quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pichelaria

Não, não virei à esquerda! Isso era pichar, ao abrigo que istdo é tudo nosso e podemos cagar as paredes que quisermos. Gostava de ver as casas destes animais... Bem, até já vi a do francisco louça e era bem hipster.

Dizia eu, pichelaria, porque finalmente lá vieram cá a casa tentar resolver o problema com as águas e a coisa resume-se mais ou menos a isto. Os homens chegam, eu, respeitosamente, porque isto com estes gajos toda a subserviência é pouca, digo que me disseram que as válvulas de não-retorno não devem estar junto a curvas (joelhos na gíria destes bacanos), os homens dizem sim, sim, com complacência, mas vai ser preciso fazer testes. Passadas três horas, depois de se terem fartado de ligar e desligar coisas, de um telefonema para a empresa a dizer que já não vou de manhã e meto meio dia de férias, demoram um quarto de hora a porem a válvula em plástico mais longe da curva e dizem com um sorriso de genuína felicidade e dever cumprido: já está! Fffffff!!!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Assunção Cristas não quer portugueses com mais de dois cães por apartamento

In Público


Para já andarmos a perder tempo com estas merdas ou acabou mesmo a recessão ou alguns ministros andam tão distraídos, que começaram a acreditar na propaganda que o próprio governo inventa.

Sobre a delicadeza

Regra geral, vá-se lá saber porquê, não sou tido por um gajo delicado. Sim, não uso boxers com rendas, nem cremes para isto e para aquilo, mas não era bem a isso que me referia. Digamos que me falta algum filtro e, não sendo propriamente inconveniente, volta e meia lá me sai um comentário um bocadinho mais acutilante ou menos consensual. 

É mais ou menos nesse espirito, e até nem me parece que seja o pior exemplo, que quando uma conhecida já deu ou está para dar à luz, só para provocar, costumo perguntar se já rebentou. Pergunto às amigas e colegas e, obviamente, sou recebido com um coro de protestos, que normalmente começa por longos "ohhhhhh". Lá aquilo do é um momento tão bonito, único na vida de uma mulher, cria-se um laço para a vida, vocês os homens não conseguem perceber, e tretas dentro da mesma linha.

Acontece que quando falo com amigas que já, hmmmm... pariram(?) há muito tempo, sou confrontado com a realidade da história e todos os mitos vão para o galheiro, em troca de: não me apanham nessa merda outra vez; p*** que pariu as dores de costas e de parto; não tive uma noite decente desde os quatro meses;etc., etc. É mais ou menos como o mito das viagens de núpcias às Maldivas. Logo após a viagem, que sim, que é muito bonito, espetacular, o melhor sítio onde foram. Passados dois anos, que ideia estúpida, não se passa nada, só se faz praia, não há uma porra de uma laranja ou maçã em todo o país. Sendo assim, suponho que toda esta treta está na linha dos desejos de gravidez ou da TPM como pretexto para uma vez por mês nos lixarem a cabeça com tudo aquilo que normalmente não têm coragem para dizer e reprimem.

A verdade é que, para momento único, tenho bem a impressão que são os pais quem sai a ganhar, porque enquanto a mãe está meia atordoada pelo esforço e dores, a maioria das vezes ainda sobre o efeito da anestesia, os pais estão totalmente conscientes no momento em que pegam pela primeira vez nos filhos. E deixem-me dizer que sim, a expressão que lhes fica gravada na cara realmente mostra que aquele é um momento único na vida.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O carisma não se vende nas lojas

"One chord is fine. Two chords are pushing it. Three chords and you're into jazz.", Lou Reed

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

E o inferno gelou...

"CDU coliga-se com o PSD na câmara de Loures", In Público

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

França e Alemanha vão liderar negociações anti-espionagem com os Estados Unidos

In Público

Portanto, agora, em vez de serem só uns cabrões a meterem-se nas nossas vidas (quer dizer, não será propriamente nas nossas, porque, basicamente, ninguém quer saber o que por cá se passa), vão ser três, e dois deles até costumam comer à mesa connosco (quer dizer, não será propriamente comer, costumamos servi-los).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Que é feito do Jerónimo de Sousa?

