domingo, 30 de setembro de 2012

Mais de oito mil crianças alemãs com gastroenterite após comerem em cantinas

In Jornal de Notícias

Vou contar um segredo. Por razões profissionais, pelo menos uma vez por ano vou à Alemanha. Pronto, agora já sabem. Agora a sério, vou mesmo, e sempre que vou, fico fascinado com o rigor germânico no que respeita à alimentação. Aqueles gajos são uns animais no que respeita à higiene alimentar. Bem, nem era preciso ir lá, basta ver os espécimes que se passeiam pelo Alentejo e Algarve no verão, assim com aquele ar de quem não vê um chuveiro há dois ou três dias. Sempre que entram no mar devia-se interditar a praia. Depois ficamos surpreendidos quando volta e meia um golfinho dá à costa.

É que não há diretiva comunitária que lhes pegue. A malta deixou de poder fazer os enchidos e queijos como sempre fizemos e nunca matou ninguém (ou matou alguns, mas é estatisticamente irrelevante), os copos nos restaurante têm de estar virados ao contrário, os talheres embrulhados e sei lá mais o quê. Já aqueles cabrões, estão a cagar-se (e estou farto de os ver a sair da casa de banho sem lavar as mãos) para qualquer regra, nem digo comunitária, mas de bom senso. É vê-los a preparar um cachorro quente sem luvas, enquanto vão recebendo dinheiro, tossem para onde quer que seja, o pousam em qualquer lado e no final entregam-nos com um sorriso do tipo - vais mesmo comer isto? 

Eventualmente pode ser uma piada nacional e alemão que se preze não é apanhado a comer onde os turistas vão. Nos restaurantes para alemães os funcionários vestem um preservativo gigante e é tudo esterilizado como um laboratório. Mas nesse caso esta história não faz sentido. Alguém viu se as crianças eram loiras?

Restart TV e Time Warp

Não, isto não é product placement. Mas só não é porque infelizmente este pasquim não tem tiragem suficiente. Quem me dera a mim ser uma pipoca qualquer e saltar de evento em evento, hotel em hotel (não estou a insinuar nada...), a fazer o plug de tudo o que é coisa. Mas agora a sério, eu até percebo que lhe deem de comer, roupas, sapatos, sei lá, carros até, mas o dinheiro vem de onde? Quem é que lhe dá o dinheiro? As moedas e notas? Se ela quiser comprar o raio de uma revista como é que faz? Escreve um post sobre o quiosque mais lindo de Lisboa? E os parquímetros? É a única pessoa que diz bem da EMEL? Bem, andando...

A verdade é que estou fascinado. Ontem sentei-me no sofá, como o filme já ia a meio, selecionei "começar do princípio" e todo um mundo novo se abriu. Assim tipo magia, não é que o filme começou efetivamente do princípio? Melhor só mesmo juntar a possibilidade de ver toda a programação dos últimos sete dias. Eu, que nem sou grande telespetador (eu sei, soa melhor com o "c", porque assim parece qualquer coisa assim mais a dar para o kinky e eu juro que não li o Grey), ok, telespectador, definitivamente deixei de me preocupar com as horas das coisas. Finalmente consigo alinhar uma sequência de merdas coisas com interesse, sem ter de fugir das tangas que nos vão tentando espetar pelo meio num zaping constante.

Um gajo tem é de estar atento, não vá andar a ver noticiários antigos ou verificar o boletim do euromilhões com o sorteio errado.

sábado, 29 de setembro de 2012

CGTP e movimentos cívicos querem uma multidão no Terreiro do Paço

In Público

Como aquilo da TSU parece que já não vai para a frente (embora qualquer alternativa resulte na mesma coisa) e hoje até está um dia de outono agradável para se dar uma volta com a família, vou ficar muito surpreendido se realmente aparecer a tal multidão.

Não digo agradado, porque se essa multidão aparecer é porque realmente a coisa está a doer e as gentes tentam mesmo espernear. Mas seria refrescante ver os portugueses a mexer-se em vez de falarem. Ainda assim, terei muita pena se continuarem a mexer-se contra a Troika, que se está a borrifar para isto, em vez de acertarem contas com o governo, que a avaliar pela forma como governa, se não se está a borrifar, parece!

Outono

Aviso já, que é para não dizerem que eu sou um ranhoso e não disse nada a ninguém - o outono já chegou.

Posso também adiantar em primeira mão que é bem provável que lá para dezembro venha o inverno. É que este ano esqueci-me de avisar que vinha o verão e a malta, honrando a tradição, lá deixou arder meio país. Era conveniente não deixar agora a outra metade ficar inundada.

Bom, agora já sabem...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

50 sombras de Grey

Provavelmente em vez de críticas literárias, vou começar a ler entrevistas dos autores.

A autora do "50 sombras de Grey", E. L. James, veio dizer em entrevista que se inspirou nos livros da saga "Twilight" (suponho que usem a palavra saga para lhe dar credibilidade), mas que achava que aquilo era pouco picante e que os vampiros eram assim um bocado para o totó.

Felizmente não me posso pronunciar. Não consegui ler mais de 4 páginas do primeiro livro da dita saga, porque tive a sensação que estava a ler uma composição da segunda classe, ao estilo "eu gosto de leite, o leite vem das vacas, eu gosto das vacas, as vacas são boas porque dão o leite". E a verdade é como o azeite e vem sempre acima. Tive exatamente a mesma sensação quando li as primeiras 4 páginas do "50 sombras de Grey" e agora já percebo porquê.

Em todo o caso está aqui um nicho de mercado para explorar. Por exemplo os livros da Enid Blyton. O Nody sempre me pareceu um palerma e aquele Mafarrico deve ser levado da breca. Ou então os cinco - duas raparigas, dois rapazes e um... Esqueçam...

Tenho é de começar a ensaiar a reação, para o caso de chegar a casa da minha mãe e encontrar por lá o Grey pousado na sala.

Igreja portuguesa de Olivença eleita "melhor recanto de Espanha"

In Público

Espanha anexou, invadiu, roubou ou seja lá o que for, Olivença em 1801. Por esta altura, os estados ainda faziam mais ou menos o que lhes dava na gana e 211 anos depois ainda se fala no assunto? A malta continua com estas tangas e os espanhóis ainda amuam e aparecem-nos à porta a dizer que aquela coisa do Condado Portucalense também não foi para valer, era uma brincadeira e afinal querem isto de volta. E se fosse há uns anos eu até era gajo para ouvir o que tinham para oferecer, assim tipo entrevista de emprego. Mas agora? É melhor deixá-los em paz e não chamar muita atenção, a ver se os tipos afundam sem nos levar atrás. É que a coisa parece que está a ficar feia e por lá as manifs têm tendência de dar para o torto, porque aquilo é esquerda da séria, nada de caviar.

Em todo o caso, não deixa de ser uma belíssima private joke que o melhor recanto de Espanha tenha sido contruído por portugueses. No fundo, é como se fossem os percursores da emigração de trolhas (eu acho que até eles choram a rir se alguém lhes chamar empregados de construção civil) e assentadores de azulejos, só que ao contrário - em vez de irem para o país, o país veio para eles.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Empresas Públicas e o Terrorismo

As viagens têm a vantagem de nos dar uma nova perspetiva sobre as coisas. Deve ser aquilo do contacto com novas culturas. E nesta, uma das grandes revelações, foi perceber claramente que o problema das empresas públicas portuguesas é estarem desfocadas da atividade para a qual estão mais bem preparadas.

