de bem. Para tentar não perder muito tempo com o assunto, vou pôr as coisas da forma mais simples que me ocorre. Se eu aplicar dinheiro num banco e contratar uma taxa de juro fixa, é bastante frequente o banco pagar os juros devidos pontualmente. E se o banco tem ou não condições para praticar iguais condições com novos clientes é indiferente. Mais, se calha do banco deixar de pagar os juros contratados, posso processá-lo e ganho. A coisa é linear e transparente. Não passa pela cabeça de ninguém que os juros variem, seja por excesso de despesa, investimentos falhados ou porque num mês ou outro está a fazer menos empréstimos. Digamos que seria ridículo.

Pelos vistos, com o estado as coisas já não são bem assim e as regras, sejam elas quais forem, podem mudar ao sabor dos tempos. Note-se que não estou a discutir se as pensões são justas ou não, tão pouco os abusos do sistema. Estou a falar de gente comum, como quase todos nós, reformados e pensionistas  que contrataram um rendimento com o estado e agora dizem-lhes que não, tenham lá paciência, isto afinal não era bem assim e se calhar era melhor não terem planeado essa vida, porque nós enganamo-nos aqui numas coisas e os senhores, afinal de contas, já não contam para nada.

No fundo o que está a ser dito é, expirou o vosso prazo de validade, vocês são um estorvo e porreiro, porreiro, era que morressem. Tenham é a gentileza de esperar um bocadinho, que ainda temos que acabar com o que restou do subsídio por morte.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Governo prepara corte nas actuais pensões de sobrevivência

In Público


Há algumas coisas na vida que nascem connosco ou vêm do berço e que depois, podem demorar mais ou menos tempo a manifestarem-se, acabam sempre por vir ao de cima.

Uma delas é o bom ar. Não confundir com bom aspeto, que por muito que se tente também não se pode comprar, mas aquilo que nos leva a confiar em alguém que nunca tínhamos visto mais gordo, mesmo que esteja todo roto e sujo. Há ali qualquer coisa na atitude, a postura, a forma como fala e gesticula, que nos leva a confiar, quem sabe até a dar uma boleia. Agora imaginem estes tipos na berma da estrada, com o polegar estendido para cima. Alguém se arrisca?

A liderança definitiva

Pelos vistos aquilo do provisório lá se confirmou e continuaram no lugar de onde, afinal de contas, nunca saíram. Suponho que é destas pequenas alegrias que se faz a vida...

domingo, 6 de outubro de 2013

A liderança provisória

Com o benfica a vacilar e o sporting anormalmente resistente, os jornais lá se viram obrigados a desviar o centro das atenções, sem com isso se desviarem das imbecilidades do costume. Vai daí, aqui estamos nós com as lideranças provisórias, leia-se, ainda a jornada não acabou, para os mais distantes destas coisas do futebol, antes dos adversários jogarem.

Eu podia dizer que a liderança provisória está para o futebol, como os líderes das fugas ou  prémios de montanha estão para o ciclismo. Mas não, não está e por isso não vou dizer. Os líderes das fugas estão a correr contra alguém que, pasme-se, também está a correr, o que é capaz de trazer algum mérito à coisa e os prémios da montanha são efetivamente prémios para o gajo mais rápido a subir uma montanha.

Para marcar bem o ridículo da coisa, seria um tudo nada estúpido dar um prémio a uma equipa que tem mais pontos que outra que ainda não jogou e deve ser por isso que não me lembro de nenhuma liga europeia de líderes provisórios que, de qualquer forma, a existir será algo informal e chama-se taça dos falhados. 

Meus caros, isto das competições, como na vida, tirando as idas à casa de banho, não basta desejar com muita força para acontecer.

sábado, 5 de outubro de 2013

Assessor de Passos omite no currículo uma década de trabalho no BPN

In Público

Frequentemente lembro-me da frase, "melhor que roubar um banco, é fundar um". Suponho que para alguns isso deve ser mais ou menos lá aquilo do been there, done that e  resume-se a uma questão de carreira. É preciso progredir, procurar novos desafios. Depois de fundar um banco, nada como governar um país.

Serviço público

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Trabalhadores que rescindam com o Estado têm 30 dias para manter a ADSE

In Público

Não, não tirei do Inimigo Público. E de qualquer forma, não sei porque é que estranharam. Faz todo o sentido e é exatamente igual ao que se passa no privado. Toda a gente sabe que sempre que uma empresa rescinde com um funcionário continua a pagar-lhe o seguro de saúde.

E antes que se ponham com coisas, não, 2,5% da massa salarial não chega para financiar a brincadeira. Ainda assim, se conseguirem provar que chega, então era porreiro estender a todos os portugueses. Somos todos operados no privado por meia dúzia de euros e eu já não tenho vontade de sacar os óculos da cara dos funcionários públicos e dizer que são meus. Vale?

23% dos condutores portugueses já adormeceram ao volante

In Público

E por um raio de um azar, era capaz de apostar que andam quase sempre todos à minha frente.

Ainda sobre esta semana

Finalmente sexta-feira e um gajo dá por si frente ao espelho da casa de banho a pôr pasta de dentes na lâmina de barbear, o que ao nível das mortes acidentais, é bem capaz de ser das mais estúpidas.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cavaco Silva afirma que é “masoquismo” dizer que a dívida não é sustentável


Mas ele pensará que em Portugal não temos televisões? Este homem tem uma vontade férrea de levar para a frente as suas ideias. Lamentavelmente, neste momento, a única ideia que tem é manter-se no lugar. Tudo o resto é deprimente e degradante. Será que alguém lhe explicou os deveres de um presidente da república? É que, aparentemente, para ele exercer uma magistratura de influência ou ser um moço de recados é mais ou menos a mesma coisa. Será que o António Guterres vai ser igual?