Alguém o tem visto? Está vivo? É que de repente deixou de se ouvir falar no homem. Na verdade deixou de se ouvir o homem falar. E é que nem me estou a queixar. Isto é como as dores de barriga e normalmente só nos lembramos delas quando as temos, mas suponho que senti uma certa nostalgia, agora que já nem o Bernardino Soares vamos ter na Assembleia da República. Lá está, valha-nos a Catarina Martins.

Viroses

Hoje, um colega comentava com alguma piada, que a estratégia está para a gestão, como a virose está para a pediatria. Referia-se àquelas coisas inexplicáveis, que se diz aos colaboradores serem estratégicas, com um ar grave e profundo, a ver se a malta se cala e vai pregar para outra freguesia. Os pediatras fazem o mesmo quando os putos têm febre sem mais nenhum sintoma – é uma virose que anda por aí! Ao que os pais perguntam – mas um vírus de quê? Recebendo em resposta, com um ar grave e profundo – uma virose! E passa para cá setenta e cinco euros, que é para aprenderes a não me telefonar às duas da manhã, só porque o fedelho não quer o biberão.

Os meus problemas

Os meus problemas são relativamente simples. Na verdade quase todos têm solução e o que me chateia mesmo é o trabalho que dão a resolver. Aliás, em boa verdade nem é trabalho, mas sim transtorno. Lá aquilo de ter de telefonar ao gajo X, que nunca atende e que, quando finalmente atende, combina para a hora Y, saio mais cedo da empresa e ele não aparece. Lá se volta a tentar telefonar meia dúzia de vezes, que pede imensa desculpa mas surgiu um imprevisto, a mãe voltou a morrer, pois que já é a sétima vez esta semana e que amanhã de certeza que sim. E é isto. Este tipo de coisas repete-se num loop interminável que me desgasta, agasta e satura. 

Acontece que nas últimas semanas a dimensão da coisa se tem avolumado cá por casa, a maioria das vezes ligada a água, assunto em que não me sinto muito à vontade, a não ser que esteja dentro de um copo, piscina ou a cair de um chuveiro, pelo que tenho mesmo de me socorrer dos especialistas. Ontem parecia que estávamos a fechar um ciclo e vários dos assuntos estariam resolvidos, não fosse depois de jantar voltarmos a depararmo-nos com a coisa e deitei-me lixado da vida.

E isto tudo para partilhar uma experiência que finalmente me permitiu perceber a expressão "estou a transbordar" de problemas. É que hoje ao acordar tive um momento de inocência em que por momentos não lembrei de nada destas tretas e me sentia perfeitamente descansado. Rapidamente, uma após a outra, fui-me recordando e senti a cabeça a encher como um copo, até transbordar... O que infelizmente não aconteceu, porque estas merdas continuam todas cá dentro a irritar-me.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Eu achava que não havia nenhum político mais insuportável que o francisco louçã...

... até conhecer a catarina martins.

Afinal de contas é mais ou menos a mesma coisa, não fosse ter aquela caraterística extremamente irritante de algumas mulheres, que é quererem mostrar que são mais inteligentes do que os homens que as rodeiam. Por isso, nunca se cala e para se destacar defende qualquer imbecilidade que lhe passa pela frente, desde que seja o oposto do que o adversário está a dizer (na verdade, desde que seja o oposto que o mínimo senso comum aconselha) e consegue fazê-lo com aquele tom professoral, com que o francisco louça já me conseguia pôr a espumar no sofá. O que vale é que, com sorte, de seguida aparece o joão semedo, que está para os políticos como o valium está para os maniacos depressivos, e me consegue adormecer ao fim de um minuto.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ladrões de Picasso e Monet em Roterdão admitem roubo, mas acusam galeria de negligência

In Público

Suponho que não vale a pena dizer mais nada...

Indecisão

Por vezes ficamos completamente bloqueados, incapazes de decidir seja o que for, presos num momento no tempo que parece não acabar. Note-se que o ideal é que esse momento não seja em cima de uma mota, em sexta a fundo, a duzentos metros do fim da reta do Mindelo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Testes de ADN confirmaram as aparências, a criança não é filha do casalAFP/POLÍCIA GREGA

Claramente era preciso um teste de ADN para confirmar que estes dois monos não eram os pais da miudita. Enfim...

