quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Accionistas do Banif aprovam injecção pelo Estado de 1100 milhões de euros

In Público

Se a moda pega, os bombeiros só apagam incêndios em casas a arder se o proprietário autorizar ou o INEM só... Bem, suponho que já perceberam a ideia. É que um tipo lê as declarações dos responsáveis pelo banco e quase parece que nos estão a fazer um favor "sabe, nós nem queríamos, mas o governo insistiu e não gostamos de ser estraga prazeres".

De qualquer forma, isto do Estado investir nos bancos está a começar a incomodar-me. Se é para investir na bolsa com dinheiros públicos, gostava de poder escolher as ações que correspondem à minha parte, porque mesmo que não fosse licenciado em gestão, ia sempre achar má ideia investir num banco descapitalizado (que é outra forma de dizer falido, mas em bonito). Já agora, só para ficar a saber, quem fica a mandar no banco? Somos nós ou os mesmos gajos que rebentaram com ele?

5 comentários:

Sílvia disse...

São perguntas pertinentes, que também me assistem!

Sílvia disse...

Também gostava de saber para onde foi o dinheiro, porque custa-me muito a acreditar que esteja todo em crédito malparado.
Acredito mais depressa se me disserem que está em contas na Suiça nos nomes dos que rebentaram com o banco.

Tolan disse...

Infelizmente, ainda é pior do que tu o descreves.

Eu defenderia a falência pura e dura dos bancos, mas o cenário do estado entrar para o capital dos bancos comprando acções, nem era o pior, foi o que fizeram em inglaterra.

O pior é que o estado injecta lá dinheiro e não se torna accionista, apenas o recebe com juros baixos. É um negócio da china para a banca, porque mantém tudo como está (sendo que o que está foi que levou o banco à falência em primeiro lugar), as acções vão valorizar, uma vez que se estão baixas agora é devido à conjuntura e todos os analistas concordam que o book value dos bancos é muito superior a cotação. O BCP ou o Banif podem valer 10, 15 vezes mais daqui a meia dúzia de anos e o estado (nós) que financia isso, não recebe praticamente nada em troca, apesar de assumir um risco enorme.

É uma vergonha.

RCA disse...

Só para completar, injeta dinheiro incluido no financiamento acordado com a troika. Desconheço o diferencial entre o que o estado paga e o que os bancos pagam ao estado.

Já a Espanha parece ter adotado a estratégia inversa. Os bancos são financiados pelos mecanismos comunitários e compram dívida ao estado.

Suponho que cada um tem o que merece.

Anónimo disse...

É mesmo, cada um tem o que merece, mas que fizemos nós, povinho português para merecer estes governos? Não há políticos inteligentes e não corruptos? Se não há importa-se, já que importamos tanta coisa mais uma não fazia mal.