Como exemplo, posso dar logo à cabeça a TAP. Uma empresa que não sabe nada sobre mim e só pelo facto de viajar em executiva me dá acesso a uma faca e um garfo de metal (e duas colheres, mas ia ser um bocado ridículo tentar tomar um avião à colher), tem claramente competências judiciárias espetaculares. Os computadores da TAP devem estar cheios de chinocas minúsculos, capazes de deduções tipo CSI que, só pela forma como um gajo carrega nas teclas em casa e por ser estúpido o suficiente para se deixar roubar daquela forma, decidem o seu potencial terrorístico. Há obviamente aqui capacidades desperdiçadas para a colaboração da TAP com a PSP, PJ e tribunais, o que urge corrigir.

A fila da porta de embarque


Todas as vezes que viajo de avião em linhas regulares, fico espefacto com o fenómeno da fila da porta de embarque. Mas o que é que aquela gente pensa? Que vai conseguir um lugar melhor? “Aí e tal, o meu lugar é este, mas vou-me sentar aqui, que é mais perto da porta e assim sempre vai entrando uma aragem”.

Bom, a verdade é que no voo de ida aconteceu isso. Houve um imbecil que resolveu auto upgradar-se e sentou-se no primeiro lugar que lhe apeteceu. Era ver a tripulação de bordo à rasca, a perguntar se alguém não estaria fora do sítio e o gajo a olhar para o sururu, descansadíssimo, provavelmente a pensar "quem será o imbecil sentado fora do lugar?" (sim, era português).

Na viagem de regresso, como não poderia deixar de ser, o espetáculo voltou a verificar-se. Ali estavam eles, perfiladinhos (mentira, aquilo é malta que não se consegue organizar e já estavam para aí cinco filas para a mesma coisa), à espera de embarcar. Acontece então a magia da executiva e os porcos fascistas, só para chatear, resolvem utilizar o privilégio do embarque prioritário e passam à frente de toda a gente. É ver a indignação popular, o ultraje, o desaforo, a capacidade reivindicativa. Se esta malta fosse assim para o que interessa, sei lá, por exemplo para trabalhar, era a Alemanha que nos pagava empréstimos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Onde é que vão morrer as hospedeiras de bordo?

Às portas de embarque!

É vê-las ali, infelizes, com as asinhas cortadas, já sem o fulgor de outros tempos.

(e assim surge a rubrica "Onde é que vão morrer...", porque pelos vistos, nisto dos blogs, é preciso ter rubricas)

O sangue latino é outra coisa

Mais ou menos um ano depois, regresso a Bruxelas. No ano passado apanharam-me desprevenido. Cidade limpa e organizada, embora nem tanto como as alemãs e um povo chato e antipático (também nem tanto como os alemães), particularmente as mulheres.

Normalmente estas viagens são tipo estrela rock e não vejo nada para além dos eventos (não, lamentavelmente não durmo em hotéis de 5 estrelas), mas desta vez resolvi preparar-me, reservei umas horas para dar uma volta pela cidade e acho que a má disposição do mulherio está explicada.

Eis o Manneken Pis, um monumento cá do sítio que, se for representativo do "dote" dos Belgas, explica porque é que não se consegue ver os dentes a estas tipas. E não me venham dizer que isto é um miúdo, que eu bem vi e isto é gente a dar para o baixo.

Não consigo é perceber porque não dão mais atenção ao material importado?

terça-feira, 25 de setembro de 2012

De quem é a TAP?

Dada a felicidade de viver no Porto e a TAP estar para as transportadoras aéreas, como as principais estações de televisão estão para as rádios locais, quase todas as minhas viagens são marcadas pela infelicidade de voos com escala em Lisboa.

Por razões que aqui não importam, desta vez viajei em executiva, classe que na Portugália tem um cliente típico: os pilotos e pessoal de bordo da TAP. Eu sei, parece um paradoxo, mas esta empresa pública despacha os clientes que pagam para “turística” e transporta os funcionários em executiva. Afinal quem trabalha para quem? Estavam eles em amena cavaqueira, quando ouço “hoje quase não consegui aterrar em Bruxelas… mantiveram-me no ar 40 minutos… cheguei aos 50 clicks”, seguido de um coro de vozes de espanto e temor.

Estou agora a escrever o texto no avião a caminho de Bruxelas, já com meia hora de voo e não me sai da cabeça a imagem dos outros pilotos, já fora do avião, a abraçar o tal que quase não aterrou em Bruxelas como se tivesse regressado dos mortos. Mas o que raio será um click?

Ai Portugal, Portugal, de que é que estás à espera...

Este fim de semana precisei de trocar a pilha de um relógio. Um relógio decentinho, que não desmerece ninguém, comprado numa relojoaria tradicional, daquelas de rua. Bom, a verdade é como só pude tratar do assunto no sábado à tarde, lá fui eu a uma relojoaria de shopping, daquelas de shopping.
- Boa tarde. É para trocar a pilha deste relógio.
- Boa tarde. Com certeza. Pode deixar ficar, que nós depois telefonamos quando estiver pronto. É que estamos a trocar de relojoeiro, que o nosso vai para a Suíça - disseram-me com orgulho.
- Deixe estar. Eu resolvo noutro sítio. Obrigado.
Eu até compreendo o orgulho da senhora. Um relojoeiro que vai à Suíça é bonito e coerente. Estranhava, por exemplo, se dissesse Albânia. Já não compreendo é que num sábado à tarde de princípio de outono, com o shopping cheio, não tenham ninguém capaz trocar uma pilha e esperassem que lá voltasse para o levantar?

Também nesta semana, já duas semanas depois de ter encomendado um óculo (os profissionais do ramo dizem óculo), telefonei à ótica para saber se já tinham chegado. Não tinham e só depois de eu telefonar é que resolveram contactar o importador. Ficamos então todos a saber, eu e eles (embora me pareça que para eles era irrelevante), que demoraria pelo menos mais duas semanas e que "aguardasse que quando chegasse me telefonavam".

Isto tudo para dizer o seguinte. No meio desta crise toda, em que anda tudo em alvoroço e a correr para manifestações, não há ninguém interessado em correr atrás do negócio? Nem vou dizer que já desistiram, porque a qualidade de atendimento e serviço em Portugal é, regra geral, miserável. Mas porra, agora que as coisas apertam, não estará na altura de demonstrar que ainda são necessários? Que podem prestar um serviço útil? Estes gajos ainda não perceberam que é possível encomendar quase tudo pela internet e que não tarda nada só vão servir de montra? É que eu já nem estou a falar do comércio tradicional.  Desse que, mesmo em zonas nobres das cidades, continua a recusar-se a estar aberto à hora de almoço, a abrir ao sábado à tarde ou aos domingos, porque tinha de pagar horas extraordinárias e sei lá o quê, mas prefere continuar a abrir todos os dias às 9:30, quando está tudo no trânsito ou a trabalhar. Mas esta gente está à espera de quê para acordar?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Reclusos iniciam greve de fome e consumo excessivo de água e eletricidade

In Jornal de Notícias

Se bem percebi, estes gajos cometeram um crime e agora estão revoltados com as condições nas prisões. Daqui de onde estou, que espero nunca venha a ser onde eles estão, tenho a vaga impressão que estão a ver o problema ao contrário e se calhar escapou-lhes o conceito dissuasor implícito numa prisão.

Quando falei nesta notícia à outra metade, ela perguntou-me logo "e como é que eles vão aumentar o consumo de energia?". Tive que lhe dar a novidade, com cuidado para não destruir todo um imaginário, que sim, os presos podem ter televisão na cela, leitores de DVD, rádios, computadores, consolas de jogos e o raio que os parta, que é para ajudar a passar o tempo. Ajudar a passar o tempo?