Tenho fome!

Era isso que estava escrito no cartaz que um tipo carregava para a frente e para trás num semáforo sábado de manhã.

Ao longo dos últimos anos tenho desenvolvido uma perspetiva da raça humana em que basicamente nos vejo como macacos mais desenvolvidos. Simplesmente somos capazes de juntar mais paus e mais pedras. Recentemente voltei a lembrar-me disso porque, num evento cultural internacional, ao passar num corredor ouvi um autor a dizer "um livro é como uma casa onde somos convidados a entrar!", uma banalidade como outra qualquer, que já ouvi vários escritores debitarem com o ar mais profundo que conseguiram arranjar, enquanto a entrevistadora fica deslumbrada com a profundidade do interlocutor.

É por estas e por outras que, sobre as capacidades do homem, me gosto de lembrar das estratégias que algumas orcas utilizam para caçar focas. Na verdade, o mais importante até nem é como caçam, mas o facto de devolverem à praia todas as focas que capturaram e não querem comer.

domingo, 20 de outubro de 2013

Teste de carga na ponte 25 de abril

A questão que se me coloca é, para que serviu a manifestação de ontem? Tanto quanto eu sei, Portugal é um país democrático e estes tipos foram eleitos, por isso...

sábado, 19 de outubro de 2013

Só para eu saber...

... afinal de contas, quanto é que custa alugar 400 autocarros?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ainda sobre o orçamento de estado


É de mim, ou a ministra das finanças está mais sexy? Também pode ser lá por aquilo da dominação e infligir sofrimento...

Igualdade, fraternidade, liberdade

Isto da crise começa a ser claramente só para alguns e até eu, que sempre nutri algumas, enormes, desmesuradas reservas quanto ao empenho da maioria dos funcionários públicos, começo a sentir-me embaraçado. Suponho que será uma questão de pudor. Não fosse por mais nada, afinal de contas a constituição ainda tem por lá escrito, pelos vistos já ninguém sabe muito bem onde, aquilo da igualdade, mas pelo andar da carruagem,  só mesmo agarrando-se à fraternidade é que alguma desta malta vai conseguir dar de comer aos filhos. Convém é não fazer muito barulho, nem ondas, porque desde o Euro 2004 que a PSP tem imenso equipamento anti-motim, que acabou por nunca ser usado, e aquilo é gente que também anda um tudo nada nervosa.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Orçamento do Estado 2014

Sobre o orçamento do estado 2014, a única coisa que consegui registar foi que se trabalhasse na função pública era gajo para estar um bocadinho irritado e que não será de surpreender se começarem a acontecer aquelas episódios tipicamente americanos, em que um tipo que trabalha nos correios, de quem todos dizem ser just a regular guy, com cinquenta anos, ainda virgem e a viver com a mãe, que não fala com nenhum colega a não ser com uma espécie de grunhidos e sem nunca olhar para os olhos de ninguém, há trinta anos que durante a hora de almoço só lê livros sobre o juízo final e sempre que alguém se aproxima da sua secretária está a ver sites sobre guerrilha urbana, que fecha rapidamente, passando para uma proteção de ecrã com uma imagem da estação de correios a explodir e os dizeres you all must die. Dizia eu, aqueles episódios em que um dia, numa manhã como outra qualquer, um tipo entra na estação dos correios e começa a matar todos os colegas indiscriminadamente, seguindo-se o habitual suicide by cops. Obviamente, tratando-se de Portugal e não obstante os trinta corpos ensanguentados cravejados de balas e espalhados pelo caminho que o alegado homicida fez de casa até ao local do alegado crime, a polícia só chegará meia hora depois de tudo terminado, não indo a tempo de o prender, até porque o alegado homicida entretanto se fartou de esperar e dirigiu-se à esquadra mais próxima para se entregar, o que já é tipicamente português, e  está calmamente a conversar com dois transeuntes à porta, enquanto aguarda que os polícias regressem.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Quase 9000 novos toxicodependentes nos centros de tratamento em 2012

In Público


Ora aí está um enigma. Tudo bem, eu percebo lá isso da crise económica, do desemprego, do desespero e da fuga à realidade. Mas, e não levem a mal a pergunta, porque estou mesmo curioso, se não arranjam dinheiro para ultrapassar os problemas, onde o arranjam para ultrapassar a realidade? 

