sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Taxas moderadoras tiram 1800 pessoas por dia das urgências

In Público

Começo a acreditar no governo e que esta coisa da miséria austeridade é realmente milagrosa. Vai recuperar a economia, acabar com os divórcios e, pelos vistos, erradicar a doença (suponho que África seja a exceção que confirma a regra).

No final desta trapalhada vamos ser muito mais felizes. Estou ansioso, sugiro até que, com efeitos imediatos, se suba os preços das cantinas universitárias e se institua taxas moderadoras nas "sopas dos pobres". De certeza que se acaba também com a fome.

Bom, agora sem tangas, há uns anos passei por um período complicado em termos de saúde. À data, não sei porquê, em vez de usar o seguro ia ao centro de saúde. Dessa experiência registei que o jantar, a telenovela (que saudades do tempo em que só dava uma telenovela por canal e era despachada logo depois do telejornal) e os jogos de futebol na televisão tinham um efeito placebo, porque os portugueses não ficavam doentes nessas alturas.

Por isso, mais uma vez, a Isabel Jonet é capaz de ter alguma razão e a malta vai ter de se deixar de merdas e focalizar-se no que interessa. Obviamente, é conveniente que no processo não morra ninguém de fome, nem por falta de cuidados de saúde.

1 comentário:

Sílvia disse...

Ora devo-te dizer, com conhecimento da causa, que muitas pessoas que vão às urgências,não precisavam de lá ir. Esses, agora deixam de ir, porque agora pagam a sério.
No meio disto tudo, e como sempre, paga o justo pelo pecador!

Além dos efeitos placebos que referiste, devo dizer-te que no fim de semana adoecem mais à noite, depois do dia bem passado e na esperança que como é de noite os atendam mais rapidamente. Como quem os atende já sabe disto... tem o efeito oposto!!

E eu concordo com a Isabel Jonet, ela não se referia aos pobres, mesmo pobres que não têm o que comer, mas aos que gastaram desnecessariamente apenas para ter, para ostentar.
Há uma frase de alguém famoso (que eu agora não me recordo quem é) que diz algo mais ou menos assim: "Preocupado em ter, o Homem se esquece de ser!" Resume tudo!