Antropomorfismo

Às vezes há ideias que me ficam gravadas na cabeça e por muito que tente arrumá-las para um canto, volta e meia lá voltam a desabrochar.

Durante imenso tempo cismei com a cara do Francisco Ferreira da Quercus. Não sei porquê, fazia-me lembrar, hmmm, como é que hei-de dizer isto, uma glande. É certo que uma glande com braços e óculos, mas ainda assim uma glande.

Finanças confirmam que documentos sobre swaps não foram destruídos

In Público

Todos ou só alguns? É que isto da informação tem duas perspectivas. Tão importante como o acesso, é a capacidade de a fazer desaparecer. Suponho que a competência estará na capacidade de optar. Esta coisa de andar para trás e para a frente, qual número de ilusionismo, ora aparece, ora desaparece, nada na manga, nada na mão, é coisa para irritar um bocadinho.

Falta muito para sexta-feira?

Ele há semanas em que um tipo não devia sair da cama e esta, raios a partam, ainda só vai em quarta-feira. A saga começou na segunda-feira, até aqui normal, com uma fuga de água na caldeira, já mais invulgar, que a assistência só vem reparar hoje de amanhã. Curiosamente, a caldeira passou a ter problemas a partir do momento em que fizeram a manutenção programada, um pouco ao estilo dos anos oitenta, em que um tipo entrava numa oficina para trocar uma lâmpada, o mecânico dizia "isto só vendo, é preciso abrir" e saia-se de lá com uma embraiagem e travões novos. Para ajudar à festa, terça-feira começou a doer-me um dente, que o dentista me disse vai mesmo ter de saltar fora, para meter um implante. Vou pagar mil euros para tirar uma peça de origem e meter outra da concorrência. Em cima disso, antibióticos e anti-inflamatórios e um mal estar do caraças.

Por favor, até ao final da semana, não falem mais comigo, não me mandem emails, não toquem em nada. Eu só quero um pouco de sossego. Não venham com a paz do mundo a cura das doenças ou acabar com a fome, porque essa malta também não se oferece para vir cá a casa resolver nada, nem que fosse lavar os carros. E não, os putos ranhosos dos semáforos não contam, porque aquela mistela que eles espetam nos vidros deve corroer as borrachas e a pintura toda, cambada de filhos da p...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ainda as autárquicas

Passos responsabiliza Menezes pela derrota do PSD em Gaia, In Público

É extraordinário que em 2013 a maioria dos partidos ainda não tenha percebido que a malta já não está para os aturar. E não me refiro às vitórias dos independentes, embora estas já devessem ser suficientes para lhes abrir os olhos. Estou a falar das interpretações dos resultados, que continuam a ser palhaçada habitual. Não, não refletem a governação. Sim, temos menos câmaras, mas eles tiveram menos votos. Não, não temos câmara nenhuma, nem elegemos os líderes, mas está tudo bem. Pessoal, acordem, porque por este andar não é o Manuel Alegre que vos aparece numa eleição nacional. Aliás, se há momento para aparecer um movimento independente ou um partido novo, ao estilo do saudoso partido da solidariedade nacional, sacar um tacho e navegar a onda, é este. Quem alinha?

Perder

Ele há coisas que são capazes de me chatear um bocadinho e uma delas é perder. Seja no que for,  mas especialmente naquelas coisas em que eu acho que devia dar conta do recado. Por isso, pior do que perder, o que me chateia mesmo é perder mal. E ontem o Porto perdeu mal. Eu não percebo nada de futebol e por isso estou a borrifar-me para a posse de bola ou que o jogo tenha sido quase todo na área do Atlético. A mim, o que me interessa é que os jogadores não tropecem na bola ou a percam só porque o adversário está a dois metros de distância, que não falhem passes a torto e a direito ou façam jogadas tão desconexas, que um gajo topa logo que não vai dar em nada. Quero lá saber se é por falta de organização, confiança ou concentração. É para isso que está lá o treinador mas, tudo leva a crer que o nosso ainda não apareceu. Suponho que só me resta esperar, eventualmente que seja contratado...

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Caro Paulo Fonseca...

... da próxima vez não abras a boca ao intervalo, porque isto do Porto não é a mesma coisa que o Paços de Ferreira e não basta aparar a barba à George Clooney, andar com um penteado imbecil e passar horas à frente do espelho a dizer "tu és o maior, o mais bonito", para a coisa rolar. Tens de te convencer que aquilo do ano passado foi um acaso, não voltava a acontecer nem que te rompesses todo. Agora estás jogar com os grandes pá e isto não vai lá só com conversa a armar em intelectual. Se queres saber o que não é preciso para ser campeão, vai ao Google e escreve José Mourinho ou André Vilas Boas. Repara que o special one pelo menos faz de conta que se está a borrifar para o cabelo, que ora rapa, ora chega às conferências de imprensa como se tivesse acabado de sair da cama. Já o special two deve usar o mesmo penteado desde os doze anos. Aquilo é gente que sabe que o que interessa é o que se passa no campo e que o resto é encenação para parolos como tu. 

Eu, se fosse a ti, telefonava aqui ao miúdo para saber quem é o barbeiro dele, porque mais dia menos dia o Picó vai abrir os olhos e fartar-se das tuas tretas.

Agora que já vamos no terceiro ano da crise...

... alguém ainda compra roupa nova no início da estação ou está tudo quieto à espera das promoções e saldos? É que eu nunca fui muito dado a devaneios e como tenho um estilo (ok, não é bem um estilo, é mais um acidente em cadeia) mais ou menos conservador, sempre esperei pelo final da coleção, mas sempre me fascinaram aquelas pessoas que estouram uma pipa de massa em roupa nova, como se não houvesse amanhã. Literalmente, não fosse dar-se apocalipse,  as lojas fecharem e terem de apresentar-se no juízo final com roupa do ano passado.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Computadores

O meu portátil já tem seis anos, o que, como os anos de cão, serão para aí cento e dez anos numa pessoa. Foi pois sem surpresa que nos últimos meses começou a revelar o peso da idade, arrastando-se como se tivesse displasia da anca. Recentemente a coisa agravou-se, vai daí lá me decidi substituí-lo e comecei a pesquisar alternativas na internet. Mantendo a metáfora, suponho que para os computadores isto é mais ou menos a mesma coisa que levar um  cão ao veterinário para ser abatido, porque o bicho até pareceu que pressentiu o fim e anda a fazer um esforço a ver se evita o inevitável.