E não só podem ter, como pelos vistos podem ameaçar-nos que os vão ligar todos ao mesmo tempo. Como isto é uma democracia, daquelas assim a dar para o deixa arder, provavelmente também podem cumprir a ameaça. As questões que me ocorrem são: e nós podemos impedi-los de gastar essa energia excessiva e mandar remover as tangas todas que têm na cela, para aquilo volta a ser mesmo uma prisão, assim do género, para o tempo não passar e um tipo não gostar de estar preso? Podemos limitar os minutos que dura um duche e se os gajos ainda tiverem champô na cabeça que o enxaguem no dia seguinte? Se isto for possível, eu ainda tenho mais algumas ideias...

Benfica impede que Porto lhe ganhe mais do que dois pontos!

Livro de estilo do Gado Amarrado

Este blog é de expressão internacional e adota a perspetiva dos principais meios de comunicação:
- A notícia começa sempre pelo Benfica, porque são 5 milhões de adeptos e há que ter em  conta a perspetiva comercial e o catano (não tem nada a ver com o facto do editor de desporto ter lugar de camarote);
Exemplo: numa perspetiva ecológica, o Benfica apaga as luzes do estádio logo após os jogos e rega o relvado pela noitinha, quando está mais fresco.
- A ação centra-se no Benfica, porque é óbvio que uma equipa com 5 milhões de adeptos é que faz e desfaz e os outros só estão ali para servir de bombo da festa;
Exemplo: Benfica perde o campeonato.
- Não se criticam treinadores que não ganham puto há 2 anos, nem sequer os jogos de treino, quando dividem a equipe em dois e a vencedora é treinada pelo roupeiro;
Exemplo: blackout.
- Em circunstância alguma se refere que o FCP foi campeão destreinado pelo Vítor Pereira (o que nem aos portistas mais ferrenhos, completamente bêbados e em delírio febril, alguma vez ocorreu).
Exemplo: na conferência de imprensa, o adjunto do adjunto do José Mourinho disse que...

domingo, 23 de setembro de 2012

Bloco de Esquerda (nós também somos notícia)

Assim de repente alguém se lembra de um presidente anterior do BE? Não? Nenhum? Eu explico porquê. Aquilo tem mais ou menos 13 anos e nunca teve outro chefe que não o primeiro. E são estes gajos que nos querem ensinar o que é a democracia. Tenho para mim que o processo de eleição do diretor nem deve estar previsto nos estatutos, porque provavelmente nunca passou pela cabeça do comandante ser substituído.

E eu até percebia se a coisa fosse um sucesso retumbante. Digamos, se pelo menos o monitor já tivesse metido alguém num governo (graças a Deus que não). O chato (da situação), é que aquilo começou a implodir porque somos uns ingratos, não ligamos puto à luz com que nos iluminou e agora ele já não quer brincar mais.

Vai daí, desataram a inventar e resolveram desdobrar-se numa presidência bífida ou bissexual  ou lá o que é. No fundo é uma espécie de elogio pré-póstumo. O capataz é tão iluminado, que dentro dele incorpora um homem e uma mulher, um todo uno, representativo da sociedade. Estranhamente não meteram uma criança e um cão ou um piriquito, sei lá, um peixe de aquário, daqueles igual ao Nemo.

É bonito, porque está bom de ver que vamos ter espetáculo garantido. Logo à partida ocorre-me o protocolo de estado. Como é? Nas cerimónias oficiais o BE tem direito a levar duas pessoas e os restantes partidos, só levam um? O segundo do BE paga o que come? É que com estes delírios mostram que são muito criativos e avançados mas, como habitualmente, deixam claro que se estão a borrifar para as consequências das palermices que inventam e propõem.

Se é para ser ridículo, então aceitem um conselho e ponham lá três supervisores, que sempre dá para desempatar. Por nós, não se preocupem que não é por mais um prato. Quem dá de comer a dois, dá a três!

Conheça a chave do Totoloto


Até que enfim, informação int... Oh! Afinal é a de ontem.

sábado, 22 de setembro de 2012

Cinco detidos na vigília em Belém vão a tribunal na segunda-feira

In Público

Finalmente isto começa a mudar. Estava a ver que não, que nunca mais começavam a lixar os responsáveis por esta brincadeira. 

Não esperava é que o fizessem no dia do Conselho de Estado. E logo cinco? Assim de repente, se calhar até percebia o Alberto João, mas dos restantes 18 não estou a ver quem. É aguardar pelas notícias.

Passos Coelho: “Não somos cegos nem surdos perante as dificuldades”


Infelizmente também não são mudos e sempre que abrem a boca é para nos lixar.

Este jogo "descubra a minha deficiência" até é engraçado e eu gostava de aceitar o desafio, mas parece que insultar o primeiro ministro é crime e para chatices já me chegam as que ele arranja.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Afinal de contas quantas peças tem um avião?

Dentro de dias viajo em trabalho. É coisa simples, os voos não vão ser longos e eu a modos que gosto da adrenalina das descolagens. Em todo o caso, por questões filosóficas, sempre que se aproximam estas datas  lembro-me daquele barulhinho estranho que o meu carro faz ao virar e travar, daquela vez em que a suspensão do carro do meu irmão partiu ou que volta e meia o meu primeiro carro se desligava repentinamente e, de um outro, em que os vidros deixaram de subir...

Bill Watterson

PSD e CDS criam grupo de acompanhamento da coligação

In Público

E o que é que nós temos a ver com isso? Aluguem um quarto porra!

Girls Night

Omeleta de fiambre;
Cerveja;
Camisa desapertada;
Boxers;
Meias;
Sofá;
Transformers 3;
Yeah!

(volta e meia tenho de soltar o estivador pançudo que está dentro de mim, senão começam-me a crescer os pelos nas orelhas e nariz)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Miguel Relvas garante confiar em Paulo Portas

In Público

Se este gajo garante, então sinto-me muito mais confiante.

Jesus disse - a minha mulher...


... a dias faz uma chanfana de borrego de comer e chorar por mais.

Eleições antecipadas

Alguém que avise o governo que isto de governar não é só dar conferências de imprensa. Ou começam a cortar fitinhas, nem que seja de parques infantis de condomínios, ou vou mesmo ficar com a ideia que só lá estão para me lixar.

O último que apague a luz

Agora que a coisa começou a apertar e parece que começamos a fazer contas, lembrei-me que todos os anos são gastos milhões de euros em campanhas institucionais de sensibilização em assuntos para os quais está tudo a borrifar-se: condução em excesso de velocidade; condução alcoolizado; sobre-endividamento; condução em excesso de velocidade e alcoolizado porque está sobre-endividado; poupança de energia; cancro da pele; etc.

Na maior parte dos casos é difícil apercebermo-nos quando a malta estica a corda, mas aquela cena do sol topa-se logo. Um gajo está sair da praia por volta do meio dia e é vê-los chegar todos satisfeitos, ainda com remelas agarradas aos olhos, de coques Chicco na mão. Eu até achei perfeitamente lógico que uma empresa que já fazia biberões e sacos térmicos fizesse geleiras, mas apanhei um susto do caraças quando vi uma mãozita a sair lá de dentro.

E é isto, se facilitamos com bebés, é bom de ver que facilitamos com tudo. Depois ficamos muito surpreendidos quando o Rex come a Maria, o Luís aparece a espumar detergente da roupa, o Pedro quer brincar aos políticos, o Paulo compra dois submarinos e o José vai para Paris estudar filosofia e procurar o seu outro eu (que é quem ficou com os códigos das contas).

