quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Mulher morreu em hospital irlandês que lhe recusou terminar gravidez inviável

In Público

Como este é um blogue de tanga, hesitei em postar. Nem sequer se trata da falta de acesso aos cuidados de saúde. Foi pura e simplesmente a sua negação.

Estamos no século XXI e isto quase parece irreal. É-me impossível imaginar o processo de decisão que vai na cabeça de um médico que, sabendo que o feto é inviável, se limita a assistir à morte da mãe. Seja qual for a legislação do país ou as suas convicções religiosas, este filho da p*** nunca podia ter exercido medicina na vida.

10 comentários:

Lux disse...

Não é só ele.
A equipa toda.
Fdp's

Lux

Maria Luís disse...

Sem saber a lei do aborto na Irlanda não me posso pronunciar pois se for proibido o médico ia preso mas acho que eu nem pensava nisso nesse momento. As notícias às vezes também não relatam os factos todos e só dizem o que lhes interessa ou vende.

Sílvia disse...

Concordo. Isto nada tem a ver com religião, embora o artigo coloque novamente a igreja (ou a religião, neste caso católica) como bode espiatório.
Eu custa-me um bocado a acreditar que os médicos tenham dito isso, como justificação para não efectuarem o aborto, depois de saberem que o feto não era viável.
E eu não sou defensora acérrima da igreja, mas o que é demais enjoa. As pessoas têm que assumir os seus actos como seres humanos que são e não como pertencentes a isto ou àquilo.
Há pesoas más em todo o lado e malucos em todo o lado!

Sílvia disse...

Mas eu sinceramente parece-me que a história está mal contada.

Não conhecendo a lei Irlandesa custa-me a acreditar que não inclua essas excepções, como a lei portuguesa incluia antes da despenalização da interrupção voluntária da gravidez.

E custa-me a acreditar que uma equipa inteira de médicos tenham concordado com isso com a justificação de serem católicos.

Infelizamente hoje em dia a imprensa é pouco fiável, quanto mais circo e mais polémica, mais se vende e isso é o que conta!

RCA disse...

Sílvia, és como S.Tomé.
A CNN já serve para acreditares, pá?

http://edition.cnn.com/2012/11/14/world/europe/ireland-abortion-controversy/index.html?hpt=ieu_c2

Pedro disse...

Penso que este caso foi mais um caso de negligência médica. A mulher já entrou no hospital com início de abortamento natural(?). Como a IVG é totalmente proíbida na Irlanda, salvo em casos de risco de vida da mãe, e como o abortamento já estava a decorrer mas ainda havia batimentos cardíacos deixaram que decorresse normalmente sem notarem que a doente estava com uma infeção generalizada (septicemia)o que é frequente quando o abortamento é feito clandestinamente sem grandes condições de higiene como acontecia há uns anos em Portugal.

MDRoque disse...

Os irlandeses são supercatólicos, para além de bêbados inverterados e com mentalidade de idade média...este foi apenas um dos casos que chegou a ser notícia...

Pedro disse...

Antes da lei ter sido alterada em Portugal milhares de mulheres morriam da mesma forma, por complicações hemorrágicas ou infeciosas após abortamentos clandestinos pois quando chegavam aos hospitais ou negavam o que tinham feito e em que condições o fizeram ou já não chegavam a tempo de serem salvas.

Sílvia disse...

Gado meu, tiraste-me a pinta! Por acaso sou mesmo como S. Tomé, em tudo (ou quase) na vida!

Eu quero acreditar sempre no bom das pessoas e da humanidade, geralmente nestas coisas tenho sempre que ver para crer, ou saber direitinho como foi.

Não sabia também acerca do que a Maria Roque referiu, o que também explica muita coisa.
Mas pelos vistos isso tem muita a ver com a mentalidade da sociedade, e mudar mentalidades demora muito tempo.

A lei deles prevê que se faça o aborto em caso de risco de vida e não apenas em caso de risco para a saúde, diagnosticaram mal, acharam que ela não estava em risco de vida.
E "Primum non nocere" (primeiro não fazer mal) e mal eles não lhe fizeram, simplesmente não fizeram o bem.
Não justifico a atitude deles, eu provavelmente teria feito o aborto, mas penso que é um defeito na sociedade (que até poderá estar a evoluir noutro sentido) e uma falha na lei.

Quanto ao que o marido diz, de eles não serem católicosm mas sim hindu... Isso não interessa, nem faz sentido, porque aplica-se à religião do médico e não do doente.
Isto é, se um médico em caso de aborto se recusar a fazê-lo pode alegar objeção de consciência, por causa da sua religião. Senão o médico teria que agir conforme cada religião e não conforme a sua própria, e conforme as suas crenças e convicções.

Anónimo disse...

Não percebo é quem escolhe atacar a equipa médica e não a legislação.