O Porto é uma nação

Sempre senti que vivo numa cidade especial. Frequentemente, mais do que gostaria, essa especialidade é por contraposição e resulta da inveja relativamente à capital. Não é fácil ser a segunda maior cidade do país, o filho mais novo que também quer chegar a casa depois da meia noite, mas não o deixam. O Porto, cidade, passa parte da sua vida a lamentar-se que também podia ser isto ou aquilo, mas a capital não quer, o poder não deixa, o dinheiro não vem.

Esta circunstância, aliada a proveniência da população, nativa ou vinda do norte, Trás-os-Montes e Alto Douro, gente dura e orgulhosa, que prefere quebrar a torcer, tornou-nos combativos e capazes de nos suplantar perante a adversidade. E é assim que por vezes, felizmente muitas, acontece qualquer coisa que nos lembra que realmente somos especiais. O Porto, clube, para isso muito contribui, corporizando esse espírito e demonstrando época após época que podemos ser donos do nosso destino e conquistar o mundo. Depois, há as pequenas coisas, aqueles sinais de irreverência e altivez, como a rejeição dos parques pagos nos centros comerciais.

É por isso com orgulho que vejo a eleição do Rui Moreira para presidente da câmara. Não tanto por estar certo que vá ser um excelente presidente, mas porque os partidos não nos apresentaram candidatos aceitáves, um também ele uma incógnita, o outro a certeza do descalabro, pelo que a cidade tomou nas suas mãos o seu destino, gerando e elegendo a solução. Bibó Puorto!

domingo, 29 de setembro de 2013

sábado, 28 de setembro de 2013

Mais vale perder um segundo na vida, que...

Sabem aquelas pessoas que conduzem extremamente devagar? Aqueles que começam a travar cem metros antes de uma curva e que já dentro da curva, inesperadamente, travam ainda mais? Os que travam quando os outros aceleram e aceleram quando os outros travam? Os mesmos que vêm ao fundo o sinal verde e mantêm a mesma velocidade, acabam por passar no amarelo, enquanto ficamos presos no vermelho? E que entram nos entroncamentos sem olhar e cruzam todas as faixas calmamente? É só para avisar que hoje esses cabrões saíram todos à rua!

O sentido da vida

Volta e meia dá-me para entrar num estado contemplativo e refletir sobre vida, de onde vimos e para onde vamos, o que normalmente resvala para coisas mais grandiosas, como a teoria do big bang e a singularidade, uma cabeça de alfinete onde a dado momento se concentrou toda a matéria e energia que compõe o universo, o que, está bom de ver, me provoca uma certa angustia adicional, porque se todo o nosso universo estava nessa cabeça de alfinete, afinal de contas onde raio estava a dita e quando foi isso, coisa suficiente para me deixar com reservas sobre os conceitos de espaço e tempo, que se calhar não passam de convenções e se assim é, a partir da próxima segunda-feira só apareço na empresa depois de almoço.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Serviço público

É isso, à laia de serviço público, vou informando que logo os noticiários começam com inundações nas ruas deste país, obviamente inesperadas, no sentido em que não nos enviaram nenhum sinal... Sei lá, as andorinhas foram embora, o outono chegou, hmmm...

Bem, parece que chegou...

... a desculpa para metade dos portugueses recenseados não ir votar.

É que isto das condições meteorológicas ideais para a prática da modalidade ainda são mais difíceis que para saltos de ski, que até se fazem na primavera, sem neve, na relva. Não, em Portugal, para votar não podem estar mais de 23 graus (quase que dava na segunda feira), ou menos, mas com chuva, ventos fortes ou saldos. As condições ideais são: 19 graus, uma ou outra nuvem no céu, vento de 2 kms/h e nenhum jogo de futebol à tarde.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Tribunal decide que chamar "incompetentes" e "ladrões" aos serviços fiscais não é crime

In Público

Dando assim cobertura legal aos usos e costumes do povo. Aguarda-se agora que a Academia de Ciências introduza os termos no dicionário, como sinónimos. Para breve, despacho sobre "políticos"...

Uma imagem vale por mil palavras...

... lamentavelmente, quase todas são insultos e se calhar é melhor ficar calado, para não me meter em chatices.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Hop-on, hop-off

Uma das melhores coisas que se pode fazer quando se visita uma cidade estrangeira é comprar um passe para os autocarros de "ver as vistas" (eu sei, eu sei), dar uma volta pela cidade, sair e entrar onde nos apetecer e ver os principais pontos de interesse ao ritmo que muito bem entendermos, normalmente sem quaisquer pressas. O que me lembra que já era altura dos STCP acabarem com essa merda no Porto, porque estou farto de ficar encravado atrás de um desses filhos da p… Se querem ver as vistas, andem a pé que não enjoam! Afinal de contas, foi para isso que trouxeram as sandálias que calçam com meias, não foi?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Grândola vila morena

Uma das conquistas de abril (imaginar dedos no ar em forma de aspas) é a obrigação do estado assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito (imaginar gargalhada). Lamentavelmente, talvez por falta de visão, os pais da nossa constituição não previram nada quanto à obrigação do estado assegurar o acesso universal, obrigatório e gratuito a consolas de jogos, uma para casa e outra portátil, sapatilhas de marca, telemóveis de última geração, óculos de sol iguais aos do CR7, últimos modelitos da moda e canais de televisão de desporto pagos. Vai daí, os pais das nossas crianças ficam justamente indignados por, em cima disto tudo, ainda terem de pagar os manuais escolares dos filhos, uma porcaria que se gasta num ano e, vejam lá, não serve para mostrar a ninguém.

domingo, 22 de setembro de 2013

Um tipo não pode deixar de ficar surpreendido...