É que acaba por ser nestas coisas que se vê as diferenças entre os povos. Os alemães, por exemplo, são do melhor que há. Um tipo ainda está a pôr o pé em cima do risco e já se lixou. Em Frankfurt já vi um carro mal estacionado ser removido em 2 minutos. É claro que isto do rigor e da eficiência, mais do que motivação, é uma questão cultural. Aquilo é gente que só precisou de 5 anos para rebentar com a Europa e de caminho ainda conseguiu eliminar 6 milhões de pessoas. E agora que vejo por este prisma, este estilo latino se calhar até nos assenta bem, porque afinal de contas o dinheiro é emprestado e ninguém está à espera que seja para reembolsar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Maria Teresa Horta recusa receber prémio literário das mãos de Passos Coelho

In Público

Castigo mesmo era se tirasse o sutiã à frente dele!

Movimentos cívicos

As marchas de protesto são ótimas para aliviar a consciência. A malta combina uma hora e lá aparece com cartazes às costas, dá uma volta pela baixa da cidade, fica com a sensação de dever cumprido, uma história para contar e à ida para casa aproveita para comprar frango assado para o jantar. No fundo, no fundo, é a expressão máxima do portuguesíssimo "agarrem-me senão eu mato-o". Estão todos ali a "agarrar-se" uns aos outros e gritam  frases feitas, enquanto olham para o lado ao estilo "Viste o que eu disse? É para aprenderem. Em 74 eu...".

Estas manifestações lembram-me as reportagens sobre acidentes no estrangeiro. Cai um avião no Chade e os jornalistas centram a notícia em "ainda não está confirmado se há alguma vítima portuguesa". Eventualmente lá encontram um tipo que estava a atravessar a fronteira do Níger para o Chade que, quase ameaçado de porrada pelo jornalista, sempre diz "sim, eu tenho um primo que no ano passado viajou num avião parecido com aquele". Este domingo foi mais ou menos isto. Foi a nossa primavera islâmica (já quase no outono, porque cá o que interessa é participar). A malta também veio para a rua. Enganou-se foi no destinatário, porque para ser a sério, tinham de desatar à estalada uns aos outros.

Por mim, isto só é consequente se cada um de nós passar a ser um movimento cívico em marcha permanente. Um movimento cívico unipessoal, que em vez de reclamar contra o governo, mete o bedelho naquilo que lhe está ao alcance. Uma espécie de sistema de qualidade total para os serviços públicos.

Vai daí e a título de exemplo: sempre que houver indícios de corrupção ou favorecimento; sempre que num qualquer serviço público apanharmos funcionários em amena cavaqueira enquanto as filas crescem; sempre que um professor se atrasa ou falta sistematicamente; quando num hospital público um médico, enfermeiro ou seja quem for é pouco atencioso; se motoristas de transportes públicos estão parados a aguardar por nada com o autocarro cheio; se imóveis do estado ou equipamento público são tratados de forma negligente por quem os está a manusear; em suma, sempre que as palavras serviço e público estejam juntas e as coisas correm mal, é pedir que os funcionários se identifiquem e chamar o chefe (sendo serviços públicos, há de certeza um chefe, ou dois, ou três). Se a explicação não for satisfatória, segue exposição à tutela exigindo esclarecimentos com prazo de resposta, para dar seriedade à coisa.

Afinal, trata-se de assumir pessoalmente a responsabilidade pelo controlo da forma como o nosso dinheiro é gasto, porque parece que não temos tanto como pensávamos e é capaz de ser boa ideia não o deixar à solta nas mãos de imbecis que o vão estourar em cretinices.

Otelo: precisamos de um homem honesto como Salazar

In Diário de Notícias

O homem está bem? Deu a entrevista em pijama num parque da cidade? A família já veio desmentir?

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Pamela Anderson volta a vestir o fato de banho vermelho

In Jornal de Notícias

Isto é quase como aquela cena lá da TSU... Nem sei se será bom ou mau!

Direito à greve

Dado que as coisas nos próximos tempos têm propensão para aquecer, esclareço desde já que não vou muito à bola com algumas tangas da esquerda. Não é que seja propriamente de direita. Se o PSD fosse mesmo um partido SD, talvez me sentasse por ali. Acontece que não é. Nem o PS. O CDS é o Paulo Portas e o Bloco Esquerda não é nada. Respeito a sério merece-me o PCP. Gente coerente que não se deixa influenciar por pormenores de somenos importância como a realidade e lá vai mantendo o rumo enquanto meio mundo comunista morre de fome e a outra metade vai vendendo a herança socialista ao maior licitador.

Há várias razões para esta embirração, mas aquela que me tira do sério é a mania que as greves, se gerais ainda melhor, são solução para tudo. Lamentavelmente, aquilo deve ser gente que não se deu ao trabalho de ler a legislação europeia, nomeadamente uma coisa que versa sobre a livre circulação de pessoas, bens e capitais. Vai daí, o resultado da coisa é que os trabalhadores, já que estavam  concentrados à porta da fábrica, aproveitam para se despedir em grupo da maquinaria que entretanto o patrão mandou entregar num qualquer país asiático.

Se a minha opinião contar, digo já que as únicas greves que me agradam são as da função pública. Por mim, podia haver uma todas as semanas. É que não só não se nota a diferença, como sempre aliviam a hora de ponta.

Jeito para a coisa

Desde o dia em que a conheci, a sereia surpreende-me constantemente com novas facetas que me fascinam. Tem infinita curiosidade e imaginação, adora experimentar coisas novas e com um natural jeito de mãos, vai mexendo aqui, passando os dedos ali, entendendo-se às mil maravilhas com quase tudo o que é eletrónica. Impressoras, computadores, smartphones, tablet, box da ZON e o diabo a quatro. Não consigo expressar o alívio que sinto por não ter a pressão de assegurar o funcionamento de toda essa parafernália cá em  casa.

Estranhamente, vá-se lá saber porquê, bloquear o forno para que não entre constantemente no ciclo de limpeza, parece-lhe uma ciência oculta e volta e meia lá está aquela porcaria a apitar.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Desemprego é um dos aspectos mais graves da crise...

In Público

... dizem os Bispos portugueses, demonstrando mais uma vez a clarividência da Igreja. No entanto e em claro contraciclo, a Ordem dos Médicos informa que a participação em marchas de protesto faz maravilhas pelo coração.

Silêncio Ensurdecedor...

Portugal ainda tem presidente da república?

Ensino universitário

Bom, queria aqui agradecer por me terem obrigado a cumprir a escolaridade obrigatória, não obstante os indícios claros que não tinha qualquer vocação para aquilo, empurrado para o ensino secundário, ignorando olimpicamente o retumbante chumbo no 10.º ano e providenciado os meios para fazer a faculdade (no ensino privado, porque nem sequer tive a decência de conseguir as notas para fazer a coisa no público). Pois é, contra todas as (minhas) expectativas sou licenciado.

E isto já foi há alguns anos (poucos, nada de relevante). Dou por mim a imaginar como seria hoje. Se os meus pais também teimavam que tinha de ser Dr. ou espetavam comigo numa escola profissional para aprender um labor e ser alguém na vida?

É que por mim não entrava mais ninguém na faculdade só porque sim. Na maior parte dos cursos a coisa tinha de ser por substituição. A malta só podia ser admitida num curso de 3 anos, quando faltassem 3 anos para o substituído se reformar. Se calhasse de chumbar e a título de motivação, não podendo ser  executado, era enviado para uma mina no Congo.

A mim o que me incomoda nem é tanto o desemprego jovem. Não me dou é lá muito bem com taxistas licenciados em filosofia, niilistas e com propensão para relativizarem as coisas, particularmente a minha segurança, empregados (ainda se pode chamar assim?) de restaurante economistas ou advogados com opinião sobre tudo e caixas de supermercado nutricionistas que me deitam um olhar crítico enquanto avaliam as minhas compras (sim, gosto de chocolate e então?), embora aqui possa estar um nicho de mercado - personal shopper alimentar.