É que eu até gostava de não ter percebido a notícia e que afinal de contas a crise até veio por bem, porque isto é gente que agora que já não consegue financiar a coisa resolveu dar a volta por cima e lá se apresentou nos centros de tratamento. Mas não, já li duas vezes e parece que estamos mesmo a falar de gente que no meio da merda em que já estava metida, achou que bom mesmo era começar agora a drogar-se, o que ao nível da estupidez, ainda consegue estar bastantes degraus acima daquela malta que começa a fumar aos trinta anos.

Suponho que humanamente não será de grande compaixão, mas não deixa de me chatear que se esteja a cortar em apoios sociais a quem muito precisa, a mim incomoda-me sempre as crianças e velhinhos desamparados, e se gaste dinheiro com isto. Lá para os treze anos tive uma professora de ciências que tinha uma filosofia interessante. Sempre que sabia que um amigo das filhas se drogava oferecia-lhe a janela de um sétimo andar.

E o prémio para líder africano não foi entregue pela quarta vez

"Há duas condições para se ser premiado: ter sido eleito democraticamente e sair do cargo no fim do mandato."

In Público

Uma completa surpresa, vinda de um continente que tem apresentado ao mundo tantos humanistas. Enfim...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Governo proíbe manifestação na Ponte 25 de Abril, CGTP não desiste

In Público


Se há coisa que eu aprecio na esquerda portuguesa, ou de qualquer país, é o apego à tradição e aos temas inspiradores. Lá por fora temos o Che, o Fidel, o Mao, o hino da internacional, lá com aquilo da fome, aquelas belas estátuas de dedo em riste ameaçando as massas para não saírem da linha e os tanques a marcharem sobre manifestantes pacifistas, de belo efeito televisivo.

Lamentavelmente, por cá a coisa ao nível dos líderes não lhes tem corrido tão bem, porque o Cunhal nunca caiu no goto do povo e dos que vieram a seguir nem vale a pena falar. Vai daí, estão armados em cordeiros, sob a capa do direito à manifestação, a tentar reeditar a brincadeira de noventa e quatro.

Síndrome da gaveta aberta

Hmmm... por esta altura se calhar já perceberam a ideia...

O príncipe

Isto de andar uma semana a deixar que fugas de informação pinguem, gota a gota, a ideia que as pensões de sobrevivência e viuvez iam todas para o galheiro, para agora fazer um número de magia e aparecerem como responsáveis e preocupados com os mais desfavorecidos, diz muito da preparação deste governo.

Diz que ao nível da ciência política devem estar mais ou menos no grau zero e a única coisa que aprenderam foi recomendada pelo Gekko, no Wall Street, que a dada altura lá manda a malta ler a Arte da Guerra do Sun Tzu e o Príncipe do Maquiavel. Bem, pelo menos ficamos a saber que afinal de contas sabem ler. Se bem que alguém lhes possa ter lid...

Síndrome da porta aberta

Se de repente começarem a deixar a porta do frigorífico aberta, na base do já lá vão voltar para arrumar o que de lá tiraram ou porque ainda vão buscar mais qualquer coisa, não cedam, tomem medidas imediatas. É que rapidamente e sem se aperceberem, estão a deixá-la sempre entreaberta e quando a coisa se tornar mesmo galopante, vai ser mesmo qualquer porta. É pura e simplesmente insuportável.

Dou por mim a voltar a divisões onde tinha estado cinco minutos antes e nenhuma porta está fechada. Ao princípio, ainda pus a hipótese da casa estar assombrada, mas como o apartamento tem cinco anos, nunca foi habitado, nem foi construído sobre um cemitério, não me pareceu plausível. Uma análise mais cuidada e os gritos indignados da Outra Metade permitiram concluir que era eu o imbecil que não as fechava.

