As viagens têm a vantagem de nos dar uma nova perspetiva sobre as coisas. Deve ser aquilo do contacto com novas culturas. E nesta, uma das grandes revelações, foi perceber claramente que o problema das empresas públicas portuguesas é estarem desfocadas da atividade para a qual estão mais bem preparadas.
Como exemplo, posso dar logo à cabeça a TAP. Uma empresa que não sabe nada sobre mim e só pelo facto de viajar em executiva me dá acesso a uma faca e um garfo de metal (e duas colheres, mas ia ser um bocado ridículo tentar tomar um avião à colher), tem claramente competências judiciárias espetaculares. Os computadores da TAP devem estar cheios de chinocas minúsculos, capazes de deduções tipo CSI que, só pela forma como um gajo carrega nas teclas em casa e por ser estúpido o suficiente para se deixar roubar daquela forma, decidem o seu potencial terrorístico. Há obviamente aqui capacidades desperdiçadas para a colaboração da TAP com a PSP, PJ e tribunais, o que urge corrigir.
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