Eu, na verdade, o que gostava de saber é o que leva alguém com 17 anos a inscrever-se num curso de história ou geografia (exemplo meramente ilustrativo)? Se com essa idade ainda não tiveram a curiosidade de ler jornais ou ver noticiários e não estão suficientemente informados para saber que é uma decisão imbecil, se calhar também não vai ser a faculdade que lhes vai abrir os horizontes. Depois, aparecem-me em entrevistas de recrutamento em que à pergunta "o que valorizou mais no seu curso?", dizem "foi ensinar-me a pensar", muito satisfeitos com o brilhantismo da resposta. Invariavelmente fecho com "e espera que sejamos agora nós a ensinar-lhe aqui o que devia ter aprendido lá?".

Forças democráticas

Eu guardo um certo rancor contra a extrema direita. E nem é nada ideológico. É que se estes tipos não se tivessem lembrado de assassinar um desgraçado na sede do PSR, provavelmente nunca tínhamos gramado com o Francisco Louçã. Bastou uma oportunidade para aparecer na televisão e ficou tudo estragado, nunca mais largou, é uma espécie de "emplastro" da política.

E isto é uma questão pessoal - não suporto o tipo e o grupinho que coordena! Começa logo por este conceito de coordenador. Não, eu não sou o presidente, que isso é coisa do "grande capital", eu apenas coordeno (dedos no ar a simular aspas) estes tipos, porque sem a minha ajuda, eles são bem capazes de sair de casa com calças vermelhas e camisa verde. Mas o que detesto mesmo, é que me digam o que é melhor para mim ou descobrir pela televisão o que eu e o povo (por respeito ao povo segrego-me) quero e penso. Estes gajos são economistas, advogados ou médicos (e até aqui nem vai mal, porque sempre devem ter trabalhado qualquer coisa), sociólogos, professores universitários ou políticos de carreira. A única vez que falam com o povo, é quando a empregada chega de manhã e lhes entrega o jornal durante o pequeno almoço ou em campanha, de passagem por uma feira. Como é que eles sabem o que vai na cabeça do povo?
Quino

É verdade que esta mania também me irrita no PCP. Mas aquilo efetivamente ainda tem povo lá pelo meio. Ter um secretário-geral que foi operário metalúrgico dá outra credibilidade à coisa (e ter aqueles gajos de camurcina preta em pano de fundo durante as conferências de imprensa também ajuda). Eu, no lugar deles, punha o Bernardino Soares a acarretar cimento durante quatro ou cinco anos, só para fazer currículo (se ele gostar daquilo e descobrir uma nova vocação, também não vejo mal se não voltar).

Mas no caso do Francisco Louçã, a política não passa de um exercício intelectual, onde demonstra que é mais esperto que os outros. E o que me tira mesmo do sério é o sorriso de satisfação quando nos debates está a demonstrar ao adversário que o país está a arder. O tipo não consegue parar de sorrir enquanto prova por A+B que há pessoas em dificuldades e desespero.

domingo, 16 de setembro de 2012

Que se lixe a troika #2


Mas como é que ela sabe? É que a coisa é muito específica.
E aquele olhar, o que significa?

sábado, 15 de setembro de 2012

Eu também não quero pagar o leasing do carro

Ok, eu confesso. Não fui à manif. Mas às 5 horas já estava em casa e tenho estado aqui frente à televisão a acompanhar o evento, no espírito "If you do the time, you've done the crime". Isto é gente pa caraças. Estou mesmo impressionado. Se calha de aparecer a malta que pôs o likezinho mas entretanto mudou de ideias e resolveu ir à praia ou os outros 25%, que nunca pagaram impostos na vida, mas reclamam que isto está mal e não pode continuar assim, aquilo não ia dar. Provavelmente tinha de se alugar Madrid ou Londres.

Entretanto ocorreu-me que o único desporto que sempre pratiquei foi natação. É que nestas coisas das crises, o ideal é um gajo saber disparar com uma calibre 9 ou pelo menos um pouco de artes marciais (daquelas que aleijam, nada daquela merda das massagens para relaxar e coiso). Se aquela malta toda que se juntou no Porto e Lisboa calha de se chatear a coisa é capaz de ficar feia. Sei lá, são até capazes de atravessar a passadeira com o sinal vermelho.

Agora a sério, as manifs portuguesas são assim um bocado a dar para o maricas. Tudo ali, em passo lento e a falar baixinho, como se tivessem vindo passear para a avenida. É que nem um carro incendiado ou pelo menos um vidro partido. Para malta que não quer pagar um empréstimo de 78 000 000 000 euros (setenta e oito mil milhões de euros), estão com demasiada confiança. Deviam começar por baixo, roubar uns televisores ou croissants, quem sabe uma chiclet... Não, é logo 78 mil milhões de euros.

Que se lixe a troika

Eu não sei como é o resto da malta, mas quando vou jantar fora, se me esqueço de dinheiro e peço emprestado a um amigo, pago sempre a dívida. E dê por onde der, pago sempre a minha parte da conta (embora ultimamente já as verifique, não vão ter-nos espetado um Barca Velha). Quando vou ao supermercado pago tudo o que trago. Fico mesmo encravado se a rapariga da caixa (nunca vou a caixas de homens, acho que os emascula) repara que me esqueci de tirar alguma coisas do carro de compras. E, obviamente, pago pontualmente o empréstimo da casa.

É daquelas coisas, se calhar tive azar na forma como fui educado e sou assim um bocado para o otário. Nunca me passará pela cabeça desatar a insultar um amigo que me empreste dinheiro e ainda menos aqueles sempre prontos a ajudar. Também não é o meu género fugir a correr do restaurante ou do supermercado. Acho que o fiz quando era puto (mera suposição), mas foi daquelas tretas de adolescente em grupo e já não tenho idade para essas merdas. No caso da casa, estamos conversados. Dá-me jeito viver aqui, já cá tenho as minhas tralhas e aquela coisa da penhora é capaz de ser uma maçada.

Sou é gajo para azucrinar um amigo que me queira levar a um restaurante estupidamente caro. E, seja como for, se o jantar não estiver bom, falo com o responsável (que provavelmente não me volta a ver por lá). Para não perder tempo, vou a um supermercado que conheço bem e onde me conhecem (daqueles mais pequenos, tipo bairro, em que um tipo se está a aproximar da padaria e já estão com os dedos no ar a perguntar se são quatro bijous), que tem as tretas de que gosto e preços aceitáveis. Comprei a casa que queria, negociei com a construtora e escolhi o banco que me apresentou a melhor proposta.

Com isto tudo, acho que me dispersei. As manifestações contra a troika servem para quê? O governo também vai manifestar-se ou só vai a malta?

Os comentadores políticos

O chato das crises, pelo menos as mais extremas, é esta unanimidade que agora se faz sentir, e que põe qualquer palerma que vá à televisão a dizer a mesma coisa.

Uma das pérolas que agora despontou, é a ideia que o querido líder é um gajo honesto e inteligente, mas que está mal aconselhado. Se não for para perder muito tempo com isto e assumir perspetiva altamente duvidosa que o controlo da crise está ao alcance de um governo, qualquer que seja, português, parece que não ocorreu a ninguém  que se o tipo fosse realmente inteligente, escolhia outros conselheiros. E o chato é que se calhar os conselheiros até foram bem escolhidos, mas por quem efetivamente decide (huuuu...). Tão bem escolhidos, que até o conseguiram pôr lá, leia-se no poleiro, que por aqui vai-se começar a alinhar com o povo, antecipando a vaga de fundo e a reforma agrária. A verdade é que sempre que ouço o homem falar  com aquele seu olhar fixo no infinito, começo a esbracejar exaltado e aos gritos "mas para onde é que este gajo está a olhar, mas para onde é que ele está olhar?" (embora suponha que o mais chato é para os jornalistas, que devem olhar para trás constantemente a ver se vem alguém), acabo a imaginá-lo sentado ao colo do António Borges, que lhe mete a mão por trás (não sei bem por onde) e vai accionando a boca num espetacular número de ventriloquismo (do género do que o Paulo Porta fazia com o Manuel Monteiro, mas em bom).