Em todo o caso, a coisa parece ter saído fora do meu controlo e querer não é poder, porque mesmo querendo fechar as portas, parece que os músculos se recusam a responder e, por muita força que queira fazer, o raio das portas acabam sempre por não se fechar. Evidentemente poderei estar a ser vítima de um complot para me levar à loucura e alguém, vá-se lá saber quem, colocou molas em todas as portas para não fecharem. Não sei, digo eu...

domingo, 13 de outubro de 2013

Afinal de contas a ASAE está ao serviço de quem?

Periodicamente sou obrigado a deslocar-me à Alemanha e é sempre com alguma ironia que constato que aquilo é povo que se está completamente a borrifar para as regras europeias de saúde pública alimentar. Regras essas, provavelmente inventadas por eles.

Ele é mãos que ora estão a manusear dinheiro, ora estão a preparar uma sandocha que alegremente pousam em cima do balcão, balcão esse coberto de porcarias deixadas pelos clientes anteriores. Aquilo é gente que não faz ideia do que é uma luva de plástico ou latex. Felizmente nunca tive de pôr os pés numa urgência hospítalar, porque não faço ideia se eles sabem o que são seringas descartáveis. A verdade é que isto não me chateava por aí além, não os tivesse visto a sair da casa de banho,olhando com um certo desprezo para os lavatórios. É que já nem falo de sabonete líquido, mas água, um bocadinho de água.

Enfim, dever ser lá aquilo do olha para o que eu digo e não para o que eu faço. Alguém ainda se lembra da lei que obrigava os táxis a serem pintados de côr bege? Os táxis alemães são brancos... De qualquer forma, há que admirar a coerência do povo. É que assim como não chateiam com isso da higiene alimentar, também deixam ao critério de cada um a velocidade a que circula na autoestrada. Dever ser uma questão de responsabilização pessoal. Em todo o caso, preferia que o taxista me pedisse a opinião antes de se meter na autoestrada a 210 hm/h.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O Futuro é o passado

In Público

Pegando na opinião do António Costa Pinto, no Público, atrever-me-ia a tirar todas as ilações do título. O futuro com "Passos Coelho vai continuar a ser a infelicidade de uma bela parte da sociedade portuguesa e ainda está para durar" e certamente levará Portugal até 1960.

É que se a sociedade onde vivemos até 2009 não passou de uma fantasia, um embuste impingido depois da revolução aos portugueses, que se deixaram levar por delírios de grandeza, exigindo e vivendo para lá das suas possibilidades. O empobrecimento de Portugal e a destruição do estado social, salvo as devidas distâncias, é como que um genocídio, não de um povo, mas de uma classe social, a média.

Passos anuncia novo orçamento rectificativo

E é isto...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ponto de embraiagem

Anda por aí um blog, um blog qualquer, a gozar com a minha forma de conduzir. Tudo bem, eu agradeço as críticas construtivas e não fico ressabiado.


A verdade é que não suporto as pessoas que circulam na estrada como se estivessem sozinhas e andam a vinte onde podem dar cinquenta, mudam de direção sem qualquer pré-aviso, param inesperadamente ou não dão passagem a ninguém porque seria um ato de submissão. E eu nem acho que seja por se estarem a borrifar, mas sim a total inconsciência do que estão a fazer, que sinto como um ataque pessoal.

Seja como for e já que estamos a falar de carros, não te esqueças de atestar o depósito, porque no próximo fim de semana guias tu.

Nenhuma criança fica para trás

Numa época em que a igualdade de oportunidades deu na imbecilidade do título do post, que já agora deriva da expressão em inglês no child left behind, pelo que, para minha surpresa, tudo leva a crer a ideia até nem foi nossa, temos uma escola que na essência passa a seguinte mensagem - podes ser burro como o caraças e não ter aprendido puto, mas não vai ser por isso que te vamos chumbar. Dizia eu, numa época em que a mediocridade não é penalizada, temos governante após governante a justificar-se no parlamento, ou onde calhar, com explicações mirabolantes e sem qualquer consequência.