... quando vê um casal a ler na esplanada. Ela um livro, ele os folhetos de promoções dos hipermercados...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Florença

Em setembro tive umas férias do caraças, ou pelo menos, mesmo com um ou outro incidente, é assim que as recordo, o que vai dar ao mesmo, porque o que se leva desta vida, dizem, são as recordações, se bem que ninguém possa ter a certeza, porque ninguém viveu para contar, tirando o Gabriel Garcia Marquez, que mesmo assim só escreveu o primeiro volume, de que gostei muito, sim senhor, e me lembra que tenho de comprar um tablet, porque já não há pachorra para segurar calhamaços de 600 páginas, a não ser que seja “A verdade sobre o caso Harry Quebert”, que é um livro do caraças, o primeiro que li em que de volta e meia baixava o livro e dizia “ isto é do caraças”, o que me faz lembrar as férias, que estava eu a dizer, foram inesquecíveis, não que a coisa tivesse sido planeado, porque à partida até estávamos para ir para Istambul, mas lá para junho começamos a achar que a animação noturna estava ao nível das manifestações à frente da assembleia da república e que se era para isso, então íamos para fora cá dentro, mas pelos vistos há mais de um ano que não fazíamos viagens a cidades, vai daí fomos parar a Florença, que sim é uma cidade muito bonita, com os melhores gelados do mundo e os melhores paquetes de hotel a arrombar malas de quem se esqueceu da chave no chão do hall, em casa, no Porto, onde não fazem tanta falta, porque temos armários cheios de roupa, que diga-se até é fácil de comprar em Florença, porque tem lojas de todas as marcas de alta-costura, o que me deixou a pensar se haverá assim tantos turistas a comprar roupa no estrangeiro, mas, em retrospetiva, se calhar devia era ter pensado se haverá assim tanta gente a esquecer-se da chave da mala em casa, porque o paquete nem pestanejou ao abri-la, enquanto nós respirávamos fundo e chorávamos de alegria e emoção, quase tanta como a que se tem a olhar para a cidade do alto do Duomo ou a partir do outro lado do rio, vistas só comparáveis à paisagem provincial, com os montes e vales cobertos por campos, aqui e ali polvilhados por ciprestes e uma ou outra villa, cortados por estradas sinuosas que nos levam a sítios inesquecíveis, como estas férias que, já nem sei se vos disse, foram do caraças.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Prova Superada

Quando calha de ir a Espanha, fico sempre impressionado com a total indiferença que os espanhóis têm pelos carros. Ele é estacionamentos de ouvido, raspanços a mudar de fila e os carros amassados em todos os cantos e esquinas. Eu com isso até podia bem, não fosse terem importado a atitude para Portugal ao construírem o El Corte Ingles de Gaia, que tem as rampas e curvas mais estreitas que alguma vez vi. Vai daí, andar por ali é tal prova de pericia, que sempre que saio do parque quase que dou por mim a gritar, entre sorrisos e acenos para o público - PROVA SUPERADA!

domingo, 8 de setembro de 2013

Toscânia

É verdade que Portugal tem cidades monumento ou com zonas históricas pitorescas e interessantes, que nos transportam imediatamente para outros tempos e outras vidas. Tem regiões vinícolas como o Douro e o Alentejo, com paisagens arrebatadoras transformadas pelo homem, onde se produzem alguns dos melhores vinhos do mundo. Tem gentes simpáticas e acolhedoras, sempre prontas a partilhar uma história e um pedaço da sua cultura. Tem tudo isso e uma gastronomia espetacular.

Lamentavelmente, em Portugal não se fala italiano! E isso, meus amigos, faz toda a diferença.

sábado, 31 de agosto de 2013

Voar

Sou só eu que ao ouvir as hospedeiras de bordo dizerem "os coletes de salvação podem ser encontrados debaixo dos assentos", considero a probabilidade de ser uma piada das companhias de aviação e não estarlá nada?

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sabão macaco

Então é assim, um gajo vai ao dermatologista porque tem um bocadinho de dermatite, a ver se o tipo, supostamente uma barra, resolve a coisa definitivamente e, na volta do correio, ouve: lave sem sabão! Pior: lave menos ou nem lave!

Assim, sem espinhas nem pré-aviso. Pelos vistos, nós, a malta ocidental, esquece-se que a água da torneira já vem cheia de desinfectantes e, não contentes com isso, ainda espeta com geles de banho, tónicos, bálsamos e o que mais houver, basicamente rebentando com a barreira hidrolipídica da pele, foi o gajo que disse, não eu, e é um ver se te avias de vermelhidões, borbulhas e comichão. Parece que a natureza também pensou nisto e quanto mais porcarias pusermos, mais difícil é restaurar o equilíbrio. Se a pele precisar de produzir gordura, vai produzi-la, se não precisar, vai entreter-se com outra coisa qualquer.

Como a coisa me pareceu sensata e o tipo não deve estar numa cruzada contra a indústria cosmética, sou capaz de experimentar o conceito. Até encontrar a medida certa, não se surpreendam se ao chegarem ao blog encontrarem um bocadinho de sarro no ecrã...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Fazer a mala

Para as férias de oito dias na praia estive para fazer a mala de forma absolutamente organizada. O plano era colocar a roupa pela ordem em que ia ser utilizada: primeiro dia, manhã - calções de praia e t-shirt; primeiro dia, final de tarde - boxers, polo, bermudas; segundo dia, manhã - calções de praia e t-shirt, e assim por diante. O plano acabou abortado porque só tenho quatro calções de praia e não me consegui convencer a quebrar a regra, nem a comprar mais calções.