Uma outra tese, igualmente cretina, é que o primeiro ministro está mal preparado porque não tem experiência da vida real. Não é que estejam enganados, mas só agora é que reparam que o homem foi político a vida toda? Eu sei, eu sei! Esteve alguns anos na folha de pagamentos do Ângelo Correia. Mas é óbvio que isso foi para meter no currículo, enquanto o afinavam (os talheres pegam-se assim, não se usam gravatas e camisas de riscas ao mesmo tempo, esse penteado é ridículo e pimba, um carolo no cachaço). Provavelmente a maior parte do tempo esteve a construir carros e casinhas com legos.

Bom, o chato disto tudo é que, estranhamente, os comentadores são pagos para comentar. O que não me parece mal, nem bem, não fosse o caso do comentário ser opinião e para eles a coisa ser um exercício de estilo, ditado pelas audiências. É por isso que um tipo como o José Gomes Ferreira, a modos que, mete-me nojo! Estamos a falar de um gajo com informação suficiente para poder separar inequivocamente o que se estava a verificar nos governo do Eng. Este tipo sabia o que era resultado da crise internacional e o que era vigarice. E no entanto, fartou-se de gritar em transe de indignação, que já bastava e o camandro. O chato é que a televisão não é a casa de banho lá em casa ou, na pior das hipóteses, um autocarro, onde qualquer um pode dizer o que lhe apetece sem consequências e os outros que aturem. A televisão é a televisão e tem a estranha particularidade de no "outro lado da câmara" estarem milhares de portugueses que não sabem bem a diferença entre um jornalista e um comentador. Vai daí, andava aí muito malta que pensava que bastava encostar o Eng. (que estava mortinho por ser encostado e vestir camisolas de gola alta pretas), para a coisa se resolver. Agora andam desorientados, porque afinal o dinheiro da troika não é para pagar sandes de courato, mines e festas do emigrante. Lamentavelmente, no sentido em que o tipo não tem vergonha na cara, aí está ele outra vez, a defender a verdade, a justiça, a igualdade e, outra vez, o camandro. Mas quem é este gajo? De onde é que ele caiu? Alguém sabe se é formado em economia, gestão, contabilidade, escola comercial, quarta classe, sei lá, se sabe somar?

No espírito dos abaixo assinados e petições, tenho a fantasia que seria possível propor uma para que: em direto, o Rodrigo Guedes de Carvalho para repentinamente de apresentar uma notícia, diz "com licença", levanta-se, o plano abre-se, aproxima-se do gajo, enfia-lhe um murro no focinho, volta para o lugar, senta-se, o plano fecha-se, em fundo ouvem-se gemidos, continua a  apresentar a notícia como se nada fosse. Assim escrito quase parece real...

Brevemente e na série, eu posso repetir a mesma frase todas as semanas que a coisa dá-me credibilidade: Mário Crespo


Um país com futuro

Há um país com paisagens deslumbrantes, praias espetaculares, que produz bons vinhos e boa carne, tem uma capital ao nível das europeias, onde o sangue latino fervilha com orgulho e a população enfrenta e ultrapassa as crises com bravura...

... assim de repente, a Argentina até deve ser um sítio porreiro para se viver (pena aquela propensão para acolher nazis).

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Eleições antecipadas já #2

Agora a sério. E se esta treta não se resolve com o bloco central? Se o PS, PSD e CDS já estão de tal forma na cama com o capital (já estou a habituar-me ao léxico das forças democráticas), que não têm mesmo possibilidade de se libertarem dos compromissos assumidos: PPPs, taxa de juro da dívida, preços da energia e dos combustíveis... Como é? Esta porra vai para eleições antecipadas e votamos no PCP e  no bloco de esquerda?

Custa-me engolir o PCP. É mais pela questão da tradição. Era chato gramar com o Jerónimo de Sousa e o Bernardino Soares a dizerem que venceram as eleições e efetivamente terem vencido. Acho que nem eles acreditavam e não apareciam para a tomada de posse.

Já o bloco de esquerda encerra todo um outro imaginário... aquela novidade da direção polígama bicéfala, com a Ana Drago (de orelhas a abanar) e a Joana Amaral Dias (sempre aos saltinhos, como que a testar a resistência dos soutiens desportivos) tem um potencial do caraças. As duas como primeiras ministras (vestidas assim tipo professora primária castigadora, camisa branca justa e óculos de massa ou então de enfermeiras ou freiras...), lama e pay per view no canal parlamento em dias de interpelação ao governo.

Americana comprou quadro de Renoir numa feira da ladra por cinco euros

In Público

Como é óbvio e toda a gente já sabia (menos aqueles dois imbecis), há outras soluções para a crise!
(e não, não é dar lápis de cera aos 700 mil funcionários públicos)

iPhone 5


Eu sou um gajo dado às tecnologias. Gosto de gadgets e daquilo que eles podem fazer pela nossa vida.

A primeira vez que vi o Google Maps fiquei fascinado. Aquilo era mágico. Ali estava o meu prédio e as ruas todas e eu podia aproximar-me ou afastar-me e num salto ver Nova York ou o Porto. Uns anos depois foi o Spotify. Um serviço que me deu acesso a quase toda a música editada. Tanta oferta que na noite em que o subscrevi bloqueei, incapaz de escolher fosse o que fosse. Depois os smartphones e mais recentemente os tablets. Mas no meio disto tudo, o que eu não consigo perceber é porque não há um cabrão dum coreano ou chinoca que desenvolva uma máquina de lavar a louça que a levante da mesa. 

Se o problema é falta de produtividade....

Ok, agora já sabemos. A ideia era mesmo baixar os salários. Aí e tal, que o país não é competitivo e os chineses e o catano.

É óbvio que para ser mais competitivo que os chineses não vai chegar baixar salários. Tem mesmo de  se trabalhar de borla... Mas anda tudo a dormir?

Todos os dias descarregamos um milhão e meio de portugueses em instalações, a maior parte delas renovadas e com boas condições, onde não fazem pevide o dia todo, com gente habilitada para servir de capataz e como bónus ainda lhes servem refeições. Para efeitos de raciocínio e não ofender os mais sensíveis, chamemos-lhes "escolas". A coisa podia começar discretamente, assim só nas aulas de trabalhos manuais... aqui umas camisolas para a Zara, ali umas estantes para a IKEA, mais além uns telefones para a NOKIA. Rapidamente, digamos para a semana, passa-se para meio dia e em Outubro já se está a laborar em 2 turnos.  De qualquer forma os putos não iam aprender nada, os país poupam nos ATLs depois aulas e toda a gente sabe que o trabalho fortalece o carácter. E então, quem manda o memorando ao governo?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

António José Seguro

"António José Seguro anunciou nesta quinta-feira o voto do PS contra o Orçamento do Estado de 2013 e revelou que se o Governo mantiver as actuais políticas apresentará uma moção de censura."

Estou muito mais descansado. Ora aí está um homem esclarecido, que emana conhecimento e confiança, que certamente é capaz de recuperar o país. É óbvio que uma moção de censura resolve isto... De repente o PCP parece-me um partido às direitas ou pelo menos o único que tem uma vaga ideia da merda em que estamos metidos. Está muito bem aquela coisa da terra a quem a ordenha.