E esta nem é a má notícia. O pior é que, na sua maioria, estes ainda estudaram durante a ditadura, agora os que vêm aí...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

E que tal retirar as câmaras ao PSD?

Ao nível da legitimidade política e constitucional, parece-me que deve estar mais ou menos ao mesmo nível que isto das pensões de sobrevivência. De qualquer forma, seria até a reposição da verdade política, porque tivesse o PSD anunciado estas medidas há duas semanas atrás e não tinha nem um junta de freguesia, quanto mais câmaras...

O estado e as pessoas de bem

Reparem que não disse o estado é uma pessoa de bem. Para tentar não perder muito tempo com o assunto, vou pôr as coisas da forma mais simples que me ocorre. Se eu aplicar dinheiro num banco e contratar uma taxa de juro fixa, é bastante frequente o banco pagar os juros devidos pontualmente. E se o banco tem ou não condições para praticar iguais condições com novos clientes é indiferente. Mais, se calha do banco deixar de pagar os juros contratados, posso processá-lo e ganho. A coisa é linear e transparente. Não passa pela cabeça de ninguém que os juros variem, seja por excesso de despesa, investimentos falhados ou porque num mês ou outro está a fazer menos empréstimos. Digamos que seria ridículo.

Pelos vistos, com o estado as coisas já não são bem assim e as regras, sejam elas quais forem, podem mudar ao sabor dos tempos. Note-se que não estou a discutir se as pensões são justas ou não, tão pouco os abusos do sistema. Estou a falar de gente comum, como quase todos nós, reformados e pensionistas  que contrataram um rendimento com o estado e agora dizem-lhes que não, tenham lá paciência, isto afinal não era bem assim e se calhar era melhor não terem planeado essa vida, porque nós enganamo-nos aqui numas coisas e os senhores, afinal de contas, já não contam para nada.

No fundo o que está a ser dito é, expirou o vosso prazo de validade, vocês são um estorvo e porreiro, porreiro, era que morressem. Tenham é a gentileza de esperar um bocadinho, que ainda temos que acabar com o que restou do subsídio por morte.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Governo prepara corte nas actuais pensões de sobrevivência

In Público


Há algumas coisas na vida que nascem connosco ou vêm do berço e que depois, podem demorar mais ou menos tempo a manifestarem-se, acabam sempre por vir ao de cima.

Uma delas é o bom ar. Não confundir com bom aspeto, que por muito que se tente também não se pode comprar, mas aquilo que nos leva a confiar em alguém que nunca tínhamos visto mais gordo, mesmo que esteja todo roto e sujo. Há ali qualquer coisa na atitude, a postura, a forma como fala e gesticula, que nos leva a confiar, quem sabe até a dar uma boleia. Agora imaginem estes tipos na berma da estrada, com o polegar estendido para cima. Alguém se arrisca?

A liderança definitiva

Pelos vistos aquilo do provisório lá se confirmou e continuaram no lugar de onde, afinal de contas, nunca saíram. Suponho que é destas pequenas alegrias que se faz a vida...

domingo, 6 de outubro de 2013

A liderança provisória

Com o benfica a vacilar e o sporting anormalmente resistente, os jornais lá se viram obrigados a desviar o centro das atenções, sem com isso se desviarem das imbecilidades do costume. Vai daí, aqui estamos nós com as lideranças provisórias, leia-se, ainda a jornada não acabou, para os mais distantes destas coisas do futebol, antes dos adversários jogarem.

Eu podia dizer que a liderança provisória está para o futebol, como os líderes das fugas ou  prémios de montanha estão para o ciclismo. Mas não, não está e por isso não vou dizer. Os líderes das fugas estão a correr contra alguém que, pasme-se, também está a correr, o que é capaz de trazer algum mérito à coisa e os prémios da montanha são efetivamente prémios para o gajo mais rápido a subir uma montanha.

Para marcar bem o ridículo da coisa, seria um tudo nada estúpido dar um prémio a uma equipa que tem mais pontos que outra que ainda não jogou e deve ser por isso que não me lembro de nenhuma liga europeia de líderes provisórios que, de qualquer forma, a existir será algo informal e chama-se taça dos falhados. 