Agora, para as férias culturais, ou de viagens a cidades ou lá o que é que ela lhes chama, voltou-se a colocar o desafio. Cinco dias, quatro noites. Será possível fazer tudo com uma mala de cabine? A pergunta é meramente retórica, porque no ano passado vimos um casalinho de putos a viajar oito dias para a República Dominicana com duas malinhas de cabine, daquelas que cabem as duas ao mesmo tempo no medidor da Ryanair e o tipo ainda levava sapatilhas para correr. Portanto, sim, cabe tudo, desde que um gajo seja grande mestre em origami e consiga dobrar a roupa toda em quadradinhos minúsculos.

A coisa comigo não resulta, porque sou, digamos, um tudo nada obsessivo no que respeita à antecipação de imprevistos. Vai daí, quatro polos para andar durante o dia, duas ou três camisas para jantares especiais, cinco ou seis pares de boxers, uma t-shirt para dormir, outra t-shirt para o que for, umas calças de ganga para o caso das primeiras se sujarem, umas bermudas, havaianas para a piscina, outras sapatilhas. E ainda não entrei na higiene pessoal e medicamentos, carregadores, patinho de duche e ursinho de peluche...

sábado, 10 de agosto de 2013

Trip Advise(r)

Ok, depois de dezanove horas de voos e aeroportos, e dois dias de jet lag, aqui fica o que de mais importante retive destas férias: quando lerem no trip advisor: há muitos italianos, que circulam em grupos e que, não sendo agressivos ou desordeiros, falam um bocadinho alto; leiam isto: os filhos da p*** dos italianos parece que se reconhecem à distância e mesmo antes de ouvirem falar já se estão a sorrir e a saudar. Organizam-se expontaneamente na praia em grupos com nunca menos de dez indivíduos e falam todos ao mesmo tempo horas seguidas, alto para cara***. E, se a Itália realmente dita as tendências de moda, é melhor começarem a escolher a vossa tatuagem.

domingo, 21 de julho de 2013

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Passos censura a incerteza introduzida por eleições antecipadas em 2014

In Público

Algo me diz que este gajo ainda não percebeu que já nem o presidente da república o pode ver à frente e só não o despachou por medo das consequências.

O chato é que com a cadência alucinante de imbecilidades inacreditáveis que vão surgindo diariamente, um tipo não consegue acompanhar o ritmo e ir escrevendo uma outra linha minimamente interessante. Neste momento, a ficção já não consegue imitar a realidade, muito menos antecipá-la.

Aliás, como as coisas andam, eu já nem ficava surpreendido se nos próximos dias se soubesse que, afinal de contas, nas reuniões de negociação de acordo os gajos passam mas é o tempo em banquetes, acompanhados de putas, enquanto nos televisores passam gravações de jogos de futebol da década de oitenta. Vá, agora suplantem isto.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Cavaco dorme quinta-feira nas Selvagens a 1000 quilómetros do epicentro da crise

In Público

Passados que estão alguns dias, ainda não houve maneira de conseguir compreender a solução proposta pelo presidente da república. E quando digo solução, é porque não me ocorre outra palava para descrever a coisa, ou as que me ocorrem pelos vistos são ilegais e podem dar origem a julgamentos sumários, parece que também eles de alguma forma ilegais e improcedentes, de que nunca mais se ouve falar.

Dizia eu, passados alguns dias, os suficientes para o antónio josé seguro demonstrar que, para além da evidente incompetência para lidar seja com o que for, também é uma autêntica nulidade em estratégia política, já que contra todas as expetativas conseguiu arranjar maneira de ficar ligado a esta hecatombe nacional, o presidente continua a fazer o que pode para se distanciar desta palhaçada. 

E desta feita conseguiu levar a coisa a extremos imprevistos, ao resolver ir acampar para as Selvagens. Está bom de ver que se Goa ou Macau ainda fossem administrados por Portugal, era lá que o íamos encontrar nos próximos dias. O país está a implodir e o homem resolve que importante mesmo é visitar um arquipélago de ilhas desertas.

Podemos destituí-lo alegando abandono do posto de trabalho?

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Agências de viagens

Houve um tempo em que as agências de viagens quase não tinham computadores. Aquilo era gente que tinha de saber de cor a oferta, conhecer todos os hotéis, as diferenças entre uns e outros, ouvir o cliente e adequar a oferta. Pelos vistos esse foi o tempo dos meus pais.

No ano passado, eu e a Outra Metade decidimos que queríamos ir para as Caraíbas. Vai daí, lá visitamos duas agências de viagens e enviamos emails para mais algumas, onde na essência dizíamos: NÃO NOS QUEREMOS METER NUM AVIÃO, VOAR DURANTE OITO HORAS, PARA IR PARAR A QUARTEIRA. Trocado por miúdos, não queremos isto:
Não perceberam e a totalidade das ofertas que nos apresentaram eram, segundo as suas palavras, hotéis magníficos, cheios de atividade, discotecas e o que mais se conseguiram lembrar para obliterar a ideia de descanso. Vai daí, coube ao casal procurar a solução na internet e acabamos, algures na República Dominicana, aqui:
Sim, atrás das palmeiras está um hotel, que não recebe crianças, não tem animadores de praia, redes de voleibol, ou balizas de futebol. É verdade que havia por ali uma piscina com bar molhado, cheia de americanos e russos em alegre détente, mas onde fizemos questão de não entrar por várias razões, nomeadamente não termos a certeza da composição do líquido que compunha o meio aquático. É que aparentemente aquela gente não saia da água para coisa nenhuma.