Simplesmente reduzir os salários não vai resultar


Mas o que é que foi agora? Um gajo não pode estar dois dias sossegado? Eu tinha uma amiga que quando as coisas davam para o torto dizia "na eminência de uma violação, relaxa e desfruta o momento" (nunca lhe perguntei se era saber de experiência feito), mas sempre gostava de saber se continua com vontade de se armar em parva.

Seleção nacional de futebol


Em retrospetiva, já nem sei se terá sido o governo a usar a seleção para nos distrair ou a seleção a usar o governo.

Mercado liberalizado

Aqui há uns anos, quando se liberalizou o preço dos combustíveis,  todas as gasolineiras - acho que o termo não foi escolhido por acaso, porque a malta distrai-se e imagina uma boazona de calções e camisa atada acima do umbigo, de mangueira de abastecimento na mão, assim tipo rapariga do gás... mas divago - estranhamente desataram a alinhar os preços por cima.

É maravilhoso observar a eficiência do mercado liberal a funcionar, refletindo em simultâneo e instantaneamente as subidas do petróleo para preços idênticos. Se fosse o Estado a fazer isto ia demorar uma porrada de dias e de certeza que não ficava tudo tão alinhadinho.

Sou gajo para acreditar que o filme vai ser igual com o gás e a eletricidade. E isto tudo só com uma mão, a tal "mão invisível" do Adam Smith. Não faço ideia do que estará a fazer com a outra, mas imagino um braço estendido para nós, mão fechada e o dedo médio esticado.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eleições antecipadas já...

Numa perspetiva meramente pessoal, bom bom era que o desemprego subisse para 20%, o PIB reduzisse em 10%, a PT, GALP e a EDP falissem (e como bónus, que o Cavaco fosse visto a passear nú pelo Rossio a falar com amigos imaginários). É que me começa a faltar assunto. Dava-me jeito um golpe de estado, uma carga policial sobre uma manifestação (que saudades do bloqueio da ponte 25 do 4) ou, no mínimo, eleições antecipadas. Mas não se incomodem, se não poder ser, eu cá me arranjo.

Austeridade #3

Numa notícia relacionada, os produtores da série "Foi assim que aconteceu" congratulam-se com a perspetiva de novos cenários, assim que o país regridir para níveis dos anos 80... Ainda na linha de medidas  legislativas imbecis, esperam também que o governo introduza a obrigatoriedade do uso de botas alentejanas, camisolas com losangos e bigodes farfalhudos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vítor Gaspar

Não sei porquê, mas de repente ocorreu-me que por causa do politicamente correcto, sempre que preciso de me referir a uma pessoa com problemas mentais (e não me estou a referir à malta que acredita em signos), hesito sempre entre escrever deficiente mental ou atrasado mental (ou até retardado). Julgo que não são bem a mesma coisa, pelo que na dúvida opto pela utilização alternada.

Em qualquer caso, temos sempre a imbatível fórmula americana "mentally challanged", livremente traduzido para "desafiado intelectualmente", que me deixa a fantasiar com todas as decisões precedidas por um concurso, tipo roda da sorte, apresentado pelo gordo baixinho.

Apoio Cliente ZON

Eu e a ZON temos um ritual simpático, que se repete anualmente. 

Por meados de agosto, talvez não por coincidência quando se completam os doze meses do período de fidelização, depois de jantar, sento-me confortavelmente no sofá e telefono para o serviço de apoio ao Cliente para pedir informações sobre os procedimentos de desvinculação contratual.

O(a) operador(a) questiona-me gentilmente sobre os motivos que me levam a pretender essa informação. Faço-me muito indignado e digo que o filho da porteira, um miserável que nem a quarta classe tirou (assim, sem tirar nem pôr) paga muito menos pelo serviço. O(a) operador(a) começa então a enumerar os meus serviços e, um por um, pergunta se o miserável (chama-lhe mesmo isso) também os tem. Eu, que já encarnei a personagem e estou genuinamente furioso, digo obviamente que sim a tudo e que até acho que lhe mandam uma massagista a casa duas vezes por semana. O(a) operador(a), por esta altura não me quer contrariar, diz que desconhece esse serviço, que certamente será um produto novo e que ele(a) próprio(a) poderá passar cá por casa se necessário for. Possesso, desligo o telefone.

Um dia depois, telefona-me uma operadora, de voz rouca e suave, que me diz que sou um Cliente antigo, insubstituível, que merece todos os esforços e atenções da ZON para encontrar um pacote que me agrade. A voz é tão envolvente, que eu obviamente já estou a imaginar que o pacote me agrada, mas mantenho-me firme e, enquanto não estou hirto, lá vou resistindo.

Nos últimos anos a coisa até correu bem. De 53 euros passei para 42 (a dicção era péssima) e depois para 37 (há sotaques que me irritam). Agora vou pagar 50 (mas cá em casa não falamos sobre isto).

Homem de 87 anos detido no aeroporto de Lisboa com 1,9 quilos de cocaína

In Público

Estava-se mesmo a ver que ia dar nisto... A terceira idade virou-se para o crime organizado!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Início do Ano Escolar

Todos os anos é a mesma porra. Recomeçam as aulas e o trânsito fica infernal. Anda aí alguma doença a afetar as crianças portuguesas que as impeça de ir a pé para a escola ou são só os pais que são parvos?

A brincar a brincar, em vez de 5, passo a demorar 10 minutos a chegar à empresa. Uma maçada! Com esta crise toda não era melhor pôr os putos a trabalhar? Sei lá, a fazer sapatos ou camisolas da Nike no vão das escadas. Os putos vietnamitas andam nisso desde os 4 anos e nunca ouvi dizer que fosse país com problemas de mobilidade.

Estou para ver se a cura veio com a subida do preço da gota e os 7% da TSU.

Austeridade #2

Mas porque é que chamam austeridade a esta merda?

austeridade  
nome feminino
1.carácter ou qualidade do que é austero
2.rigor de disciplinaseveridade
3.ausência de enfeites ou ornamentos
4.ECONOMIA contenção de gastos
5.ECONOMIA política governamental que procura reduzir a despesa pública
(Do latim austeritāte-, «seriedade»)
http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/austeridade 
Eu ainda não vi nenhuma contenção de gastos ou redução da despesa pública... Para já só vi o rigor de disciplina e a severidade com que me sacam o dinheiro, sem enfeites ou ornamentos (sei lá, um ramo de flores, bombons, um jantarinho fora), maneiras que quem está em contenção de gastos e a reduzir despesa sou eu. Não tarda nada jantar fora é mesmo na varanda!

Será que sou homossexual?


Ok! Não há outra forma de pôr a coisa... Sexta feira fod enrab sodomizaram-me como se não houvesse amanhã. E eu, que sou um tipo direito, sério, nunca dado a estas coisas, não gostei da minha primeira vez.

O gajo bem que tentou olhar para mim como o bambi, assim do género "anda cá que não te faço mal", mas a coisa saía-lhe mais a dar para o bovino, enquanto olha para a manjedoura a tentar lembrar-se se é ali onde come. A pose foi certamente copiada do guarda que estava à porta do posto da GNR lá da terra, por onde passava todos os dias a caminho da escola, figura de autoridade que tanto admirava e que sempre quis imitar. Mas o que me  tirou mesmo do sério foi a voz robótica, de entoação previsível, assim tipo GPS, "a dez metros vire à esquerda" e eu a olhar para a frente e a ver um precipício.