Meus caros, isto das competições, como na vida, tirando as idas à casa de banho, não basta desejar com muita força para acontecer.

sábado, 5 de outubro de 2013

Assessor de Passos omite no currículo uma década de trabalho no BPN

In Público

Frequentemente lembro-me da frase, "melhor que roubar um banco, é fundar um". Suponho que para alguns isso deve ser mais ou menos lá aquilo do been there, done that e  resume-se a uma questão de carreira. É preciso progredir, procurar novos desafios. Depois de fundar um banco, nada como governar um país.

Serviço público

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Trabalhadores que rescindam com o Estado têm 30 dias para manter a ADSE

In Público

Não, não tirei do Inimigo Público. E de qualquer forma, não sei porque é que estranharam. Faz todo o sentido e é exatamente igual ao que se passa no privado. Toda a gente sabe que sempre que uma empresa rescinde com um funcionário continua a pagar-lhe o seguro de saúde.

E antes que se ponham com coisas, não, 2,5% da massa salarial não chega para financiar a brincadeira. Ainda assim, se conseguirem provar que chega, então era porreiro estender a todos os portugueses. Somos todos operados no privado por meia dúzia de euros e eu já não tenho vontade de sacar os óculos da cara dos funcionários públicos e dizer que são meus. Vale?

23% dos condutores portugueses já adormeceram ao volante

In Público

E por um raio de um azar, era capaz de apostar que andam quase sempre todos à minha frente.

Ainda sobre esta semana

Finalmente sexta-feira e um gajo dá por si frente ao espelho da casa de banho a pôr pasta de dentes na lâmina de barbear, o que ao nível das mortes acidentais, é bem capaz de ser das mais estúpidas.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cavaco Silva afirma que é “masoquismo” dizer que a dívida não é sustentável


Mas ele pensará que em Portugal não temos televisões? Este homem tem uma vontade férrea de levar para a frente as suas ideias. Lamentavelmente, neste momento, a única ideia que tem é manter-se no lugar. Tudo o resto é deprimente e degradante. Será que alguém lhe explicou os deveres de um presidente da república? É que, aparentemente, para ele exercer uma magistratura de influência ou ser um moço de recados é mais ou menos a mesma coisa. Será que o António Guterres vai ser igual?

Antropomorfismo

Às vezes há ideias que me ficam gravadas na cabeça e por muito que tente arrumá-las para um canto, volta e meia lá voltam a desabrochar.

Durante imenso tempo cismei com a cara do Francisco Ferreira da Quercus. Não sei porquê, fazia-me lembrar, hmmm, como é que hei-de dizer isto, uma glande. É certo que uma glande com braços e óculos, mas ainda assim uma glande.

Finanças confirmam que documentos sobre swaps não foram destruídos

In Público

Todos ou só alguns? É que isto da informação tem duas perspectivas. Tão importante como o acesso, é a capacidade de a fazer desaparecer. Suponho que a competência estará na capacidade de optar. Esta coisa de andar para trás e para a frente, qual número de ilusionismo, ora aparece, ora desaparece, nada na manga, nada na mão, é coisa para irritar um bocadinho.

Falta muito para sexta-feira?

Ele há semanas em que um tipo não devia sair da cama e esta, raios a partam, ainda só vai em quarta-feira. A saga começou na segunda-feira, até aqui normal, com uma fuga de água na caldeira, já mais invulgar, que a assistência só vem reparar hoje de amanhã. Curiosamente, a caldeira passou a ter problemas a partir do momento em que fizeram a manutenção programada, um pouco ao estilo dos anos oitenta, em que um tipo entrava numa oficina para trocar uma lâmpada, o mecânico dizia "isto só vendo, é preciso abrir" e saia-se de lá com uma embraiagem e travões novos. Para ajudar à festa, terça-feira começou a doer-me um dente, que o dentista me disse vai mesmo ter de saltar fora, para meter um implante. Vou pagar mil euros para tirar uma peça de origem e meter outra da concorrência. Em cima disso, antibióticos e anti-inflamatórios e um mal estar do caraças.