Com a inocência que nos caracteriza, este ano lá ensaiamos nova tentativa junto das mesmas agências, que nos voltaram a apresentar propostas imbecis e disseram que já era impossível ir para o México, onde por sinal a Outra Metade quer muito ir (já eu não, porque basicamente acho os mexicanos feios e sujos, embora os possa estar a confundir com peruanos, e de qualquer forma há alguma probabilidade de estar a fazer uma generalização abusiva).

Aconteceu no entanto um milagre. O meu irmão disse-me que tinha marcado as férias no El Corte Inglês e que tinha gostado do atendimento. Já sem grande esperança, tentamos a nossa sorte e, para nossa surpresa, apareceu-nos pela frente alguém que realmente sabia do que estava a falar, que em muitos casos até conhecia os países, os hotéis, as praias. Vai daí, se tudo correr bem, daqui a quinze dias escrevo-vos daqui:
Suponho que nove horas dentro de um avião com espanhóis, que só falam espanhol, alto, é um pequeno preço a pagar.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O duplo padrão

Um tipo vai a um médico particular, com uma rececionista incompetente, que tem cinco ou seis pacientes à sua frente, a tentar tratar ao mesmo tempo da faturação, marcações de novas consultas, telefone e informações gerais, enquanto o médico, que já chegou ao consultório meia hora atrasado, vai acumulando atrasos sobre atrasos nas consultas. Tudo normal, um ou outro queixume, mas nada de espetacular.

Um tipo vai inscrever-se ao centro de saúde porque se esqueceu de tomar a vacina para o tétano, é atendido ordeiramente através de um sistema de senhas, a administrativa dá todas as explicações e mais alguma, os enfermeiros são impecavelmente profissionais e corre tudo bem. Porque a dada altura uma "utente" se aproximou do balcão de atendimento e ficou por ali a pairar, há logo um desabafo mental ao estilo, o povo é sempre a mesma merda, não se consegue organizar e esperar pela sua vez, tem a mania que é esperto, é por isso que isto não anda para a frente.

domingo, 7 de julho de 2013

Crise política #2

O gajo da esquerda tem-se em altíssima consideração e tem um profundo desprezo pelo gajo da direita. O gajo da direita, mesmo sendo uma nulidade, já anda nisto há alguns anos e de qualquer forma é amestrado por quem já esqueceu mais de política do que o gajo da esquerda alguma vez vai saber.

É por isso que o gajo da esquerda e o gajo da direita estão com esta cara. É que não se suportam, mas enquanto os gajos que os controlam quiserem, o que até pode não durar muito, vão ter de se aturar.

De qualquer forma, é impagável a tromba do gajo da esquerda, que agora anda por aí com uma granada na mão que lhe vai rebentar na cara a qualquer momento.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Crise política

Nos últimos dias, frequentemente dei por mim a pensar – mas estes gajos ganharão bem? É que não houve um sacana de um comentador (e quem diz um, diz uma) que acertasse no que quer que fosse e o Marques Mendes só tem programa no sábado, o que de qualquer forma não interessa, porque não deve conhecer nenhum chibo no CDS.

Se fossemos a acreditar nestes gajos, a esta hora já andava tudo em campanha eleitoral (o paulo portas não conta, porque nunca deixou de estar), a colar cartazes, a pichar paredes a torto e a direito (o coletivismo do PCP começa na liberdade de dar cabo da propriedade alheia) e a dizer mal do próximo (o bloco de esquerda não conta, porque o bloco de esquerda não conta). Em todo o caso, acaba de se me revelar a genialidade da opção do BE. Os tipos vão poder ter comícios em simultâneo, porque têm lá aquilo da liderança bissexual, se bem que dum ponto de vista lúdico, era muito mais interessante ver os dois estarolas a falarem em uníssono ou ao despique.

Bom, andando, por esta altura vale tudo. O paulo portas demitiu-se porque o país está em pior estado do que se imaginava. O vítor gaspar demitiu-se porque não é capaz de levar isto para a frente e a malta já não gosta dele. O paulo portas demitiu-se porque o passos coelho não é capaz de levar isto para a frente e quer ser primeiro ministro, ou vice primeiro ministro, ou já está a preparar caminho para uma coligação com o ps, etc., etc.

No meio disto tudo, a única coisa que tomo por certa depois do Pires de Lima ter dito “… que Portas é o líder incontestável do CDS”, é que o cds já lhe comprou uns patins novos.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Golpe militar no Egipto: Morsi deposto e Constituição suspensa

In Público

Mas afinal de contas para que é que serve o nosso exército? Suponho que mais uma vez a culpa será do paulo portas. Quem é que faz um golpe de estado com submarinos?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Os reformados

Como se já não chegasse a trapalhada em que estamos metidos para um tipo ficar preocupado, as televisões  ainda resolvem só chamar para os espaços de opinião os velhinhos da velha guarda, como quem diz - pois é, com os imbecis que por aí andam isto não vai lá, toca a levantar o cú e voltar ao ativo.

Governo de salvação nacional

Diz o José Gomes Ferreira no jornal da uma, entre os habituais histerismos e imbecilidades, que o que é preciso é um governo de salvação nacional, com o Rui Rio, o Paulo Macedo e o António Costa. E a verdade é que pela primeira vez o homem deixou-me a pensar, que não insultos ou formas mais ou menos dolorosas de o calar.

Penso que percebi. O Rui Rio para primeiro ministro, a cara política da coisa, e o Paulo Macedo, que não é dado a grandes manifestações públicas, para ministro das finanças. Suponho que ao António Costa caberá o habitual papel de entreter a malta e distribuir tachos à esquerda e à direita, literalmente.