Se calhar não gostei por causa dos preliminares - duraram demais. Foram 15 minutos de desresponsabilização medíocre (não fui eu, já estava assim quando cheguei), alheada da realidade, a ver se o transe coletivo pegava. O gajo ainda quis pôr gel lubrificante e lá foi dizendo que isto se agora é muito melhor, deve-se a ele e aos amigos (sim, a coisa foi do tipo gang bang). Alguém que lhe explique que mais nem sempre é bom. Assim de repente e só como exemplo, mais desemprego é mau. E que menos também pode ser má notícia: menos PIB, menos investimento, menos consumo...

Depois também não vou muito à bola com aquela coisa de me cuspirem, muito menos na cara. Numa economia com o consumo retraído (certamente por medo que lhe façam mais mal), em que se compra menos automóveis, eletrodomésticos, eletrónica em geral, equipamento industrial, roupa e o diabo a quatro, obviamente as importações estão a diminuir e é preciso ter tomates para usar o défice externo como indicador de recuperação.

O chato é que ainda me está a doer e não deve passar tão cedo.



domingo, 9 de setembro de 2012

Austeridade

Eu desisto! Vou-me filiar no PCP e Bloco de Esquerda ao mesmo tempo. Os gajos dizem com tanta convicção que dá para subir salários a toda a gente, que eu acredito... Enfim!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Contribuição para a Segurança Social

Há uns anos o Herman José dizia que a subida do preço da gasolina não o afetava porque metia sempre 2 contos.

Já eu, vou jantar fora antes que me saquem o dinheiro.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Subida dos impostos

Estou de férias e não ando atento, mas tenho a vaga sensação que de manhã vi qualquer coisa na televisão que juntava na mesma reportagem Pedro Passos Coelho e subida de impostos. Se os dois apareceram juntos deve ser verdade e provavelmente não ficou registado porque esta coisa das férias dá para um gajo  iludir-se e andar convencido que a vida é só não fazer pevide, pores do sol paradisíacos, jantares românticos.

Bem, de qualquer modo não estou para me chatear. Eu pago a coisa, mas à posteriori. Assim do tipo, apresentam-me os recibos das merdas em que gastaram o dinheiro e eu decido. Se não gostar, vão devolver à  loja. Uma espécie de supervisão parental para imbecis. 

Ronaldo está triste

E eu também, que hoje está um vento do caraças e não dá para estar na praia. Por mim até nem ia mal, porque em rigor eu não estou na praia, estou na água. Agora a sereia, por paradoxo que possa parecer, não está na água, mas na praia e sempre vai dizendo que a areia não para de voar e pica como um raio. A mim se me perguntassem eu não usaria a metáfora do raio, porque um raio é coisa para acabar com um gajo, já a areia pode é dar mais trabalho a tirar de alguns sítios, mas tudo bem. 

Ah! Pois, o Ronaldo! Esse gajo (era para ter escrito cretino, mas vai-se a ver e o tipo até pode ter advogados que se dediquem a estas tretas e não estou para me desgraçar) está triste com quê? É que eu não tenho um iate ou um avião que me leve daqui para um sítio sem vento, só com aragens e ondas perfeitas. Não senhor. Estou aqui na herdade a sofrer, à sombra junto à piscina, à espera que me tragam a limonada gelada, ansiando por dias melhores...


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A vida é bela

Este é um daqueles dias em que um tipo chega ao final e, num momento de fantasia, interroga-se porque é que é pago para fazer as outras coisas e não estas.

Estas é levantar-me às 8:30, tomar o pequeno almoço - pão e croissants quentes, acompanhados de um tabuleiro com fruta laminada - com vista para uma piscina, dar um salto à praia, onde se faz uma horita de surf entre banhos de sol, almoçar com vista para a dita e à tarde, mais banhos de sol e um set espetacular de surf. Jantarinho com a sereia e agora, num terraço quase às escuras e a ouvir os grilos, a registar o dia.

As outras são trabalhar.

Suponho que há vidas piores, mas isso não me dá grande conforto. Sei lá eu se amanhã me vão faltar os Magnuns, o restaurante da praia não tem cerveja fresca ou as ondas são para "gajos mais velhos".

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O Céu

Para memória futura, estou de férias, em Arrifana, concelho de Aljezur, distrito Faro, Algarve.

Isto até pode parecer banal, mas acontece que para mim esta é a praia mais bonita de Portugal (fotos em devido tempo) e no ano passado encontrei uma herdade, que complementa a coisa na perfeição (nem fotos, nem nome, porque senão para o ano todos os 3 leitores do blog aparecem-me por lá).

Vai daí, a linha editorial aqui do blog vai aliviar um pouco e a partir de agora só falo de sol, ondas, passarinhos, flores, pão alentejano, azeitonas, açorda de camarão, ovos mexidos com farinheira, robalo e dourada grelhados (um de cada vez), Super Bock fresquinha e Magnun Classic.

Ah! E da mais bonita, uma sereia que hoje faz anos e está mimadita. Vou ali dar-lhe um beijo e volto qualquer dia.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Autonomia, quero dizer independência, da Madeira

Para quando o referendo prometido pelo Alberto João? A malta do continente também pode votar?

É que eu tenho cá para mim que a Madeira é mais ou menos como uma empresa pública onde enterramos dinheiro. A diferença é que no caso da RTP, da TAP e outros quejandos, ainda vamos todos tirando algum proveito da coisa (ou não), enquanto aquilo ali, lá no meio do oceano, parece que é mesmo só para alguns. Não dará para vender, arrendar, sei lá, concecionar? Nem que seja por uns trocados para os cafés depois da escritura pública?

domingo, 2 de setembro de 2012

Benfica vence Nacional da Madeira por 3-0 e sobe à liderança do campeonato


Convém registar que hoje é dia 2 de setembro, estamos na terceira jornada do campeonato e o FCP e o SLB têm os mesmos pontos, 7.

Porque raio é que estes gajos já se agarram à diferença de golos à terceira jornada? Suponho que isto de vencer campeonatos é uma questão de estado de espírito.

De qualquer modo e a reter, a frase do treinador do Nacional na conferência de imprensa "o resultado é justo, mas podíamos sair daqui com empate". Em abstrato, nem estou a perceber porque é que se ficou por aqui! Porque não ambicionar à vitória no campeonato, na Liga dos Campeões ou para a presidência da Câmara do Funchal?

sábado, 1 de setembro de 2012

Festa do Avante

Pois é! Depois admiram-se! Passam a vida a queixar-se de tudo e de nada e a mandar tiradas incoerentes, algumas assim a dar para o alucinado: nós somos as forças democráticas,  o povo está connosco (exceto, obviamente, nas eleições),  o Pai Natal e o dia dos namorados são conspirações americanas e a minha preferida, a Coreia do Norte é uma democracia.

A verdade é que isto de ser poder dá trabalho e enquanto os jotinhas centro direita, futuros queridos líderes, se aplicam a disfarçar a ignorância e estupidez frequentando aulas de verão, a malta da esquerda, nem que seja só para chatear a Igreja Católica e usufruir das recompensas terrenas, faz festas, não toma banho durante três dias, dá umas quecas e queima os neurónios a fumar charros.

Ainda assim não consigo tirar da ideia que o Bernardino Soares, já em puto, era o gajo que ia de tenda em tenda a dizer aos camaradas para fazer pouco barulho ou, no espírito verdadeiramente democrático, como deviam fornicar - assim tipo, pegava com a mãozinha e levava-o lá.


Direito de resposta

Serve o presente para esclarecer que, pelos vistos, talvez não tão inesperadamente como isso, o PS também tem uma universidade de verão. Afinal de contas aquilo é tudo farinha do mesmo saco e obviamente a putalhada do PS também precisa de aulas de recuperação.