Por favor, até ao final da semana, não falem mais comigo, não me mandem emails, não toquem em nada. Eu só quero um pouco de sossego. Não venham com a paz do mundo a cura das doenças ou acabar com a fome, porque essa malta também não se oferece para vir cá a casa resolver nada, nem que fosse lavar os carros. E não, os putos ranhosos dos semáforos não contam, porque aquela mistela que eles espetam nos vidros deve corroer as borrachas e a pintura toda, cambada de filhos da p...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ainda as autárquicas

Passos responsabiliza Menezes pela derrota do PSD em Gaia, In Público

É extraordinário que em 2013 a maioria dos partidos ainda não tenha percebido que a malta já não está para os aturar. E não me refiro às vitórias dos independentes, embora estas já devessem ser suficientes para lhes abrir os olhos. Estou a falar das interpretações dos resultados, que continuam a ser palhaçada habitual. Não, não refletem a governação. Sim, temos menos câmaras, mas eles tiveram menos votos. Não, não temos câmara nenhuma, nem elegemos os líderes, mas está tudo bem. Pessoal, acordem, porque por este andar não é o Manuel Alegre que vos aparece numa eleição nacional. Aliás, se há momento para aparecer um movimento independente ou um partido novo, ao estilo do saudoso partido da solidariedade nacional, sacar um tacho e navegar a onda, é este. Quem alinha?

Perder

Ele há coisas que são capazes de me chatear um bocadinho e uma delas é perder. Seja no que for,  mas especialmente naquelas coisas em que eu acho que devia dar conta do recado. Por isso, pior do que perder, o que me chateia mesmo é perder mal. E ontem o Porto perdeu mal. Eu não percebo nada de futebol e por isso estou a borrifar-me para a posse de bola ou que o jogo tenha sido quase todo na área do Atlético. A mim, o que me interessa é que os jogadores não tropecem na bola ou a percam só porque o adversário está a dois metros de distância, que não falhem passes a torto e a direito ou façam jogadas tão desconexas, que um gajo topa logo que não vai dar em nada. Quero lá saber se é por falta de organização, confiança ou concentração. É para isso que está lá o treinador mas, tudo leva a crer que o nosso ainda não apareceu. Suponho que só me resta esperar, eventualmente que seja contratado...

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Caro Paulo Fonseca...

... da próxima vez não abras a boca ao intervalo, porque isto do Porto não é a mesma coisa que o Paços de Ferreira e não basta aparar a barba à George Clooney, andar com um penteado imbecil e passar horas à frente do espelho a dizer "tu és o maior, o mais bonito", para a coisa rolar. Tens de te convencer que aquilo do ano passado foi um acaso, não voltava a acontecer nem que te rompesses todo. Agora estás jogar com os grandes pá e isto não vai lá só com conversa a armar em intelectual. Se queres saber o que não é preciso para ser campeão, vai ao Google e escreve José Mourinho ou André Vilas Boas. Repara que o special one pelo menos faz de conta que se está a borrifar para o cabelo, que ora rapa, ora chega às conferências de imprensa como se tivesse acabado de sair da cama. Já o special two deve usar o mesmo penteado desde os doze anos. Aquilo é gente que sabe que o que interessa é o que se passa no campo e que o resto é encenação para parolos como tu. 

Eu, se fosse a ti, telefonava aqui ao miúdo para saber quem é o barbeiro dele, porque mais dia menos dia o Picó vai abrir os olhos e fartar-se das tuas tretas.

Agora que já vamos no terceiro ano da crise...

... alguém ainda compra roupa nova no início da estação ou está tudo quieto à espera das promoções e saldos? É que eu nunca fui muito dado a devaneios e como tenho um estilo (ok, não é bem um estilo, é mais um acidente em cadeia) mais ou menos conservador, sempre esperei pelo final da coleção, mas sempre me fascinaram aquelas pessoas que estouram uma pipa de massa em roupa nova, como se não houvesse amanhã. Literalmente, não fosse dar-se apocalipse,  as lojas fecharem e terem de apresentar-se no juízo final com roupa do ano passado.