Passos não se demite, nem aceitou ainda a demissão de Portas

In Público

O problema de muitas pessoas é não saber parar, lá aquilo de se levar a brincadeira longe de mais. Eu sou assim com as cócegas. Quando começo a fazer à Outra Metade, não paro, ao ponto de a determinada altura até eu ficar farto de mim. Infelizmente, no caso, parece-me também haver uma pitada de irresponsabilidade Quem diz uma pitada, diz que o gajo não faz a mínima ideia do que anda a fazer, nem é capaz de avaliar as consequências, que no fundo para ele serão nulas, porque é certo que lhe arranjarão um canto onde pode continuar a brincar com os legos, e é por isso que levamos com estas declarações ao país.

É engraçado, se calhar engraçado não será a escolha de palavras mais feliz, mas suponho que acabamos de passar pelo nosso momento Bush Jr. Aguarda-se então que o Paulo Portas comece a libertar lenta e mortalmente o que o homem foi dizendo nos conselhos de ministros ao longo destes dois anos. Imagino o vítor gaspar a explicar economia com powerpoints cheios de rebuçados, cavalinhos de carrossel, carros de bombeiros e da polícia, alinhados para construir gráficos, enquanto diz "este mês tivemos a maior taxa de crescimento do défice", ouvindo da cabeceira da mesa "se tivemos a maior taxa de crescimento, arranjem-me uma entrevista hoje na RTP", enquanto toda a gente baixa os olhos para o regaço, onde mantém as mãos cruzadas, para não lhe enfiar uma chapada, à espera que o vítor gaspar passe as próximas duas horas a explicar a palavra défice... Outra vez. Aliás, só assim se compreende que desde o final da semana passada o governo tenha entrado num frenesim e ande a propalar aos sete ventos (porque raio são sete?) que começamos a viragem. Eu ainda me perguntei para onde raio estávamos a virar e se isto ainda podia ficar pior? Agora já sei.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Relógio biológico

No fim de semana passado tive uma reunião de família. Daquelas à séria, em que participam mais de cem pessoas e em que não fazemos a  mínima ideia de quem é mais de metade do pessoal. A coisa foi bem engraçada e fartei-me de ouvi falar com saudade do meu pai, o que é sempre bom.

Mas o que me traz aqui é outro assunto, a sacramental pergunta "e filhos?", que me permitiu chegar a uma conclusão reconfortante. É que se há alguns anos eu lia nos olhares dos interlocutores reprovação e balbuciava em resposta qualquer coisa na linha do "sabes como é, ainda não estão reunidas as condições...", à medida que o tempo passa, o que aqueles olhos me transmitem é inveja, ao estilo "filho da p..., como é? A malta aguenta com isto e tu queres andar ai no bem  bom e vir depois sacar-lhes a reforma?".

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Santos populares

Ok, eu percebo. A pirotecnia é uma arte milenar e se em 1950 na América já havia cinemas drive in, por cá, em pleno século XXI, a malta continua a ir às festas populares para ver cantar os palermas do costume, com duas gajas meias despidas aos saltos em coreografias inenarráveis, enquanto são presenteados com versos mais ou menos ordinários, que fazem a delícia dos mais velhos quando no dia seguinte são debitados pelos netos de três ou quatro anos. Tudo bem, o povo tem de ser entretido e nada melhor do que fechar a festa com um fogo de artifício.

Eu, que tenho o prazer de viver junto ao Rio Douro, a meio caminho entre a Ribeira e a Foz, sábado à noite fui brindado pelo segundo fogo de artifício em menos de uma semana. O primeiro em honra do S. João, já este, do S. Pedro. Um a zero para o S. Pedro, que é como quem diz, um a zero para a junta de freguesia da Afurada, que pelos vistos tem um orçamento maior do que a câmara do Porto, que este ano optou pela quantidade em detrimento da qualidade (o raio do fogo durou quinze minutos, ao estilo, olha parece que vai ali outro). 

Bem, o que interessa é que no sábado a coisa foi em estilo e eu, que nem sou apreciador da "arte", lá estive à janela a assistir à coisa. Acontece é que domingo resolvemos ir dar um passeio a pé ao final da tarde, mas começamos a estranhar a quantidade de gente que se acumulava nas margens do Porto e Afurada. Descartei de imediato a possibilidade de já se estarem a posicionar para novo espetáculo noturno, muito menos diurno. Suponho que foi um erro de fé, levado pela crença que ninguém seria tão estúpido para ficar a assistir durante quinze minutos a um espetáculo, desta feita de foguetes, que se resumem a estampidos ensurdecedores. Enganei-me. Ah, no fim bateram palminhas, suponho que no mesmo espírito das aterragens dos voos charters.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Greve geral

Resumindo:

1. o pcp vai fazer comunicados inflamados dizendo que o povo está muito indignado, não aguenta mais e que esta greve é um cartão vermelho ao governo (enquanto sorriem entredentes com a genialidade da metáfora);

2. as centrais sindicais e os governos vão passar o dia a trocar acusações sobre os números. O governo vai fazer intervenções dizendo que a greve está abaixo dos 50%, enquanto as televisões mostram imagens de escolas e hospitais às moscas. As centrais sindicais vão dizer que os trabalhadores do privado também queriam fazer greve, mas o "patronato" não deixa. O privado assobia para o ar e faz de conta que não é nada com ele, porque já tem chatices que cheguem;

3. os palermas do costume vão ser apanhados desprevenidos pela greve do metro de lisboa e acabam a ser entrevistados em filas intermináveis para os táxis, enquanto olham pelo canto do olho e vêm a malta passar-lhes à frente.

Eu vou trabalhar porque, para já, ainda é para isso que me pagam.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Eu gostava de ter escrito isto...

"Só com o Borda d' Água se compreende o raciocínio e as estratégias do governo"

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Olhem uma coisa...

O  Cavaco Silva que quer pôr o FMI fora de Portugal e foi para o parlamento europeu criticar as políticas de austeridade é o nosso Cavaco Silva?

Mudaram o fornecedor de água em Belém? Eletrochoques?

Nuno Crato mantém exame de Português para segunda-feira

In Público

Suponho que a estratégia política deve ser qualquer coisa do género if you build it, they will come. É que agora que penso no assunto, este governo está a posicionar-se para uma bronca do caraças, porque se a malta já anda chateada com a "situação", os putos com 17 anos, fartos de ouvir falar na crise e os paizinhos preocupados com o futuro das crias neste pais desgovernado, não vão achar piada nenhuma. O gajo ainda diz que se vai candidatar outra vez?

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sporting suspende relações institucionais com FC Porto

In Público

Hmmm... Disseram sporting? Esta notícia faz-me lembrar qualquer coisa, mas não sei bem o quê...

terça-feira, 4 de junho de 2013

É uma questão de igualdade: em Nova Iorque as mulheres podem fazer topless em Central Park ou qualquer ponto da cidade

In Público

Enquanto isso, no Parque da Cidade do Porto, nada! Se não é para usar as infraestruturas que temos de nível internacional, como os internacionais usam, então que se lixe. Mais vale usar os terrenos para construir casas de luxo frente ao mar. Sempre se pode dar o caso de uma das proprietárias resolver ir apanhar sol para varanda de forma mais cosmopolita.

Em todo o caso, a notícia gira parcialmente em torno de uma "artista" que pelos vistos se dedica a passear pela cidade ou a participar em manifestações em topless. Ora se o topless é uma forma de intervenção artística contra os costumes, caso contrário seria só mais uma palerma a circular pela cidade meia despida, porque raio há-de ser permitido? Repare-se que isto sou eu a fazer de advogado do diabo, até mais porque a dita artista não deixa de me fazer recordar a Maria Teresa Horta.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A lei da atração...

Não sei o que se passa, mas eu e a Outra Metade devemos ter um íman humano. Mesmo que a praia esteja vazia e até nos tenhamos afastado bastante do passadiço de acesso, em busca de paz e sossego, irá sempre aparecer uma família, o pai, a mãe, a avó, a tia solteira, a filha adolescente e o puto gordo, com barraca, guarda-sóis, fogareiro, tachos, geladeira e a inevitável bola, que se vão instalar a cinco metros de nós, claro está, marcando uma zona de influência que entra pelo nosso tapa-vento adentro.

E é assim que depois de montado o acampamento e enquanto exploram os limites do seu reino, que se decidem aproximar ainda mais de nós, para: hipótese a), a avó, a  mãe e a tia solteira escolherem para falar sobre a infeção de candidíase da filha e de como ela se dá mal com o período, que a tia também era assim até ter experimentado aquela pomada que se põe com o aplicador, mas antes é necessário raspar o...; hipótese b), com direcionalidade totalmente aleatória, o puto gordo começar a dar chutos na bola, que nos vai passando razias à cabeça, enquanto pergunta aos gritos "quando é passa o homem das bolas de berlim" e chama o pai para vir jogar com ele; hipótese c), a filha senta-se ao nosso lado e passa o dia todo na conversa ao telemóvel com o namorado, conversa essa que ao fim dos primeiros dois minutos se resume a "tu é que és", "não tu é que és", "tu é que...", entre risinhos histéricos.

Obviamente não adianta nada mudarmos de lugar, enquanto praguejamos entre dentes, porque a regra mantém-se e mal estejamos deitados, um clone da primeira família vai surgir do nada e instalar-se novamente ao nosso lado, provavelmente primos ou vizinhos dos primeiros e vão passar o resto do dia a falar aos gritos de um grupo para o outro.

Mostra-me os teus pés, dir-te-ei quem és!

Volta e meia surpreendo-me a tentar adivinhar que alinhamento cósmico terá sido necessário para que em dado momento no tempo alguém se tenha lembrado que não, isso de andar com os pés no chão dentro do carro não é bom, bom é meter os pés fora da janela. E desde então é vê-las, porque só quase elas praticam este desporto, na A1 e A2, à ida ou vinda do Algarve, alegremente recostadas, com o vidro todo aberto e um ou dois pezinhos estirados em direção ao infinito, qual bandeira hasteada, anunciando a presença de um carro do corpo diplomático.

Para além de questões estéticas, obviamente discutíveis, de saúde pública, é ver os carros que estão na peugada, a ziguezaguear, tentando evitar o rasto de chulé, ninguém está a dar o devido valor à vertente ambiental. É que os pés assim espetados acabam por ser um obstáculo incontornável e a mosquitada suicida-se em massa contra eles, numa carnificina sem quartel.

Pior mesmo, só a variante pés no tablier, que começa com um contorcionismo digno de um faquir e acaba com os ditos perto da ventilação, que se encarrega de espalhar o aroma pelo habitáculo. Minhas senhoras, se os tabliers tivessem sido pensados para os pés, as marcas de automóveis também lá tinham colocado tapetes!

domingo, 2 de junho de 2013

Olhem uma coisa?

Ao nível das mensagens de amor, o limite das metáforas do tipo, tu és o sol da minha vida, a flor do meu quintal, a gasolina do meu motor, fica antes ou depois de, o cocó da minha retrete?

E agora apaguem essa imagem da vossa memória!

sábado, 1 de junho de 2013

Vá, agora que ninguém nos está ouvir...

Mas alguém efetivamente gosta da nova música dos Daft Punk? Ai e tal, que são muito bons músicos, olha para mim a tocar guitarra ritmo e a bater nos pratos de choque ou a fazer voz de robot.

Sim, sim, muito interessante! Não fosse o raio da música nunca mais acabar. É que lá para o minuto quarenta e três eu já estou farto de perceber porque é que os gajos ficam a pé toda noite e depois aquela porcaria já começa a parecer um martelo pneumático... we're up all night to get lucky... We're up all night to get lucky... Papa papa papapapa... Papa papa papapapa...

E já agora, mas isto sou só eu a dizer, não sei se será muito boa ideia andarem por aí a espalhar que precisam da noite toda para sacar uma gaja.